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TIM quer agilidade da Anatel em leilão do 5G

Por| 22 de Fevereiro de 2019 às 13h33

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TIM quer agilidade da Anatel em leilão do 5G
TIM quer agilidade da Anatel em leilão do 5G
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A TIM está solicitando mais agilidade da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) para a realização do leilão das frequências que vão permitir o funcionamento do 5G no Brasil. A operadora deseja ver mais velocidade na implementação dessa tecnologia, principalmente pelo fato de já ter antenas capazes de funcionarem com ela e que estão sendo usadas para expansão de sua atual rede LTE.

Para o CEO da telecom, Sami Foguel, o temor é que o Brasil fique para trás nesse segmento caso a implementação do 5G demore demais para acontecer por aqui. Expectativas preliminares da Anatel indicam que os primeiros leilões do espectro que permitiria a instalação da rede aconteceriam no segundo semestre deste ano, mas o executivo disse que a ideia, agora, é que isso aconteça somente no início de 2021, com a tecnologia passando a funcionar somente em 2021.

A fala da TIM em prol de mais velocidade vai de encontro à solicitação de outra gigante do setor, a Claro. Em janeiro, quando fez sugestões durante a elaboração da agenda da Anatel para os próximos dois anos, a operadora pediu calma à agência e disse que os leilões deveriam ser realizados somente após a chegada dos primeiros aparelhos 5G ao mercado, algo que deve acontecer ainda neste ano, e posterior estudo da tecnologia, de forma a reduzir o risco dos altíssimos investimentos envolvidos nesse processo.

Esse trabalho é demorado e, na visão da Claro, os primeiros leilões do espectro a ser usado no 5G deveriam acontecer somente em 2021. Assim, afirma a empresa, o mercado pode agir de forma comedida e sem prejuízo ao equilíbrio financeiro das operadoras, com uma implementação acertada e com pensamento no longo prazo.

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Foguel, por outro lado, acredita que uma instalação mais rápida colocaria o Brasil em um melhor alinhamento em relação ao restante do mundo, sendo fundamental para a nossa competitividade. Por isso a ideia de acelerar o leilão das frequências, etapa inicial para a plena implementação da tecnologia.

A TIM tem ressalvas quanto ao modelo de licitação a ser usado e pede que mudanças também sejam realizadas antes do leilão do 5G. Na visão da companhia, a ideia é que o intuito arrecadatório desse processo seja perdido em prol de uma reversão do dinheito obtido em investimentos na própria rede. Assim, acredita a operadora, os players do setor serão incentivados a gastarem com infraestrutura e não com a aquisição do espectro em si.

Rede única

Outra proposta inusitada visando uma redução de custos foi feita pela operadora, que sugeriu a criação de uma rede conjunta de internet 2G e 3G entre as maiores telecoms do Brasil. Na visão da TIM, uma união com nomes como Claro, Vivo e outras permitiria a continuidade do funcionamento destas tecnologias legadas ao mesmo tempo em que privilegiaria os investimentos de cada uma delas nos formatos atuais.

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Na visão do diretor de tecnologia da telecom, Leonardo Capdeville, a manutenção cara dessa infraestrutura não condiz com a queda cada vez maior em sua utilização. Entretanto, não é o caso, também, de simplesmente realizar um desligamento e conversão, uma vez que muitos serviços, como máquinas de cartão de crédito, ainda dependem do 2G e 3G para troca de dados e funcionamento.

A sugestão de unificação também está de acordo com outra estratégia recente da TIM, que vem realocando parte do espectro usado em conexões de velha geração para aumentar a qualidade e o alcance de sua rede 4G. A ideia é aumentar o tráfego nos sistemas de atual geração, mas manter os antigos funcionando, já que, na visão da TIM, simplesmente “puxar os plugues da tomada” está fora de cogitação.

Fonte: Telesintese #1, #2