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O avanço da telessaúde

Por| 24 de Outubro de 2016 às 22h30

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O avanço da telessaúde
O avanço da telessaúde

Os primeiros passos de telessaúde podem ser observados nas Américas durante 1925. De acordo com a Comisión Económica para América Latina y el Caribe (Cepal), o Hospital de Maynard Columbus enviou um telegrama para solicitar antitoxina para combater a epidemia de difteria que afetava a comunidade. O pedido foi realizado, da mesma forma, para o Alaska, tornando-se assim a primeira experiência de coordenação bem sucedida da tecnologia moderna através de meios antigos.

O avanço da telessaúde também teve sua correlação na América Latina. De acordo com a Cepal, as primeiras experiências na região datam do final da década de 60 do século passado. Durante a última década do século XX, primeira do XXI, observou-se uma maior proliferação de diferentes programas e inovações relacionados com a telessaúde na região.

As iniciativas de telessaúde na América Latina cobrem diferentes setores da sociedade e aspectos diferentes do setor. Este cenário é positivo quando pensamos no futuro; porém, deve ser acompanhado no dia-a-dia, não somente a partir das iniciativas do Estado, mas também é importante que o setor público desenvolva regulamentação voltada para incentivar também o setor privado, mesmo com incentivos que permitam o trabalho conjunto. É importante também a participação de setores autárquicos do Estado, como por exemplo, as universidades.

Vale considerar em termos gerais que as políticas públicas de telessaúde estão destinadas ao tratamento preventivo. Dessa forma, muitas iniciativas privadas tem como objetivo o controle preventivo e o monitoramento de doenças crônicas. Outro dos pontos a considerar na região é o trabalho conjunto entre as diferentes áreas dos poderes executivo de cada país. Ou seja, a colaboração entre os setores de saúde e das TIC, assim como a implementação de políticas que buscam objetivos comuns. Prática essencial para que os projetos de telessaúde tenham êxito.

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O desenvolvimento de redes de telecomunicações é também fundamental no momento de pensar um projeto integral de telessaúde. Em particular para a América Latina, onde estas iniciativas permitem o acesso à zonas rurais, cujas áreas são de difícil acesso e maior necessidade. Considerando este raciocínio, as redes de banda larga sem fio estão cada vez mais importantes, particularmente desde a implementação da banda larga móvel.

Além disso, as redes de banda larga móvel são importantes não somente para dar conectividade para áreas remotas das redes cabeadas; mas confirmam também uma oportunidade para incentivar o crescimento de iniciativas baseadas em aplicativos de controle e prevenção de doenças. Em especial porque ao contar com um ecossistema de banda larga móvel robusto, os mercados potencializam o crescimento deste tipo de iniciativas.

Neste sentido, é importante que os estados criem condições para potencializar a adoção de novas tecnologias de banda larga sem fio, não somente do ponto de vista da disponibilidade de espectro, mas também de facilitar o desenvolvimento de redes e a massificação de dispositivos que possibilitem uma maior acesso para a população. É importante também que os governos busquem aumentar a participação dos atores do setor TIC em suas iniciativas de telessaúde, não somente por meio de conectividade, mas também por meio da criação – ou promoção – de aplicativos e conteúdo para estes fins.

Em síntese, a oportunidade de crescimento da telessaúde na América Latina dependerá não apenas da possibilidade de trabalho conjunto das áreas TIC e de saúde dos Estados, mas também por meio do aporte de iniciativas privadas e a incorporação de melhores serviços de telecomunicações, em particular sem fio, que possibilitem massificar o alcance destes programas.