Estudo projeta mais de 580 milhões de assinaturas 5G ativas até o fim de 2021
Por Felipe Gugelmin | Editado por Claudio Yuge | 17 de Junho de 2021 às 22h20
Com potencial de revolucionar áreas que vão da produção de conteúdo à telemedicina, a disponibilidade da quinta geração de internet móvel deve crescer em ritmo rápido ainda este ano. Segundo a pesquisa Mobility Report da Ericsson, mais de 580 milhões de assinaturas 5G devem estar ativas ao redor do mundo até o final de 2021.
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Segundo o levantamento, somente no primeiro trimestre deste ano houve um aumento de 70 milhões de assinaturas de dispositivos móveis compatíveis com a tecnologia. A expectativa é de que a velocidade de adoção do 5G supere seus antecessores, chegando a 60% de cobertura populacional e 3,5 bilhões de adesões ativas em 2026.
A Ericsson acredita que a adoção deve chegar à marca de 1 bilhão de assinaturas dois anos antes do que aconteceu com o 4G, em parte devido ao compromisso na implementação de países como a China e a disponibilidade de dispositivos compatíveis — hoje, já são mais de 300 os smartphones que trabalham com a tecnologia. Ela observa que o ritmo de implantação varia conforme a região, e a Europa teve um início mais lento do que Estados Unidos, Coreia, Japão e China.
5G na América Latina
Enquanto no restante do mundo o 5G deve ser a tecnologia dominante até 2026, a América Latina vai ter uma implementação mais lenta. A previsão é que ela seja responsável por 34% das assinaturas móveis na região, que terá o 4G como a opção predominante, com 48% das adesões ativas.
Com a maior velocidade e redução de latência, também deve crescer a quantidade de dados transferidos. Se em 2020 eles chegaram a mais de 49 exabytes mensais (1 EB corresponde a 1 bilhão de gigabytes), em 2026 eles devem crescer mais de cinco vezes e ultrapassar a barreira dos 237 EB mensais — a média de tráfego de um smartphone deve passar de 10 GB mensais para 35 GB por mês até o final de 2026.
O relatório também aponta para um crescimento na oferta de acesso sem fio fixo (FWA), mesmo em mercados com alta penetração de fibra ótica. A previsão é que esse segmento deva crescer em sete vezes até o final do período previsto, com um tráfego total de 64 EB. A adoção das tecnologias deve gerar um aumento de 80% na utilização de conexões massivas para Internet das Coisas (IoT), em padrões NB-IoT e Cat-M, em 2021, em um total que pode chegar a 330 milhões de conexões — em 2026, isso deve abranger 46% de todas as conexões de IoT celulares.