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As diferenças entre SDN e NFV

Por| 11 de Maio de 2016 às 10h19

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Rede
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Por Renato Barboza*

As redes definidas por software (Software Defined Networks - SDN) têm ampla definição e incluem vários tipos de tecnologias, tais como: orquestração, virtualização, rede overlay. Quando implantadas em conjunto tornam a rede mais ágil e flexível, a exemplo da infraestrutura de servidor e armazenamento virtualizados que são simulados pelos meios eletrônicos, nos data centers. O objetivo da SDN é permitir que os administradores de TI respondam rapidamente às necessidades dos negócios por meio de um controle centralizado baseado em software. Os planos de controle e de encaminhamento fornecem uma visão centralizada da rede distribuída, orquestrada e automatizada para que o administrador de TI possa contar com serviços mais eficientes.

A SDN foi desenvolvida por pesquisadores e arquitetos de data centers. Já a virtualização de funções de rede, a NFV (Network Functions Virtualization) foi elaborada por um grupo de operadoras. Os objetivos dessas empresas é acelerar a implantação de novos serviços, como NAT, firewall, IPS, DNS e caching, visando crescimento das receitas. Por meio de estudos das atuais tecnologias de virtualização de TI se chegou à NFV, que possibilita aumentar o ritmo e inovar nos serviços de rede e seus provisionamentos. Em outras palavras, a NFV chegou para impulsionar a virtualização das tecnologias de TI e para consolidar vários tipos de equipamentos de rede em servidores padrão de mercado, switches e armazenamento, que podem estar localizados em data centers, nós de rede ou na casa do usuário final.

Tanto a rede como a virtualização de suas funções estão relacionadas. Como mostra a figura abaixo, a NFV é complementar à SDN, mas não depende dela, ou vice-versa. A NFV pode ser implementada sem a SDN, porém, os dois conceitos e soluções devem ser combinados para ter mais eficiência e mutuamente benéficos. No entanto, na realidade, a SDN faz a NFV mais atraente e vice-versa porque uma rede definida por software contribui para a automação de sua infraestrutura, o que permite a tomada de decisões baseadas em políticas destinadas a orquestrar o tráfego de rede. E, de seu lado, a virtualização das funções de rede age diretamente sobre os serviços, garante a sua capacidade, alinhada com os elementos virtualizados.

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Para que possam ser mais escaláveis, ágeis e inovadoras, a SDN e a NFV têm uma abordagem baseada em software, oferecem melhor alinhamento de seus componentes e suporte aos objetivos de TI de uma empresa. Por exemplo, com a cloud CPE, as operadoras, atualmente, oferecem serviços com equipamentos físicos dedicados, instalados na casa do cliente. Com o CPE virtual (vCPE), as funções de redes virtualizadas podem ser hospedadas na nuvem. Já com o CPE universal (uCPE) é possível hospedar serviços virtuais de rede nas instalações do cliente. A NFV possibilita uma experiência ao usuário altamente personalizada, com novas aplicações e, consequentemente, aumento de receitas.

Outro exemplo de serviço usando NFV é o telco cloud, que é uma solução para provedores de serviços. O primeiro passo para virtualizar as funções de rede é providenciar uma arquitetura para a nuvem, que combina o seu gerenciamento e a sua orquestração para oferecer novos serviços virtuais distribuídos pela rede. A tudo isso se soma a inteligência de borda da rede para possibilitar melhor visibilidade e controle, além da orquestração com SLAs e aplicação de políticas destinadas a superar as expectativas dos clientes.

Já os serviços de NFV fornecem capacidade para sintonizar e modificar os recursos de rede em tempo real, disponibilizando experiências personalizadas aos clientes. Em um mundo perfeito, a infraestrutura evoluiria no mesmo ritmo que as aplicações e os respectivos serviços relacionados. Contudo, no mundo real atual, além de monolíticas, as redes utilizam uma única cadeia de serviços. Ou seja, essas redes são limitadas, um estágio que é possível superar com o uso das tecnologias SDN e NFV para alcançar uma performance máxima.

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*Renato Barboza é engenheiro de sistemas sênior da Juniper Networks Brasil, empresa de tecnologia que se destaca pela inovação em roteamento, switching e segurança.