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Ações da Portugal Telecom sobem 4% em antecipação a fusão com a Oi

Por| 09 de Setembro de 2014 às 12h34

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A aproximação da fusão entre Oi e Portugal Telecom fez com que os papéis da operadora europeia disparassem cerca de 4% no pregão desta segunda-feira (08). A boa notícia para a empresa vem no mesmo dia em que aconteceu uma reunião com investidores que deu o aval para fusão entre as empresas portuguesa e brasileira.

Após cinco horas de discussões, os acionistas decidiram seguir em frente com a fusão, mas sob novos termos negociados após os problemas financeiros encontrados pelo Banco Espiríto Santo, o maior acionista da Portugal Telecom. O cenário positivo para o futuro próximo também garantiu, segundo informações da Reuters, o crescimento nos valores das ações da Oi, que vem acontecendo já há algumas semanas e já acumulam uma alta de 30%.

Para Paulo Rosa, operador da investidora GoBulling, a alta nas ações da Portugal Telecom também afasta de vez os temores de que os problemas com a Rioforte poderiam acabar derrubando o negócio por terra. Segundo ele, houve muito negativismo no mercado com relação à derrocada das negociações, mas agora tudo parece estar andando nos trilhos novamente.

Em preparação para o negócio, a PT já havia reduzido sua participação na CorpCo, sua empresa conjunta, de 38% para 25,6%, de forma a abrir espaço para os novos ativos. Nesse meio tempo, porém, a holding RioForte acabou pedindo proteção contra credores e descumpriu um pagamento de mais de US$ 1,2 bilhão em instrumentos de dívida. Assim, o acordo de fusão teve que ser revisto e deu início às incertezas de que a união entre as companhias poderia não seguir adiante. Mas agora, aparentemente, já está tudo certo.

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Mesmo com as perdas oriundas de tais problemas, o grupo de investidores decidiu ir adiante com o negócio. Apesar das mudanças, portugueses e brasileiros continuam tendo paridade no conselho de administração, mas com alterações na maneira como a incorporação vai acontecer. A maior parte da PT já foi amalgamada à nova Oi, restando apenas a PT SGPS, empresa responsável pela injeção de fundos na Rioforte e que, agora, espera receber o dinheiro de volta.

Foi esse, justamente, o tema principal da reunião entre os acionistas e também um dos principais responsáveis pelas preocupações e temores com relação ao negócio. Restavam, porém, poucas opções e, justamente por isso, todos decidiram ir adiante com a fusão, com um novo conselho administrativo que deve assumir em janeiro. A investigação sobre o caso do Banco Espírito Santo, porém, não parece ser uma prioridade, mas deve ocorrer em algum momento no futuro próximo.