Vivendi poderá congelar venda da GVT depois de receber ofertas muito baixas
Por Fernanda Morales | 28 de Fevereiro de 2013 às 15h12
A empresa francesa Vivendi estaria pensando em congelar o processo de venda da sua operadora brasileira de telefonia e internet banda larga GVT, depois de receber propostas de compra que ficaram muito abaixo do planejado pela companhia. A empresa esperava uma oferta entre 7 bilhões a 8 bilhões de euros (R$ 18 bilhões e R$ 20 bilhões, respectivamente). As informações são da Reuters.
Fontes ligadas à empresa, que não quiseram se identificar, afirmaram que sobraram apenas dois concorrentes: a DirecTV, maior provedora de televisão via satélite dos Estados Unidos com sua oferta de 6 bilhões de euros (R$ 15 bilhões), e um consórcio de empresas liderado pela KKR, que está oferecendo 5 bilhões de euros (R$ 12,9 bilhões) pela GVT.
"A Vivendi não está com pressa de vender", ressaltou uma das fontes consultadas pela reportagem da Reuters. Com isso, a empresa francesa deverá congelar o processo enquanto as companhias interessadas pela GVT não aumentem suas propostas para um valor mais próximo do que sua direção esperava - analistas acreditam que a empresa aceitará vender a GVT abaixo do preço e deve tomar essa decisão antes da reunião de acionistas marcada para o dia 30 de abril, em Paris.
Em dezembro do ano passado, a Vivendi anunciou seu interesse em vender a GVT como parte de seus planos de revisão de portfólio em telefonia móvel, música e videogames. Por enquanto, a empresa não confirmou se planeja congelar as operações de venda da operadora brasileira.