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Leilão do 4G: Claro, TIM e Vivo arrematam principais lotes

Por| 30 de Setembro de 2014 às 12h40

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Leilão do 4G: Claro, TIM e Vivo arrematam principais lotes
Leilão do 4G: Claro, TIM e Vivo arrematam principais lotes

Após meses de negociações e adiamentos, o leilão da faixa de 700 MHz voltada para internet banda larga móvel de quarta geração, o 4G, finalmente aconteceu. No evento, realizado nesta terça-feira (30) pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Claro, TIM e Vivo arremataram os três principais lotes da tecnologia que correspondem a todo o território nacional.

Quatro empresas - Claro, Algar (CTBC), Telefónica/Vivo e TIM - participaram da disputa. Elas foram as únicas que entregaram propostas para os lotes, em 23 de setembro. No mesmo dia, a operadora Oi disse que havia desistido do leilão e a Nextel também optou por ficar de fora da disputa. Com o leilão, o governo arrecadou R$ 5,85 bilhões. O valor é abaixo dos R$ 7,7 bilhões previstos caso todos os lotes fossem arrematados pelos valores mínimos.

De acordo com o G1, a Algar Telecom (ex-CTBC) arrematou o lote 5 (regional) do leilão, que permite oferta do 4G na área em que a empresa possui concessão de telefonia - 87 municípios nos Estados de de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Dois outros lotes regionais, 4 e 6 que, respectivamente, abrangem a área de concessão da Sercomtel no Paraná (cidades de Londrina e Tamarana) e permitem oferecer o 4G a todo o país exceto nas áreas de conessão da Sercomtel e da Algar, chegaram a ser oferecidos fracionados na segunda fase do leilão, mas não tiveram ofertas.

Na primeira parte do leilão, a Claro apresentou a maior oferta (R$ 1,947 bilhão), ágio de 1% em relação ao mínimo exigido pelo governo (R$ 1,927 bilhão). TIM e Vivo foram classificadas e chamadas para apresentar proposta substitutiva na fase de disputa, mas abdicaram do direito. Assim, a Claro levou o primeiro lote sem disputa.

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"Queremos cumprimentar o Governo Federal e a Anatel pelos resultados positivos deste leilão", disse em nota Carlos Zenteno, presidente da Claro. "Atingimos o nosso objetivo com a aquisição da frequência que nos permitirá manter o compromisso com os nossos usuários em oferecer a melhor experiência em serviços de telecomunicações do país", complementou Zenteno.

A TIM foi a vencedora do segundo lote ofertado pela Anatel, também nacional. A companhia ofereceu R$ 1,947 bilhão, ágio de 1% em relação ao mínimo exigido no edital (R$ 1,927 bilhão), mesmo valor oferecido pela Claro no primeiro lote. A Vivo, por sua vez, apresentou proposta de R$ 1,927 bilhão, mínimo exigido no edital pelo lote 2, mas recusou continuar na disputa, o que ocasionou a vitória da TIM no segundo lote.

O terceiro lote ficou com a Vivo, que o adquiriu por $ 1,927 bilhão, mínimo exigido no texto do edital. A Algar não apresentou proposta para este lote e levou o lote 5 por R$ 29,5 milhões, R$ 7 mil acima do valor mínimo exigido no edital por esse lote (R$ 29,560 milhões).

O governo fixou em edital o mínimo que esperava receber por cada um dos lotes, sendo que a soma total dos preços mínimos dos seis lotes da faixa de frequência de 700 MHz era de R$ 7,7 bilhões. Esse dinheiro será usado pelo governo da presidente Dilma Rousseff para reforçar o caixa num momento de queda de arrecadação de impostos e risco de não cumprir a economia a que se comprometeu para pagar dívidas, o chamado superávit primário.

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Segundo o Ministério das Comunicações, apesar da realização do leilão neste ano, as operadoras só poderão começar a oferecer sinal 4G nessa faixa um ano após todas as TVs pararem de transmitir o sinal de TV analógica, que ocupa atualmente a frequência de 700 MHz. O desligamento começa em 2016 e termina em 2018, o que significa que o 4G nessa faixa só será ofertado aos consumidores em 2019.