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Especialistas alertam para riscos de interferência do 4G na TV digital no Brasil

Por| 08 de Maio de 2013 às 17h59

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Especialistas alertam para riscos de interferência do 4G na TV digital no Brasil
Especialistas alertam para riscos de interferência do 4G na TV digital no Brasil

A rede de internet móvel da quarta geração (4G) pode causar interferências no sinal da TV digital brasileira, afirmam representantes de entidades do setor de radiodifusão em comunicado enviado ao presidente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), João Batista Rezende. O relatório é baseado em um estudo japonês realizado recentemente e as entidades afirmam que os gastos com filtros para celulares e televisores no país asiático beira US$ 3 bilhões (R$ 6 bilhões). As informações são da Agência Brasil.

A faixa de 700MHz, usada pela televisão analógica, deverá ser desocupada para ser utilizada pela rede 4G e as emissoras de televisão passarão a transmitir para todo o país com sinal digital - estima-se que o leilão dos 700MHz aconteça no primeiro trimestre de 2014. Daniel Slaviero, presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), ressalta que pesquisas japonesas, país este que já opera o seu 4G na frequência dos 700MHz, indicam que é necessária a utilização de filtros nos aparelhos televisores digitais, conversores e celulares.

"Desde 2011 os aparelhos japoneses precisam de filtros. Queremos que isso seja levado em conta tanto para a formatação da consulta pública como para o edital [a ser lançado]. Até porque o Japão é um país que já usa o sistema digital a ser adotado pelo Brasil", acrescentou Slaviero. O representante afirma que a ideia das instituições, incluindo a Abert, a Associação Brasileira de Radiodifusores (Abra) e a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel), é fazer com que a situação registrada em outro país possa abrir uma discussão efetiva em busca de uma solução para problemas com interferência de sinais.

O presidente da Anatel afirmou que o estudo apresentado pelas entidades será analisado e considerado, mas também ressaltou que existem diferenças entre os dois países e que estudos que estão sendo produzidos no Brasil serão acrescentados à análise. "A questão da densidade populacional no Japão, por exemplo, é bem diferente da daqui. Claro que o estudo deles é importante, mas temos de aguardar nossos testes. Não temos nenhum interesse em causar interferências de sinal, e a orientação do Ministério das Comunicações é que o processo não prejudique a indústria da radiodifusão. Portanto, nossos técnicos certamente apresentarão a solução para evitar problemas desse tipo", explicou Rezende. Ainda não há previsão para a conclusão dos testes e outras pesquisas do setor.