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Enquanto 4G bate recorde de crescimento, mercado 2G encolhe em junho

Por| 25 de Julho de 2014 às 16h59

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Enquanto 4G bate recorde de crescimento, mercado 2G encolhe em junho
Enquanto 4G bate recorde de crescimento, mercado 2G encolhe em junho

O mercado brasileiro de telefonia móvel tem enxergado uma satisfatória movimentação nos números de acessos. Apesar de o 2G continuar sendo utilizado por uma maioria, um relatório da Analtel mostra que o 3G e o 4G estão caminhando a passos largos. Se mantiver o mesmo rítmo, em três meses, ao menos, o 3G conseguirá ultrapassar a segunda geração. Já o 4G está prestes a alcançar os 3 milhões de acessos.

De acordo com informações do Teletime, em junho a rede LTE contou com mais de 3,270 milhões de conexões, o que fez com que o mês batesse o recorde de crescimento em números absolutos, com 441,2 mil novos acessos, um aumento de 13,49%. Tal fato provavelmente foi impulsionado pela compra de novos handsets durante a Copa do Mundo. Contabilizados os seis meses, a base mais do que dobrou, atingindo 1,7 milhão de novas conexões em janeiro, com crescimento de 108,79%. Graças a este impulsionamento, o 4G tornou-se mais expressivo e conta, agora, com 1,19% do total de acessos em todo o Brasil.

Market share

Já a Vivo desponta como líder de mercado, dotada de uma fatia de 39% de participação e 1,281 milhão de acessos. Em segundo lugar vem a TIM, com aproximadamente 990 mil conexões e 30,3% do mercado. Em terceiro está a Claro, com 20% de participação e 655,4 mil linhas. Em seguida vem a Oi, com 333,8 mil acessos e 10,2% do market share. Estas quatro grandes operadoras conseguiram mais do que dobrar suas bases de handsets 4G no semestre.

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A Claro merece destaque por ter sido a operadora que mais cresceu proporcionalmente (143,6%), apesar de ter tido menos adições líquidas (386,3 mil) que a Vivo (624,9 mil) e a TIM (528 mil).

A Nextel, que acabou de lançar sua rede 4G na faixa de 1,8 GHz no Rio de Janeiro, já tem 9,6 mil acessos esse mês, concentrados em sua grande maioria na região metropolitana carioca. No banco de dados da Anatel estão registrados outros 247 acessos na área 22 (região dos Lagos) e 221 na região 24 (sul fluminense).

3G

Apesar do crescimento líquido de acessos de handsets 3G ter sido menor em junho (3,78%) que em maio (4,33%), foi o segundo maior avanço do ano, com 4,478 milhões de linhas. Houve um aumento substancial de 21,09% (mais de 20,6 milhões de novas conexões) no primeiro semestre, totalizando 118,5 milhões de acessos WCDMA, o que ocupa quase 43% de toda a base de telefonia móvel do país.

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A Nextel cresceu mais de quatro vezes a sua base, graças a um aumento de sua oferta 3G, totalizando 729,4 mil acessos. Com 5,879 milhões de novas linhas, a TIM disparou e conquistou o maior avanço líquido do período. Já a Claro continua líder em participação de mercado (35,06%), seguida da TIM (25,52%), da Vivo (24,42%) e da Oi (13,7%).

Modems e banda larga móvel

Apesar do crescimento do número de conexões da terceira geração, o mercado de modems e tablets (incuindo os 4G) diminuiu quase 1% em junho. Diante desse cenário, apenas a Nextel adicionou acessos (4.622) no mês. A base contou com perda de 247,5 mil acessos no período, encolhendo 3,54% em relação a janeiro. Quem mais perde como player é a Claro, que viu em sua base 106,5 mil desconexões durante o semestre. Na liderança está a Vivo, com 52,2% do mercado. Foram, ao todo, 6,742 milhões de acessos em todo o país.

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Quanto à banda larga móvel (dispositivos 3G, 4G e modems), o número de acessos no Brasil chega mais perto da segunda geração, totalizando 46,6% da base total móvel. Ao todo, são 128,487 milhões de linhas, o que representa crescimento de 3,78% no mês (4,853 milhões) e de 20,76% (22,091 milhões) no semestre. Se a conta for feita sem a participação dos modems, a proporção de banda larga em gadgets de terceira e quarta gerações diminui para 44,16% e totaliza 121,744 milhões de acessos. Foram 22,339 milhões de adições líquidas no período, resultando em avanço de 22,47% na banda larga móvel.

Soberania do 2G

O 2G começou a encolher no mês de junho, com 4,693 milhões de desligamentos, representando uma queda de 3,4% em relação a maio. Foram 19,460 milhões de desconexões 2G no mercado durante o período. Entretanto, a segunda geração ainda é responsável por mais da metade (50,1%) da base total brasileira. A tecnologia ainda conta com 138,1 milhões de acessos – mercado liderado pela Vivo (30,9%), seguida da TIM (29,7%), da Oi (23,8%) e da Claro (15,2%).

João Rezende, presidente da Anatel, previu em janeiro que a tendência de crescimento do mercado seria o suficiente para que a base do 3G superasse a da segunda geração já no mês de junho. No entanto, a porporção de conexões 3G com relação ao 2G ainda é menor que a expectativa. São, em média, 3,5 milhões de adições líquidas do 3G e cerca de 3,2 milhões de desconexões do 2G – a virada, segundo o Teletime, deve ocorrer em outubro.

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No fim das contas

A somatória de todas estas tecnologias às 9,1 milhões de conexões M2M (máquina-a-máquina) registrou, em junho, um total de 275,7 milhões de acessos em todo o Brasil. O crescimento da base de 212,27 mil novos acessos (0,09%) foi consideravelmente menor do que o registrado no mês anterior (0,67%). No fim das contas, a teledensidade ficou em 136,06%.