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4G:no exterior, operadoras evitam cobrar por mais velocidade; Brasil é diferente

Por| 16 de Abril de 2013 às 18h04

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Kero Dicas
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No mesmo dia em que a Claro anunciou o início da comercialização de seu serviço 4G em onze cidades do Brasil, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, declarou que o preço da nova tecnologia deve cair conforme a adesão dos clientes.

"É claro que, no começo, ela tende a ser mais cara que a anterior. Entretanto, a exemplo do que aconteceu em outras ocasiões, à medida que as pessoas vão aderindo, vai também diminuindo o preço", afirmou o ministro. E ele provavelmente está certo.

Com base em um levantamento realizado pela Informa Telecoms & Media e divulgado pelo Teletime, as dez maiores operadoras de telefonia que atuam em diversas partes do mundo evitam cobrar preços elevados por seu serviço de 4G. Nos Estados Unidos, AT&T, Verizon e Sprint Nextel são adeptas de um preço mais justo pelo 4G, enquanto na Coreia do Sul a SK Telecom também fez a mesma opção, bem como a japonesa NTT DoCoMo.

Do outro lado da balança, existe o caso da T-Mobile austríaca, que mostrou ao mercado que a adoção de um preço elevado para os assinantes de 4G pode não ser uma boa estratégia. Com uma cobrança de cerca de US$ 50 (R$ 100) a mais pelo serviço da quarta geração em relação ao 3G, os usuários optaram por permanecer em seus planos antigos. "O usuário não paga a mais apenas por velocidade", afirma Marceli Passoni, analista sênior da Informa Telecoms & Media.

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Porém, com base nos preços adotados pela Claro, o Brasil ainda precisa repensar (e muito) os valores praticados nos novos planos. O 4G Max da Claro de 5 GB, por exemplo, custa mais de R$ 200 (cerca de US$ 100), enquanto a média de preços desse tipo de serviço na América Latina gira em torno de US$ 50. Se é necessário um aumento da adesão para que os preços caiam, por outro lado, também é preciso melhorar a oferta para que os consumidores adotem o serviço.