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M-Pro 3G: tablet dual-chip da Multilaser esbarra na qualidade da tela

Por| 22 de Agosto de 2013 às 18h48

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M-Pro 3G: tablet dual-chip da Multilaser esbarra na qualidade da tela
M-Pro 3G: tablet dual-chip da Multilaser esbarra na qualidade da tela

Ao entrar em uma loja para comprar um tablet, qual o primeiro detalhe que chama a sua atenção? Para mim, posso dizer que, muitas vezes, as primeiras aparências não enganam. Apenas de olhar para um tablet, é possível notar se a tela não é das melhores, e isso já conta como um grande ponto negativo. E a baixa qualidade da tela é justamente o problema do tablet que analisaremos hoje, o modelo M-Pro 3G da Multilaser.

Como se trata de um modelo de 7 polegadas, é natural não esperar uma resolução muito alta, mas 480x800 é muito pouco e acaba resultando em um baixíssimo ppi de 133 pontos por polegada. Ok, o iPad original também não agradava muito nesse aspecto, com seu ppi de 132, mas temos que lembrar que ele foi lançado em 2009 e não em 2013, e ainda assim possuía um display de qualidade com retroiluminação por LEDs e tecnologia IPS. No M-Pro temos a tecnologia TFT LCD, que já não é tão atraente assim.

Até aí nada de imperdoável, pois HTC One e Lumia 920 também possuem telas LCD e arrancam elogios dos usuários, mas pesa que as tecnologias utilizadas nos dois produtos são de alta qualidade. O M-Pro aparenta ter uma tela de 260 mil cores e não 16 milhões, como a maioria dos smartphones e tablets, fazendo com que a tela fique azulada e grande parte dos aplicativos apareça com suas cores distorcidas (o Evernote, por exemplo, não tem o verde característico). Resumindo: se você liga para tela acima de tudo, esqueça o modelo.

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As configurações não surpreendem: processador dual-core de 1,0 GHz e 512 MB de memória RAM, o suficiente para executar até dois aplicativos ao mesmo tempo sem grandes problemas. Tanto a resolução quanto as especificações são idênticas ao phablet M5, também da Multilaser, e não sofremos com lentidão na maioria das tarefas. Outro ponto que os dois dispositivos têm em comum é que eles têm suporte para dois chips SIM simultâneos.

O M-Pro é um tablet dual-SIM e tem a capacidade de fazer ligações, assim como o Fonepad da ASUS. Não vamos entrar no mérito da utilidade de dois chips em um tablet (ok, não resistimos: nenhuma ou pouca), mas já avisamos que duas redes 3G ligadas vão sugar a bateria, que já não é muito grande com 3500 mAh. Segundo a própria Multilaser, ela é capaz de sustentar o modelo por 48 horas em stand-by, algo ridículo perto dos 30 dias dos Galaxy Tabs e iPads. Em uso normal, ela dura somente 5 horas com o brilho em 50%.

Com todos esses defeitos, como é a experiência de uso do M-Pro? Básica, mas perde muitos pontos pela baixa qualidade da tela e autonomia da bateria. Ok, temos o 3G e radio FM, mas ainda assim é um tablet com um display ruim e com a autonomia digna de um smartphone médio, já que tablets costumam aguentar vários dias fora da tomada. Pelo menos temos a vantagem de que o Android Jelly Bean 4.1 roda bastante liso e não há uma infinidade de aplicativos inúteis pré-instalados, como na maioria dos modelos.

O design é bastante básico, com um acabamento de plástico preto e identificação de todas as conexões em branco, algo que considero desnecessário em um tablet. A embalagem inclui um carregador, cabo de dados, um fone de ouvido bastante simplório e um cartão micro SD de 4 GB, que é útil pois há somente 4 GB de memória interna.

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Conclusão

O problema do M-Pro 3G não são suas características em si, mas o preço. Por R$ 850 é possível comprar um Galaxy Tab 2 com 3G, sendo que este vem com especificações melhores, um acabamento muito superior e, principalmente, uma tela honesta. Tirando o suporte a redes 3G a situação fica ainda pior, já que existem modelos de R$ 400 ou menos que são "tão bons quanto" o M-Pro.

A principal dica que deixamos para quem se interessar por ele é passar algum tempo com o dispositivo antes de comprá-lo, para sentir como é experiência de utilizá-lo antes de se arrepender. Por pouca coisa a mais é possível comprar até um iPad Mini, ainda que apenas na versão WiFi, ou mesmo um Galaxy Note 8.0, que, embora não tenha suporte a redes 3G na versão básica, tem especificações brutalmente superiores.

Vantagens

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  • Suporte 3G nativo sem a necessidade de um modem externo
  • Cartão micro SD incluso
  • Bastante leve, com cerca de 300 gramas
  • Android 4.1 Jelly Bean de fábrica
  • Possui radio FM, algo interessante para o público brasileiro

Desvantagens

  • Tela muito, mas muito ruim
  • Autonomia de bateria incompatível com tablets
  • Acessórios (fone de ouvido, carregador) de baixo nível
  • Design muito simples