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Como uma startup dos EUA quer gerar imagens aéreas melhores do que com satélites

Por| Editado por Claudio Yuge | 19 de Agosto de 2021 às 13h50

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Divulgação/Urban Sky
Divulgação/Urban Sky

A Urban Sky, startup de Colorado, nos Estados Unidos, confirmou nesta quinta-feira (19) que levantou US$ 4,1 milhões (R$ 22 milhões) em uma rodada de financiamento (tipo seed, voltado a empresas iniciantes). O dinheiro deverá melhorar seu sistema de imagens geradas por balões de alta altitude. Seu diferencial é obter fotos aéreas em resolução muito maior do que as de satélites convencionais.

A empresa conseguiu isso criando "microbalões", que voam a altitudes de cerca de 20 quilômetros e carregam um pequeno módulo gerador de imagem. O sistema mostrou em testes que pode produzir imagens coloridas com uma resolução de 10 centímetros por pixel — ou seja, cada um representa uma área de 10 cm x 10 cm no chão. É uma captura aérea de alta resolução, que mostra mais detalhes dos objetos vistos.

Os balões operam sob as mesmas regulamentações da Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA, em inglês) que os balões meteorológicos, que limitam a massa das cargas transportadas para aproximadamente 2,7 kg. A empresa também testou um detector infravermelho de ondas longas com uma resolução de 3,5 metros por pixel, com o objetivo de identificar e mapear incêndios florestais.

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A Urban Sky foi fundada por dois veteranos de outra empresa estratosférica de balonismo, a World View. "Estamos tentando criar o CubeSat da estratosfera. É um sistema muito pequeno que é ágil e rapidamente implantável", disse Andrew Antonio, cofundador e executivo-chefe da startup, em entrevista ao site Space News. CubeSat, no caso, é um novo modelo de satélite, muito menor do que os convencionais, que torna missões de observação mais econômicas. Mas, tradicionalmente, os CubeSats são projetados para operar na órbita da Terra, a altitudes maiores — e é aqui que entra a inovação da startup, desenvolvendo uma espécie de CubeSat para a estratosfera.

O método da empresa traz imagens coloridas mais nítidas do que as melhores capturas de satélites comerciais. "O que está claro para nós ao conversar com os clientes é que a resolução importa", disse Antonio. "Certas aplicações, especialmente quando você está tentando olhar para as características da propriedade, simplesmente não são factíveis com nenhuma das constelações existentes ou planejadas que vemos chegando."

Nos próximos dois anos, a empresa aumentará a taxa de voo semanal na região de Rocky Mountain, cordilheira dos EUA e Canadá, e depois tentará levantar uma nova rodada de financiamento para expandir pelo seu país de origem.

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Fonte: Space News