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A revolução nas plataformas de “no-code”

Por| Editado por Rui Maciel | 20 de Agosto de 2021 às 10h00

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Envato /  twenty20photos
Envato / twenty20photos

Por Miguel Fernandes*

Quando você conhece muito bem os problemas sistêmicos de um determinado mercado e tem reputação significativa com os players desse setor, não tem oportunidade melhor do que criar uma startup para resolver esses problemas com novos sistemas digitais. 

Em seguida, você pode vender essa solução para os players desse mercado, que já te conhecem muito bem e confiam em você, e cobra uma assinatura mensal pelo serviço. Se o seu ramo for grande o suficiente, não precisa fazer muita conta para perceber o potencial desse investimento, nem a escala desse negócio.

Em poucos meses você pode ter uma nova receita recorrente mensal, e se fizer um bom trabalho, os primeiros clientes vão indicar outros, que vão indicar outros, e assim por diante. E a receita cresce exponencialmente.

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Agora, uma vez que você percebe essa oportunidade, isso significa que outras pessoas no mundo estão enxergando oportunidades parecidas. Uma situação recorrente que tenho visto é de pessoas visionárias, respeitadas em seus mercados, com networking bem estabelecido, o canal de vendas pronto, decisão de criar um novo produto digital tomada, mas elas estão paralisadas: “planejando o MVP”.

Essa sigla significa Minimum Viable Product. O produto mínimo viável é o conceito mais batido aí pelos cursos sobre startups, métodos ágeis, design thinking e afins. E muitas vezes esse conceito acaba sendo apropriado de uma forma totalmente contrária à sua essência.

O objetivo de se pensar em um “mínimo viável” tem a ver com o horizonte de tempo. No MVP, não estamos falando de um mínimo viável para daqui a dez anos, cinco anos, nem o próximo ano. Estamos falando de colocar de pé uma operação em um mês, às vezes semanas.

Portanto, a pergunta que você precisa responder é a seguinte: o que eu preciso construir em um mês para convencer um player do mercado que eu domino a me pagar para usar essa solução que será construída?

É claro que você pode ir ao longo do tempo aumentando a quantidade de problemas que você resolve do cliente, mas é muito melhor fazer isso já tendo o cliente. E, melhor ainda, sabendo quais são de fato as prioridades dele. Aí você fica uma semana, duas semanas, meses “planejando o MVP” e o que acontece? Alguém lança uma startup com uma ideia parecida.

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Eu te garanto que essa startup não tem tudo aquilo que você imaginou. Mas já está lá, construindo relacionamento com cliente, rodando, faturando, aprendendo. E isso vai ser o diferencial para ela, ficando mais difícil para os concorrentes, no caso você, barrarem.

Não planeje o MVP, planeje as tarefas da sua semana e do seu mês, junto com seu time.

Foco no problema, não no produto. O que você precisa fazer para resolver o problema mais urgente do seu cliente agora? O que você e seu time precisam planejar são as tarefas para resolver esses problemas, sistematizar eles, e começar ao mesmo tempo a executá-los.

É sistematizando a execução que automatizamos as etapas. Você e sua equipe vão reparar, então, que não estão só planejando MVP, estão fazendo ele! É por isso que sugiro o foco tão grande em lançar o MVP em um mês. Construir rápido uma operação digital e colocar o produto na mão do cliente para ele começar a usar, pagar, e dar feedback no menor tempo possível. É disso que se trata.

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Se a gente ficasse semanas “planejando”, isso seria impossível. A revolução nas plataformas de “no-code” tem sido uma grande aliada. Tenho estudado muito nos últimos anos o paradigma do “no-code”, com parcerias e beta testers das principais plataformas de no-code do Brasil e do mundo.

Plataformas no-code são serviços online que permitem a criação de outros serviços online, sem precisar escrever nenhuma linha de código. Na prática, você já não precisa contratar programadores, designers, gestores de projeto para conseguir criar e evoluir sua startup. Qualquer profissional com noções de Excel e PowerPoint pode fazer isso.

Isso me parece uma tendência inevitável e que é muito bem conectada ao próprio movimento de popularização dos métodos ágeis.


*Miguel Fernandes é sócio fundador da edtech Witseed