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Previsões open source para 2015, segundo a Red Hat

Por| 30 de Janeiro de 2015 às 11h26

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Previsões open source para 2015, segundo a Red Hat
Previsões open source para 2015, segundo a Red Hat

A Red Hat, líder mundial no fornecimento de soluções open source, levantou junto aos seus executivos e especialistas as principais tecnologias open source que serão destaque no mundo corporativo em 2015. Entre os temas lembrados estão: big data, computação em nuvem, a metodologia de desenvolvimento colaborativo DevOps – que visa maior interação entre desenvolvedores e os profissionais de TI – internet das coisas, mobilidade & segurança e software-defined everything (tudo definido por software).

Big Data

Os projetos de big data open source passarão a operar em 2015. Segundo Boris Kuszka, gerente dos arquitetos de soluções da Red Hat no Brasil, o ano passado foi de avaliações e estudos, e a adoção da tecnologia em 2015 criará novos segmentos no mercado. “Os projetos de análise em processos de missão crítica trarão conhecimento para a área de negócios, se tratados da forma correta. Isso será a chave para criar diferencias mercadológicos. Um exemplo interessante foi o grande sucesso da série “House of Cards”, resultado da análise de Big Data feita pela Netflix”, afirma. O executivo acredita também que o big data está colocando o open source ainda mais em evidência, pois o Hadoop, o Storm e o Spark são baseados em código aberto.

Computação em nuvem e OpenStack

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A computação em nuvem já é uma realidade e o benefício que esse modelo trouxe está sendo percebido pela maioria das empresas. Um ótimo exemplo é o software como serviço, que está reduzindo os investimentos – que são altíssimos – em licenciamento de software e implementações arriscadas e demoradas. Desta forma, devemos ver cada vez mais aplicações como e-mail, calendário, CRM (gestão de clientes), vídeo conferência e, em breve, ERP (gestão empresarial) indo para a nuvem.

As vantagens desse modelo não passam despercebidas e o setor de data center também está adotando a cloud computing, visando o aumento da eficiência e velocidade de implementações de serviços. Esse movimento confirma as previsões de nuvens híbridas – onde parte da infraestrutura fica dentro da empresa como uma nuvem privada, para maior controle dos dados e aplicações sensíveis que conferem maior diferencial ao negócio. Dados menos sensíveis e aplicações básicas ficam públicos.

“Vemos novamente o open source definindo os padrões de mercado por meio da participação de todas as grandes empresas de TI na Fundação OpenStack, plataforma aberta que está sendo chamada de “sistema operacional da nuvem” e é considerada um padrão de infraestrutura como serviço (IaaS)”, comenta Kuszka.

DevOps e outras tendências de desenvolvimento com foco no negócio

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O desenvolvedor está se tornando um elemento fundamental na criação de valor e a metodologia DevOps se consolidará durante o ano de 2015 para resolver os problemas de agilidade nos negócios (Business Agility). “Tecnologias como o Linux Container, soluções de plataformas como serviço - com destaque ao OpenShift – e as arquiteturas baseadas em micro serviços dão mais eficiência ao desenvolvimento de software e as empresas perceberam que precisam criar aplicativos próprios para se destacarem no mercado”, afirma o executivo da Red Hat.

O último Summit do Gartner, realizado em São Paulo no final de 2014, ratificou a importância da diferenciação por meio de aplicativos próprios e destacou também que as aplicações básicos estão cada vez mais sendo comercializados no formato SaaS (sofware as a service). “Em ambos os casos, conseguimos identificar outra mudança relevante: a aquisição de soluções de middleware, sistemas operacionais e virtualização estão sendo feita por meio de subscrição e não mais por licenciamento do software. Isso destaca claramente o demanda das empresas por soluções ágeis”, destaca Kuszka.

Internet das coisas

A utilização de sensores conectados à internet na pecuária para o controle de rebanhos, ou nos carros e caminhões pra o controle de frota, é uma tendência que se consolidará em 2015. Essa tecnologia já está presente na agricultura com a chamada Agricultura de Precisão, onde sensores analisam solos e superfícies das plantas para auxiliar a aplicação de fertilizantes e defensivos agrícolas.

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A quantidade de dados vindo desses sensores merece uma atenção especial e o tratamento de eventos que acionam procedimentos específicos, como processos de eventos complexos, precisam ser desenvolvidos para que a internet das coisas seja bem aproveitada e não se torne um problema.

Mobilidade e segurança

Dispositivos móveis irão cada vez mais substituir as estações de trabalho como principal interface de acesso aos sistemas corporativos. Esse movimento, chamado de BYOD (do inglês “traga seu próprio dispositivo”), ganhou o reforço de ferramentas de desenvolvimento focadas em facilitar essa transição e, em 2015, acontecerá um verdadeiro “boom” de aplicativos empresariais em todas as verticais, onde as premissas de segurança serão prioritárias para que essa adoção torne-se uma realidade.

“Um peça-chave para a adoção dessa tecnologia é a presença de componentes de middleware para que o acesso via dispositivos móveis tenha performance, segurança e garanta a adaptabilidade e manutenção dos sistemas conforme novos dispositivos móveis surjam”, destaca Kuszka. Outra transformação que deve ser percebida nesse ano será na forma de desenvolvimento de soluções móveis, que deixarão de ser individuais ou em silos e passarão a ser mais colaborativas e com metodologias baseadas em times.

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Software-defined everything (data center, armazenamento e rede)

A redução de custos é um fator constante no mercado de tecnologia e a indústria percebeu que a criação de padrões abertos para maior interoperabilidade é o caminho lógico a ser seguido. Um segmento de destaque nesse sentido é o dos Data Centers, onde componentes de software estão sendo a chave para transformar servidores padrões em soluções de armazenamento e rede.

Quem participou do último Futurecom pode ver um interesse gigantesco em soluções de SDN (redes definidas por software) e NFV (virtualização de funções de redes), seja pela participação de fabricantes-chave nos debates para a definição de padrões da indústria quanto nos lançamentos de componentes open source que revolucionarão a indústria de telecomunicações e de tecnologia.

“Um destaque dessa tendência é o projeto aberto Open Daylight, que visa acelerar a adoção das SDNs e criar uma base sólida para o NFV”, afirma o gerente dos arquitetos de soluções da Red Hat. Kuszka destaca ainda as soluções de Gluster e CEPH nas aplicações de armazenamento. “Essas tecnologias permitem transformar servidores tradicionais em um Disk Array com um custo bem menor. Em 2015, veremos cada vez mais a adoção delas”.