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O que há de novo no Ubuntu 13.10 (Saucy Salamander)

Por| 29 de Outubro de 2013 às 18h07

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O que há de novo no Ubuntu 13.10 (Saucy Salamander)
O que há de novo no Ubuntu 13.10 (Saucy Salamander)

As duas grandes mudanças previstas para a versão 13.10 do Ubuntu, conhecida como Saucy Salamander, eram o Smart Scopes, que adiciona um poderoso mecanismo de buscas no Unity, e o Mir, que infelizmente não foi adicionado nessa versão (ou felizmente, já que ainda apresentava alguns bugs críticos na data de lançamento. Com exceção do Smart Scopes, não há grandes mudanças. Há, sim, algumas atualizações de versão aqui e ali, mas no geral, ele está bem semelhante ao Ubuntu 13.04 (Raring Ringtail). Isso já era esperado, já que 6 meses entre um lançamento e outro é um espaço de tempo muito pequeno para mudanças abruptas.

Mir, o gerenciador de interface que foi adiado

Colocamos o Mir em primeiro lugar pois ele representa uma grande mudança no Ubuntu. Mesmo que não esteja incluso na instalação padrão, é possível obtê-lo após instalar o sistema. Praticamente todas as distros Linux utilizam o X.org como gerenciador de interface, que já é bem velha, baseada no código do XFree86 (que, veja bem, é de 1986). Este é um dos grandes motivos pelos quais é possível instalar um Linux moderno em uma máquina bem antiga, daquelas ainda com o Pentium III.

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O Mir, segundo a Canonical, é o próximo estágio de evolução do Xorg, fazendo uso de aceleração de hardware por padrão. Essa é uma ótima notícia para quem comprou um computador nos últimos anos, já que praticamente todos eles possuem a GPU, mesmo que integrada, poderosa o suficiente para lidar com uma série de tarefas 3D, aliviando a CPU. Mais do que isso, ele foi desenvolvido em uma época onde telas sensíveis ao toque não são mais um conceito futurista, e já participam do dia a dia de milhões de pessoas.

Um dos grandes problemas do Mir pouco tem a ver com o projeto em si, mas sim com a postura da Canonical. Da mesma forma como acontece com o Unity, o Mir é desenvolvido pela Canonical de uma forma independente das outras distros Linux. Tanto para outras distros quanto para parceiros de hardware, parece que a empresa quer enfiar os seus padrões goela abaixo tanto de usuários quanto de empresas, algo que ainda causa problemas de aceitação do Unity para uma boa parte dos usuários.

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De fato, a Canonical não é muito carismática nesse sentido, onde o Ubuntu é a distro mais apta a iniciar a fragmentação do ecossistema Linux (por algum motivo eu lembrei do Android). A Intel é uma das empresas que não concorda com a adoção do Mir, e considerando que ela é a maior fabricante de processadores do mundo, isso é um enorme obstáculo. Mais para frente criaremos um artigo explicando em detalhes o que é o Mir, mas por enquanto, o importante é saber que ele é um gerenciador de interface mais avançado, exclusivo do Ubuntu e que só será adotado provavelmente na próxima versão.

Smart Scopes, um gerenciador de pesquisas no Dash verdadeiramente útil

A inclusão de resultados de compras da Amazon no Dash causou muitas críticas na versão 12.10 do Ubuntu (Quantal Quetzal), quando adicionado. Algo como "como assim estou vendo propagandas dentro do próprio sistema operacional???". De fato, não fazia muito sentido. Por que só a Amazon? Por que não adicionar metabuscas mais úteis além das propagandas e torná-lo um recurso poderoso?

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Então o Smart Scopes foi adicionado. Além da Amazon, programas instalados e dados do usuário dentro do disco rígido, várias buscas foram adicionadas. Várias mesmo. Dentre as mais relevantes, podemos citar Wikipedia, Reddit, Facebook, Foursquase, Ask Ubuntu, devianART, Google Drive (associado à sua conta Gmail), Flickr e muitos outros. Além disso, ele "aprende" conforme o uso, sendo possível inclusive adicionar novas fontes.

Caso o usuário não queira incluir pesquisas nos mecanismos acima em suas buscas, é fácil desativá-lo. Basta ir até a central de controle, depois acessar "Security & Privacy" e setar o item "Include online search results" como OFF.

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Mudanças menores

Como qualquer atualização de versão de uma distro Linux, o kernel recebeu um update. Agora o kernel padrão é a versão 3.11 (3.8 no Ubuntu 13.04), assim como alguns outros programas já aparecem com versões mais recentes, como:

  • Firefox 24 (Firefox 20 no Ubuntu 13.04)
  • X.org 1.14 (X.org 1.13 no Ubuntu 13.04)
  • LibreOffice 4.1 (LibreOffice no Ubuntu 13.04)
  • gcc 4.8 (gcc 4.7 no Ubuntu 13.04)
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Em nossos testes em especial, como estávamos rodando o Ubuntu em uma máquina com processador e placa de vídeo AMD (A6-3420M com gráficos Radeon HD 6520G e Radeon HD 7690M), reparamos uma excelente adaptação dos drivers de vídeo. Ainda que o driver genérico tenha funcionado bem, preferimos instalar o Catalyst para obter mais performance e economia de energia, não exigindo configurações adicionais para reconhecer as duas placas de vídeo e configurá-las dinamicamente.

Conclusão: vale a pena o upgrade?

Para quem possui a versão 13.04 do Ubuntu, realizar o upgrade não é muito uma questão de opção, mas sim de necessidade. A Canonical garantiu upgrades para esta versão por apenas 9 meses, de forma que até sair a próxima versão, é melhor fazer o upgrade para o 13.10 para não ter problemas de segurança e estabilidade.

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A próxima versão do Ubuntu, a 14.04 (Trusty Tahr), será LTS (Long Term Support), o que garante o suporte da Canonical durante 5 anos. Para quem possui a versão LTS anterior, a 12.04 (Precise Pangolin), é melhor pular a versão 13.04 e só atualizar quando a 14.04 ficar disponível, mesmo que ainda sobrem 3 anos de suporte da Canonical.

Além disso, o Mir provavelmente só dará as caras na próxima versão, já que, por se tratar de um LTS, a Canonical ainda fará testes exaustivos de estabilidade para adotá-lo como padrão.

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