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Vale a pena aproveitar as ofertas das operadoras na hora de trocar seu celular?

Por| 25 de Novembro de 2015 às 09h39

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Vale a pena aproveitar as ofertas das operadoras na hora de trocar seu celular?
Vale a pena aproveitar as ofertas das operadoras na hora de trocar seu celular?
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A cada anúncio de um novo smartphone, surge aquela velha dúvida: como eu vou comprar esse aparelho se eu ainda nem terminei de pagar o do ano passado? Parece brincadeira, mas é um dilema bem comum para quem acompanha o mundo da tecnologia. Afinal, não é nada simples conciliar os altos preços desses produtos por aqui com o desejo de se manter sempre atualizado, ainda mais quando estamos falando de lançamentos anuais.

Porém, isso não quer dizer que essa seja uma tarefa impossível. Algumas operadoras brasileiras decidiram seguir o exemplo de empresas de telefonia lá de fora e oferecem programas que facilitam a troca de celulares, permitindo que você tenha sempre o modelo mais recente em mãos. São oportunidades que vão desde a contratação de serviços específicos para ganhar um desconto especial até a criação de um programa dedicado a essa atualização constante de aparelhos, acabando com o entrave na vida dos apaixonados por novidades.

No entanto, até que ponto esses benefícios são realmente vantajosos? Não são raros os casos de armadilhas maquiadas na forma de ofertas que enganam o consumidor desatento. Seja no comercial de TV, no outdoor no caminho de casa ou mesmo naquele folder que lhe entregaram na saída do shopping, sempre há um "porém" escondido em letras minúsculas que você nunca percebe à primeira vista.

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Assim, para evitar que você tenha eventuais dores de cabeça no futuro, analisamos os principais programas de upgrade para descobrir se eles realmente valem a pena ou são apenas algo que vai fazê-lo se arrepender no final do mês.

Claro Up e o modelo que vem de fora

De todos os pacotes que prometem manter o usuário sempre atualizado, o mais significativo deles é o da Claro. A operadora é a única a disponibilizar no Brasil um serviço que permite que o cliente troque o seu aparelho por um mais recente todos os anos sem precisar pagar pequenas fortunas no processo. Para isso, ela importou um formato que já é bastante utilizado em outros países, sobretudo nos Estados Unidos — a própria Apple adotou algo semelhante lá fora, com o iPhone Upgrade Program —, e o adaptou para os valores nacionais. E o resultado, por mais incrível que pareça, é bastante satisfatório.

O segredo do Claro Up está exatamente no parcelamento do smartphone em 24 vezes, com a possibilidade de quitar metade desse valor na hora de trocar o seu velho aparelho por um novo. Esse pequeno escambo é algo vantajoso para as duas partes: de um lado, o consumidor pode ter sempre o último modelo do mercado à sua disposição e, do outro, a operadora renova o contrato com o cliente por pelo menos mais dois anos.

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Em termos práticos, é como se você pagasse uma mensalidade para ter um novo aparelho todos os anos. Assim, ao chegar ao fim do primeiro ano, basta ir a uma loja da Claro, apresentar o seu celular e ir embora com um novo. Embora a grande propaganda do serviço gire em torno do iPhone, ele também permite que os usuários usem o Claro Up nos Galaxy da Samsung.

Mas o que realmente interessa por aqui são os valores. Para aproveitar os descontos e os parcelamentos oferecidos, o usuário precisa adotar também um dos pacotes de dados elegíveis. É a partir da combinação entre modelo e o plano escolhidos que o preço final vai ser definido, então é sempre bom ir até uma loja para ver qual se encaixa melhor no seu perfil de uso.

Para esta matéria, decidimos fazer o teste a partir dos menores valores possíveis. A ideia era exatamente encontrar a melhor maneira de aproveitar o Claro Up sem gastar muito e, para isso, as vendedoras consultadas informaram que o pacote mínimo disponível era o de 2 GB de internet 4G e um pacote de 200 minutos de ligações para outras operadoras. No caso, o valor mensal por esse plano é de R$ 109,99.

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Adicione a esse valor a tal "mensalidade" que, no caso do iPhone 6s, seria de R$ 149. Isso significa que a sua conta fecharia todos os meses em R$ 258,99, o que faz com que o smartphone da Apple custe R$ 3.107,88 ao término do primeiro ano, quando você poderá trocá-lo por um possível iPhone 7. Só é preciso lembrar que, ao fazer a substituição do smartphone, você renova o seu contrato por mais 24 meses — o que o torna uma espécie de "refém" do Claro Up; e é aí que está o truque da Claro. Caso desista do serviço ou queira um plano mais econômico, será preciso pagar todo o valor restante do aparelho.

Não que isso seja um grande problema. Levando em conta o preço cobrado normalmente pela Apple, a operadora oferece uma alternativa mais barata a curto e médio prazo, já incluindo um pacote de dados bem robusto — ainda mais se lembrarmos que o acesso a WhatsApp, Facebook e Twitter são gratuitos. Além disso, esse valor também inclui um seguro contra furto, roubo e avarias no smartphone, o que é providencial tanto para quem tem medo de perder o aparelho quanto para garantir que o dispositivo entregue na hora da troca vai estar em boas condições.

Para quem quiser um Galaxy

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Como dito, o Claro Up conta também com uma opção Android, o que pode ser uma saída mais econômica para quem quer se manter atualizado, mas não está tão interessado em gastar tanto. Como o Galaxy S6 é significativamente mais barato que seu rival, isso acaba sendo refletido também no valor dessa "taxa mensal". Cotado em R$ 2.880, o smartphone da Samsung sai em 24 vezes de R$ 120.

Assim, levando em conta o mesmo pacote de dados usado como base no cálculo do iPhone 6s, o Galaxy S6 custaria R$ 229,99 mensais, que se transformam em R$ 2.759,88 em um ano. Mais uma vez, é um valor não muito distante do preço base do dispositivo, mas com o diferencial de já trazer uma bela franquia de dados e o seguro.

As demais operadoras

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Como a Claro é a única com um sistema de troca, fica difícil fazer um paralelo realmente justo entre as demais operadoras. A Vivo é a única que se aproxima disso ao oferecer descontos no valor final do aparelho caso o cliente adquira alguns de seus planos mais robustos. O problema é que o resultado, quando posto na ponta do lápis, é bem diferente.

A queda nos preços começa a valer a partir do pacote de 1 GB de internet, mas só passa a ser vantajoso mesmo de 4 GB em diante, conforme esclareceu uma das vendedoras. Ainda segundo ela, também é possível usar o seu smartphone antigo como forma de pagamento, mas o valor depende de uma avaliação realizada na própria loja, que vai determinar o desconto com base nas condições do aparelho.

De qualquer forma, sem levar em consideração essa possibilidade, fizemos a simulação tanto do iPhone 6s quanto do Galaxy S6 a partir de um plano de 4 GB de internet 4G com 300 minutos de ligação para outras operadoras. Em ambos os casos, o pacote fecharia em R$ 186 mensais.

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No caso do modelo mais recente da Apple, o valor já reduzido seria de R$ 3.229 com a possibilidade de parcelar em até 12 vezes de R$ 269 no cartão de crédito. Isso significa que, no final das contas, a compra de um novo iPhone na Vivo custa R$ 455 ao mês. Ao longo de um ano, esse valor se transforma em R$ 5.460, ou seja, R$ 1,4 mil a mais do que o preço sugerido pela sua fabricante.

Situação semelhante é a do Galaxy S6. Com a adoção do plano citado, o aparelho da Samsung sai por R$ 1.999. À primeira vista, parece um belo negócio, mas a coisa muda rapidamente de figura quando fazemos os cálculos. Parcelado também em um ano e somando o valor do plano, o smartphone salta para R$ 4.231 (12x de 352,60).

Já a TIM e a Oi não oferecem descontos na hora da venda, o que faz com que o iPhone 6s e o Galaxy S6 saiam pelos mesmos R$ 3.999 e R$ 2.999 de sempre. Uma das vendedoras da TIM que nos atendeu explica que a empresa optou por diminuir o preço dos planos ao invés de oferecer um falso desconto que, no fim das contas, não era vantajoso para o consumidor. Segundo ela, essa venda casada de aparelhos e pacotes fazia com que o celular ficasse muito mais caro no final das contas — como o caso da Vivo deixou mais do que claro.

Então, vale a pena?

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Levando em conta que apenas duas das quatro grandes operadoras do país oferecem algum tipo de benefício para atrair quem quer um novo smartphone, fica evidente que a Claro é quem traz as melhores vantagens. No caso da Vivo, trata-se da velha estratégia de diminuir o valor do produto e compensar isso em um plano mais caro.

Isso não quer dizer, porém, que o Claro Up seja a opção perfeita para todas as situações. É óbvio que ele acaba sendo a melhor alternativa do mercado, sobretudo por importar um formato que já vem dando certo em outros países, só que isso não quer dizer que ela cabe em todos os bolsos. Ele consegue deixar tanto o iPhone 6s quanto o Galaxy S6 mais baratos, mas não faz milagre em relação aos preços brasileiros, que sempre foram muito altos.

Isso faz que o plano seja uma boa pedida para quem já está acostumado a pagar uma conta um pouco maior no final do mês ou mesmo para quem planejava gastar um pouco mais para a troca do aparelho. Mais do que isso, ele só vale a pena se você estiver disposto a permanecer dentro do Claro Up por um bom tempo, caso contrário vai ter que desembolsar muito mais para poder se livrar do contrato.

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Como dito antes, o parcelamento dos smartphones é feito em 24 vezes. É isso que faz com que o preço fique um pouco mais atraente ao final de um ano e facilite a troca de modelo todos os anos. Porém, se você desistir no meio do caminho e quiser cancelar o serviço, terá de pagar o restante do valor e isso pode pesar bem mais no seu bolso do que o planejado inicialmente. Então, pense bem antes de correr para a loja mais próxima.