Mercado de smartphones deve ter pequena recuperação em 2019
Por Felipe Demartini | 13 de Dezembro de 2018 às 13h51
Dados da International Data Corporation (IDC) preveem uma pequena recuperação no mercado de smartphones em 2019, de forma a reverter a tendência de quedas sentida ao longo do ano que agora chega ao final. De acordo com levantamento do instituto, o setor deve chegar ao próximo mês de dezembro com um crescimento de 3%, deixando de lado a expectativa de queda para este 2018, que deve terminar com retração de 6%.
Na visão dos especialistas, a chegada de novos formatos de aparelhos, principalmente dispositivos dobráveis, deve reacender a chama do interesse entre os consumidores, assim como a chegada das redes 5G. A implementação da nova tecnologia em países desenvolvidos e o lançamento dos primeiros aparelhos compatíveis com ela devem acelerar as coisas nos mercados já estabelecidos, ajudando a frear as quedas, mas não a interromper a estagnação.
Isso também se deve ao fato de que, enquanto os países mais avançados já receberão o 5G em 2019, as regiões emergentes ainda estão a anos de distância dela. Com isso, a perspectiva do IDC é de uma repetição na marca dos 3% de crescimento, pelo menos, até 2022, com mudanças nesses números acontecendo de forma modesta e lenta na medida em que a nova tecnologia de conexão for dando as caras nos países em desenvolvimento.
A balança entre sistemas operacionais, entretanto, deve continuar semelhante pelos próximos três anos. Justamente pela força dos mercados em desenvolvimento, que preferem modelos mais baratos, o Android deve continuar dominando. A plataforma deve fechar 2018 com um market share de 85,1% e, ao longo dos próximos três anos, crescer apenas 1,1%, chegando a 86,2% do mercado em 2022.
Essa fatia, logicamente, será roubada da Apple, que ao longo dos próximos três anos, deve perder 1% de market share global, saindo dos atuais 14,8% para 13,8% em 2022. O IDC também prevê um desaparecimento técnico de outras modalidades de sistemas operacionais, que já tiveram queda de mais de 70% em 2018 e devem contar com apenas 100 mil unidades no mercado daqui a três anos.
A boa notícia para as fabricantes, entretanto, é que o valor gasto nos mercados emergentes deve crescer. Isso deve acontecer em ritmo lento, sim, mas pinta um panorama interessante para o futuro a médio prazo, com um aumento de 9,6% no preço médio dos aparelhos vendidos até 2022. Nessa pegada, devem crescer também as vendas de smartphones de tela grande, acima das 5,5 polegadas. Esse crescimento já deve ser de 66,7% neste ano e, em 2022, deve chegar a 87,7%.
Fonte: IDC