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Medalhas da Olimpíada de Tóquio podem ser feitas de smartphones velhos

Por| 22 de Agosto de 2016 às 13h41

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Medalhas da Olimpíada de Tóquio podem ser feitas de smartphones velhos
Medalhas da Olimpíada de Tóquio podem ser feitas de smartphones velhos

Nem ouro, nem prata e nem bronze. As medalhas da Olimpíada de 2020, em Tóquio, serão feitas de smartphones — ou melhor dizendo, dos componentes retirados desses aparelhos. A ideia apresentada pelo comitê organizador é usar os Jogos Olímpicos que acontecerão daqui a quatro anos para alertar a população sobre o desperdício de produtos eletrônicos no país. E, para isso, eles querem retirar os metais usados nesses aparelhos para construírem as premiações aos atletas tanto na Olimpíada quanto na Paralimpíada.

De acordo com o jornal Nikkei Asian Review, essa é uma ideia que já vem sendo discutida pelos organizadores do evento, oficiais do governo e executivos desde o último mês de junho — ou seja, antes do início dos jogos no Rio de Janeiro. Segundo o periódico, o ouro e a prata presente nos smartphones descartados somente no Japão correspondem a 16% e 22% da oferta global desses materiais, respectivamente, e essa quantidade seria mais do que necessária para confeccionar as medalhas usadas durante o evento.

A expectativa é que, com essa medida, a reciclagem de eletrônicos seja incentivada no país oriental. O Japão produz, por ano, cerca de 650 mil toneladas apenas de lixo eletrônico e apenas 100 mil toneladas são reaproveitadas — boa parte na produção de novos smartphones.

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Ouro e prata são os principais materiais usados em componentes de smartphones — e muito disso é descartado

Apenas para ter uma ideia, nos jogos de Londres, em 2012, foram necessários 9,6 quilos de ouro, 1.210 quilos e prata e 700 kg de cobre — o principal material usado para se obter o bronze — para a confecção das medalhas. Já em 2014, o Japão recuperou 143 quilos de ouro, 1.566 quilos de prata e 1.112 toneladas de cobra de aparelhos descartados pelos usuários.

Se isso realmente acontecer, vai ser um diálogo interessante com a própria temática da Rio 2016, que se preocupou bastante em apresentar a ideia de conservar a natureza e bateu muito na tecla da sustentabilidade. Assim, se o Japão realmente abraçar a ideia de fazer medalhas com material reciclado nos jogos de Tóquio em 2020, podemos dizer que a mensagem passada neste ano já teve um impacto muito legal na próxima edição da competição, mesmo que sem querer.

Fonte: Nikkei Asian Review