Leitor facial do Galaxy S9 deve ser veloz, mas não necessariamente mais seguro

Na apresentação durante o Mobile World Conference, em Barcelona, a Samsung anunciou que os novos Galaxy S9 terão o Intelligent Scan, sistema que usa leitura facial e ocular para melhorar a probabilidade de acerto do destravamento.

Ele funciona da seguinte forma: quando o usuário tentar destravar, o aparelho primeiro tenta o reconhecimento facial. Se a tentativa falhar, então, o aparelho tenta o mesmo com a íris ocular. Em ambos falhando, o sistema fará uma última tentativa utilizando informação de ambos, face e olho. Mesmo que pela descrição pareça demorado, todo o processo é feito quase que instantaneamente quando o usuário olha para o aparelho.

Embora seja mais rápida, a tecnologia preocupa especialistas em termos de segurança. Parte disso está relacionado à fraqueza dos sistema nos Galaxy S8, sobretudo se comparado com o criado para o iPhone X. No aparelho da Apple, o reconhecimento facial é feito por uma leitura 3D do rosto do usuário, com mapeamento de mais de 30 mil pontos. Ao não ter a mesma tridimensionalidade, o sistema da Samsung pode ser enganado por uma foto do usuário, o que já foi comprovado em testes.

Outra preocupação é que a empresa planeja utilizar o Intelligent Scan também para outras aplicações, como o Samsung Pass, sistema que, atualmente, utiliza biometria no lugar de senha para vários sites. Contudo, a própria Samsung já indicou que o Intelligent Scan ainda não será utilizado para apps mais importantes como os que envolvem pagamentos.

No site oficial da linha S9, há a descrição de que, para o Intelligent Scan, foram melhorados os algoritmos de deep learning, e que o aparelho tem capacidade de identificar uma gama maior de padrões de íris. Ainda não há testes que comprovem a segurança do novo sistema.

Importante dizer que, além dos reconhecimento facial e de íris, a linha S9 também tem desbloqueio por biometria e senha. Os novos aparelhos Galaxy S9 e S9+ devem chegar ao mercado em 16 de março.

Fonte: Cnet