Huawei pode vender a marca de celulares Honor, prevê analista
Por Rubens Eishima | 08 de Outubro de 2020 às 11h32
Cada vez mais encurralada pelo governo dos Estados Unidos, a fabricante chinesa Huawei tem encontrado dificuldades para obter componentes para a fabricação de seus celulares. Diante disso, um cenário cogitado por um conhecido analista é a venda da marca Honor, tornando-a independente.
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A possibilidade foi mencionada por Ming-Chi Kuo, da TF International Securities, que considerou a saída como a melhor para ambas as marcas:
“A venda da operação de smartphones Honor pela Huawei é uma situação ganha-ganha para a marca Honor”, avaliou.
A independência da Honor liberaria a marca das restrições impostas pelos Estados Unidos, que limitam drasticamente a compra de componentes pela Huawei. Entre os principais fornecedores impedidos de negociar com a companhia estão os de processadores (da subsidiária HiSilicon, mas em grande parte sob produção da taiwanesa TSMC), chips de memória, sensores fotográficos e telas OLED, segmentos dominados por empresas de fora da China.
Outra vantagem enxergada por Kuo estaria na possibilidade de a Honor oferecer mais celulares premium e intermediários, sem se preocupar em competir com a empresa mãe.
Uma Honor independente teria consequências interessantes, principalmente no mercado chinês, onde a empresa teria mais liberdade para disputar espaço com Xiaomi, OPPO, Vivo e Realme.
Caso a ideia seja abraçada pela Huawei, resta saber ainda o quão independente seria a marca, e se os Estados Unidos não veriam motivos para estender as sanções à nova empresa. Caso a separação aconteça como nas subsidiárias da Xiaomi — que apresenta as marcas Poco e Redmi como “independentes” —, o mais provável é que o departamento de comércio norte-americano não leve a mudança à sério.
Fonte: Gizmochina