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[Hands-on] Testamos o novo Huawei P8, direto da China

Por| 27 de Abril de 2015 às 16h08

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Rafael Romer/Canaltech
Rafael Romer/Canaltech

*De Shenzhen, Guangdong

Na última sexta-feira (24), a Huawei lançou oficialmente seu novo smartphone de topo de linha para 2015, o P8, que já esgotou no primeiro dia de vendas na China e mostra potencial para ser um competidor de peso no mercado de smartphones neste ano.

Por enquanto, o dispositivo ainda está de fora do radar brasileiro, mas tivemos a chance de brincar um pouco com ele durante a conferência anual para analistas da Huawei, realizada na semana passada em Shenzhen, cidade-sede da empresa na China. E já de cara podemos falar: o acabamento dourado do dispositivo é bonito, embora não tenha um design surpreendente que foge do padrão retangular de ângulos retos que reina entre os principais dispositivos Android do mercado.

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Imagens de fundo na tela de bloqueio são diferentes a cada vez que o celular é despertado (Foto: Rafael Romer/Canaltech)

A primeira impressão pode não ser revolucionária, mas ao segurar o smartphone pela primeira vez, os pontos positivos do P8 já começam a aparecer. Com 5,2 polegadas e apenas 6,4 mm de espessura, a pegada do P8 é confortável e delicada, ainda que o acabamento em metal escovado garanta uma sensação de dispositivo robusto e premium. O smartphone também é bem leve, com apenas 144 gramas.

Aí está uma das principais mudanças de design em relação ao antecessor Ascend P7. A traseira do P8 agora é completamente metálica, que substituiu o Gorilla Glass que cobria a geração anterior. A exceção é a faixa superior em vidro, que abriga a câmera de 13 megapixels com OIS (estabilização óptica de imagem). Na lateral direita estão os botões de volume e o botão para ligar e desligar a tela, pouco acima do meio do smartphone, no lugar natural no qual um dedão destro costuma descansar enquanto você usa o dispositivo. Logo abaixo estão as gavetas para os dois cartões SIM que o dispositivo suporta.

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Traseira de vidro do P7 foi substituída por cobertura de metal escovado no novo dispositivo (Foto: Rafael Romer/Canaltech)

Na parte de cima está a entrada para fones e na parte de baixo, a porta USB para carregar o dispositivo, além das duas saídas de áudio - que no P7 ficavam na traseira do smartphone e por algum motivo que aparentemente só servia para abafar o som enquanto você o segurava na mão. Boa decisão da Huawei.

Na frente, o display Full HD (1080p) divide espaço com a câmera frontal de 8 MP e já não impressiona tanto quanto o de alguns smartphones high end que já desembarcaram o no mercado, como o Galaxy S6, mas é brilhante e tem bons ângulos de visualização. Vale lembrar que só vimos o P8 em ambiente fechado com iluminação artificial, então ainda não podemos falar como a tela se comporta em um dia ensolarado.

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Lateral direita do P8 carrega controles de volume, botão para ligar e desligar tela e gavetas para cartões SIM (Foto: Rafael Romer/Canaltech)

O Android 5.0 carregado no P8 é bem customizado pela empresa, sob a interface Emotion UI (EMUI) 3.1, que pega vários elementos emprestados do design do Lollipop, mas trabalha com uma palheta de cores própria. As mudanças são mais aparentes dentro dos aplicativos, como o próprio app da câmera, que tem influências claras do iPhone e carrega algumas funções como embelezamento automático para selfies e time lapse.

Aqui vale destacar alguns dos truques legais do P8, como a tecnologia Knuckle Sense, que permite dar alguns comandos de tela diferentes com as juntas dos dedos. Dando dois toques com as juntas, é possível tirar um screenshot rápido da tela e compartilhá-lo automaticamente por e-mail ou redes sociais. Também é possível selecionar uma área específica, desenhando um círculo na tela. Vale lembrar que a Huawei tem uma loja própria de temas para o sistema operacional, então o design final do smartphone só depende do próprio usuário.

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Tecnologia Knuckle Sense permite selecionar e compartilhar imagens da tela com o uso da junta do dedo (Foto: Rafael Romer/Canaltech)

Por baixo do capô, uma rápida revisão do hardware: o processador é o Kirin 930, da própria Huawei, 16 ou 64 GB de armazenamento interno e 3 GB RAM. Tivemos bem pouco tempo de uso do smartphone, mas o hardware pareceu dar uma boa conta do recado com múltiplos aplicativos abertos e enquanto navegamos pelos menus e entre apps. A performance é sólida e bem fluida, e não há qualquer lag perceptível entre transições de apps ou quando abrimos novas páginas da web e programas.

É claro, só poderemos ter 100% de certeza da performance quando tivermos mais tempo de uso, mas a primeira impressão foi bem positiva quando levamos em consideração que o P8 deverá chegar ao mercado com um preço inferior aos principais competidores de topo de linha.

Outra coisa que fica de fora desta nossa primeira impressão é a capacidade da bateria. Vale lembrar que o fato de ser bem fino faz com que o P8 carregue uma bateria de apenas 2680 mAh. A Huawei promete uso de um dia, mas só no review completo poderemos confirmar isso.

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*O repórter viajou à Shenzhen a convite da Huawei.