Publicidade

Guia de compras de smartphone 2015

Por| 06 de Novembro de 2015 às 12h35

Link copiado!

Divulgação
Divulgação

Estamos quase no final de 2015 e tivemos uma boa quantidade de lançamentos no mercado brasileiro, o que muitas vezes dificulta uma análise mais objetiva de qual smartphone é o melhor dentro de uma faixa de preços. Pensando nisso, criamos uma lista com os modelos já testados e com análises publicadas aqui no Canaltech, indo desde o Redmi 2 até o Moto X Style. E claro, criamos também um último item com os modelos mais caros, mas de forma separada, já que eles não focam em custo-benefício.

Conforme listamos os modelos, há uma redução gradativa do custo-benefício, que lentamente tende a um mínimo e passa a ser uma escala crescente de investir cada vez mais para ter cada vez menos. É interessante notar que fabricantes como a Motorola e a ASUS correspondem a uma boa parte da lista que montamos com os lançamentos até Outubro de 2015, empresas que adotam uma estratégia muito mais competitiva do que grande parte dos concorrentes.

Xiaomi Redmi 2 (R$ 499)

O ponto de partida é o Redmi 2, modelo que traz o melhor custo-benefício do mercado brasileiro por ser barato e contar com poucas falhas. Tela de excelente qualidade, configuração excelente dentro dessa faixa de preço e conectividade 4G são os pontos de destaque, além de um conjunto que, de uma forma geral, atende perfeitamente grande parte do público sem cobrar uma fortuna por isso.

Continua após a publicidade

Naturalmente, ele tem os seus problemas, e os 8 GB de memória interna é o maior deles. É sim possível expandir o armazenamento com um cartão microSD, mas ainda obriga o usuário a gerenciar melhor a memória interna na hora de instalar apps e jogos. Outro ponto é a quantidade de memória RAM, 1 GB, que já é considerado pouco para os Androids mais atuais, sendo o único aparelho da lista com essas características.

Quantum Go (R$ 699 – R$ 899)

Disponível em 3 versões (3G com 16 GB, 3G com 32 GB e 4G com 32 GB), o GO já entra no território dos intermediários e traz uma experiência que até há pouco tempo era quase uma exclusividade dos modelos avançados por um preço até acessível. Ele é resultado de uma mudança de posicionamento por parte da Positivo, já que a Quantum pode ser vista como uma subsidiária da empresa, ainda que tenha liberdade para tocar seus projetos de forma independente.

Continua após a publicidade

Ele é, certamente, uma opção a se considerar para quem busca uma experiência superior ao que o Redmi 2 oferece e está disposto a investir um pouco mais, já que o usuário ganha em desempenho, tela, armazenamento (o calcanhar de Aquiles do Redmi 2) e câmera por um valor apenas um pouco maior. O custo-benefício do GO e Redmi 2 é basicamente o mesmo, pois o usuário agrega recursos proporcionais ao investimento.

Microsoft Lumia 640 XL (R$ 899)

O gigantão da Microsoft é uma alternativa para quem busca um smartphone com tela grande (5,7 polegadas) e gosta da plataforma Windows Phone. A versão XL é a maior, mas tecnicamente idêntica ao Lumia 640, embora traga o extra de uma bateria de 3.000 mAh (o que garante uma excelente autonomia na plataforma Windows Phone). As especificações são suficientes para atender quem busca um smartphone capaz de rodar boa parte dos apps da Windows Store.

Continua após a publicidade

Vale mencionar que é possível encontrá-lo por preços bem menores em diversas lojas, aumentando bastante o custo-benefício, e que a versão Lumia 640 "normal" tem tela de 5 polegadas, ideal para quem busca um modelo menor e está disposto a sacrificar um pouco de bateria (2.500 mAh).

Samsung Galaxy J5 (R$ 949)

A partir de agora, temos uma ligeira queda no custo-benefício e começamos a queimar um pouco mais de dinheiro, mas ainda dentro de uma margem de segurança. O Galaxy J5 pertence a uma nova família da Samsung que traz tela Super AMOLED e bordas de metal. Curiosamente, ele conta com menos memória RAM do que o Quantum GO (1,5 GB contra 2 GB), além de trazer uma configuração mais básica. Ou seja, o usuário começa a ver o que vale mais a pena priorizar.

Continua após a publicidade

Com bateria de 2.600 mAh e um gerenciamento mais avançado de energia, este é o primeiro aparelho da lista que consegue ficar um dia inteiro de uso fora da tomada sem grandes problemas, além de trazer câmeras superiores ao do Quantum GO, mesmo com a mesma quantidade de megapixels. O usuário perde, porém, em armazenamento (16 GB contra 32 GB do Quantum GO) e responsividade, tanto pela configuração mais básica quanto pela TouchWiz.

Motorola Moto G 2015 (R$ 899 – R$ 1070, sem considerar as versões extras)

Mesmo não considerando as opções de customização visual do Moto G 2015, temos 5 versões disponíveis. Aliás, quatro, já que a versão mais básica (8 GB de memória interna e 1 GB de memória RAM) já não faz mais sentido nessa faixa de preço. Sobram as versões “padrão”, que se diferenciam pela quantidade de memória RAM (1 ou 2 GB), e as versões com extras, onde o usuário pode escolher ter suporte a televisão digital FullSeg ou um fone de ouvido Bluetooth de excelente qualidade.

Continua após a publicidade

Em qualquer versão, porém, o usuário tem acesso ao Moto Maker, que permite personalizar uma boa quantidade de detalhes do aparelho, sendo um ponto bem interessante. E, claro, todos os modelos são à prova d'água (certificação IPX7). Na prática, ele é um modelo para quem está em busca de um aparelho melhor, não se preocupando tanto com especificações, já que o Moto G fica abaixo do Quantum GO mesmo na sua versão mais parruda.

Alcatel Idol 3 (R$ 1099)

O problema do Idol 3 não é o aparelho, mas o preço. Em outras palavras, temos um custo-benefício menor e começamos a queimar mais dinheiro por benefícios que não são tão diretos assim. Por exemplo, a configuração dele é exatamente a mesma do Galaxy J5, que não chega a ser tão superior assim ao Redmi 2, e, por sua vez, os três são inferiores ao Quantum GO. Já em câmera ele empata com o J5.

Continua após a publicidade

Então, por que ele está na lista? Por três motivos. Em primeiro lugar, o sistema de som estéreo frontal, que tem qualidade superada somente pelo Moto X Style. Em segundo, pelo fone de ouvido JBL incluso na embalagem, garantindo que o usuário não vai precisar correr atrás de outro modelo para aproveitar a melhor qualidade de som “out-of-the-box” disponível no mercado brasileiro. Em terceiro, a tela, que deixa de lado a saturação excessiva das cores em favor de imagens mais reais.

O posicionamento que fizemos do Idol 3 entre o Moto G 2015 e o Zenfone Selfie, próximo da lista, não se deve somente ao preço. Por mais que seja um aparelho excelente, o custo-benefício dele não é linear, de forma que o usuário deve ver se os três diferenciais que mencionamos são realmente relevantes, já que, de resto, ele perde para o Galaxy J5, Quantum GO e Moto G 2015.

ASUS Zenfone Selfie (R$ 1299)

Continua após a publicidade

A ASUS realmente se comprometeu em trazer smartphones com custo-benefício excelente, postura que a empresa segue desde o lançamento do Zenfone 5 em 2014. O Selfie é uma das maiores provas disso, trazendo duas câmeras de altíssima qualidade, bateria suficiente para garantir um dia inteiro de uso, tela Full HD IPS, 32 GB de memória interna, 4G e 3 GB de memória RAM - especificações suficientes para oferecer uma experiência top de linha com preço de intermediário.

É bem difícil encontrar um problema nele, já que o preço de R$ 1299 faz com que o aparelho não tenha concorrentes diretos. Para nós, ele é aquele smartphone que você compra para ficar tranquilo por um bom tempo sem ficar preocupado em ter rasgado dinheiro - e não estamos bajulando a ASUS aqui, mas sim reconhecendo que a empresa é uma das poucas ainda comprometidas em trazer uma concorrência feroz para o mercado brasileiro.

Motorola Moto X Play (R$ 1399 – R$ 1499)

Continua após a publicidade

O “super intermediário” da Motorola também merece seu espaço na lista, já que traz um preço condizente com as características do aparelho. A versão Play foca no custo-benefício, enquanto a versão Style tenta oferecer uma experiência mais avançada, sendo uma estratégia que a Motorola provavelmente adotou já considerando a escalada estratosférica do dólar, não criando uma diferença de preço tão grande entre o Moto G e o Moto X em 2015.

Tecnicamente, o Moto X Play é ligeiramente inferior ao Selfie por trazer menos memória RAM, mas compensa isso com um Android puro, o que significa uma responsividade maior, além de trazer uma bateria gigante de 3.630 mAh, ideal para os usuários hardcore. Ele também pode ser personalizado no Moto Maker, além de trazer uma resistência maior contra água, pontos que o usuário sempre leva em consideração.

ASUS Zenfone 2 (R$ 1499)

Continua após a publicidade

O Zenfone 2 é o equilíbrio entre custo-benefício e especificações, sendo o último modelo da lista para quem ainda está preocupado em não queimar dinheiro. Ele pode ser visto como um “super Selfie”, com um poderosíssimo processador Atom Z3560 e nada menos que 4 GB de memória RAM, configurações suficientes para garantir uma experiência de uso capaz de agradar qualquer usuário avançado, já que é poder de fogo o suficiente para sustentar um notebook com Windows.

Não há nada que realmente faça falta no Zenfone 2. É aqui onde o custo-benefício começa a diminuir exponencialmente, com “cada vez menos recursos por real investido”. Essa queda abrupta sempre existiu, mas estava dividida em diferentes aparelhos de diferentes fabricantes. O que a ASUS fez foi mover essa curva, concentrando o ponto de inflexão no Zenfone 2.

ASUS Zenfone 2 Deluxe (R$ 1999)

Continua após a publicidade

Então, sabe o Zenfone 2? Pegue ele, adicione uma construção premium, com uma região traseira mais fashion, instale 128 GB de memória interna ao invés de 32 GB e vóilá, temos o Zenfone 2 Deluxe. As especificações técnicas, câmera, sistema e bateria permanecem os mesmos do Zenfone 2. O que muda é que a ASUS passa a oferecer uma quantidade de memória interna que, até então, era exclusividade do Galaxy S6 e iPhone 6/6S com um preço bem menor. Isso sem deixar de lado o suporte a cartões microSD (o que resulta em um máximo teórico de até 256 GB).

Isso é uma novidade ainda maior para o usuário brasileiro, já que a Samsung não trouxe as versões de 128 GB do Galaxy S6 e S6 Edge para cá, sendo o primeiro Android no país a oferecer tanta memória interna. A conta que o usuário deve fazer é se essa característica vale os R$ 500 a mais de investimento (junto com uma construção diferenciada), já que o Zenfone 2 já tem 32 GB de memória interna e suporte para cartões microSD.

Motorola Moto X Style (R$ 2499)

A versão Style do Moto X é o “Moto X de verdade”, que segue a evolução natural da linha desde o Moto X 2013, por assim dizer. Ele vem com uma das melhores telas que vimos até hoje (Quad-HD IPS), chip Snapdragon 808 que contribui para um excelente desempenho, câmeras realmente melhoradas, e construção premium. Assim como o Moto G 2015 e o Moto X Play, é possível personalizá-lo no Moto Maker.

Junte isso com o carregamento mais rápido do mercado (até o momento, pelo menos) graças ao TurboCharger 25, melhor sistema de áudio entre os modelos da lista (estéreo frontal), possibilidade de usar diferentes materiais na região traseira e a garantia da Motorola de trazer atualizações rápidas e constantes para as próximas versões do Android. Ajuda a justificar o preço? Bem, não, mas pelo menos começa a explicar.

Acima disso…

Qualquer um dos quatro modelos abaixo é capaz de oferecer uma experiência top de linha, é claro, mas deixam claro que o usuário está pagando um preço bem maior do que os recursos oferecidos por eles.

Estamos falando dos tops de linha tops de preço. A proposta aqui é tentar oferecer, ou vender, a ideia de que o usuário está pagando mais do que o aparelho, independentemente dos recursos oferecidos, com um “luxo” cuidadosamente criado pela equipe de marketing das respectivas empresas. Custo-benefício é um termo que não existe aqui, já que essa ideia custa bem caro, e sabemos que esses aparelhos desvalorizam de forma rápida e abrupta (com exceção dos iPhones), sendo possível adquiri-los por preços bem mais acessíveis. Mesmo assim, é difícil relativizar o preço final.

Os iPhone 6 e 6 Plus lideram a lista, com preços que vão desde R$ 3200 até quase R$ 5000, dependendo da versão e da memória interna. São preços considerados alto mesmo por quem prefere o iOS em relação ao Android, mas que não impede os usuários de comprá-los, o que permite que a Apple mantenha os preços altos mesmo depois de meses a fio. A vantagem é que o usuário não precisa pesquisar antes de comprar um iPhone, já que basta ver qual é o modelo mais recente para escolher o mais avançado.

Isso nos faz especular sobre os preços dos iPhone 6s e 6s Plus quando estes chegarem ao Brasil, já que, ao contrário do que acontece nos Estados Unidos e em boa parte do mundo, a Apple aumenta consideravelmente o preço a cada geração. Temos também a questão do dólar, que vai afetar, e muito, o preço final das novas versões.

Na plataforma Android, temos o carro-chefe Galaxy S6 junto com as versões derivadas Galaxy S6 Edge e Galaxy S6 Edge+, facilmente os modelos mais caros do país (R$ 3299, R$ 3799 e R$ 3999, respectivamente). Todos trazem as mesmas configurações (com exceção do S6 Edge+, que tem 4 GB de memória RAM) e representam o que a Samsung tem de melhor atualmente. São certamente aparelhos excelentes, ainda que o usuário tenha que conviver com uma bateria que raramente termina o dia e ausência de cartões microSD mesmo com valores tão altos.

Do lado da LG temos o G4, que oferece uma das melhores câmeras do mercado, sendo um aparelho com pouquíssimas falhas. Para nós, o principal problema do G4 foi o seu atraso em relação ao Galaxy S6, anunciado com um mês de antecedência, sendo mais um aparelho criado para rivalizar com o S6 do que propriamente se mostrar único. Isso não impediu que a LG o anunciasse com o preço de R$ 2999 (lastreado pelo preço do Galaxy S6, é claro), sendo mais “acessível”, mas ainda um pouco longe de corresponder com as suas características.

Por último, temos a Sony Xperia “fornalha” Z3+, anunciado poucos meses depois do Xperia Z3 sem grandes mudanças e preço bem mais alto de R$ 2999. Ele chegou meio sem propósito, substituindo o Xperia Z3, mas criando problemas extras de superaquecimento, algo que o Z3 não sofria. Ele é, teoricamente, um concorrente direto do Galaxy S6 e G4, e aparentemente foi anunciado somente para ser isso, sem um apelo a fazer upgrades.

Smartphones de 2014

Não podemos nos esquecer dos modelos anunciados em 2014, já que eles ainda podem ser encontrados à venda e podem ser adquiridos por preços consideravelmente menores. Um dos principais exemplos é o LG G3, que não raro chega a custar menos da metade do seu preço (R$ 2299) de lançamento em algumas lojas. Por ser um top de linha do ano passado, ele tem configurações que não vão deixar o usuário na mão mesmo depois de mais de um ano de lançamento, sendo uma boa opção para quem quer economizar e não abre mão de um aparelho de excelente qualidade.

Outro que vale mencionar é o Moto X 2014, que já encontramos à venda em certas lojas por menos de R$ 1000, lembrando que o seu preço de lançamento foi R$ 1499. Aliás, ele é uma excelente opção em relação ao Moto X Play mesmo com um ano de vida, já que traz especificações mais potentes, construção de excelente qualidade e tela AMOLED, além de trazer versões com traseira de couro, resina ou madeira.

Para finalizar, temos o Zenfone 5, que ainda é uma boa opção para quem quer um smartphone intermediário, mais equilibrado e acessível. Em sua versão mais avançada (processador dual-core de 1,6 GHz e 16 GB de memória interna), ele ainda é capaz de corresponder ao preço e atender ao usuário por uns bons anos.