Vendas fracas do iPhone 6s levam fabricante chinesa a demitir em massa
Por Anderson Nascimento | 06 de Janeiro de 2016 às 10h48
A Apple está desacelerando a produção de novos iPhones devido à queda nas vendas esperadas para este ano. Com isso, uma das principais fornecedoras da companhia norte-americana, a Foxconn, demitirá trabalhadores de sua fábrica em Zhengzhou, na China, dois meses antes do que o esperado.
De acordo com fontes ligadas às operações da Foxconn, o fim de ano, que costumeiramente vive o pico de produção dos iPhones, foi significativamente fraco e a fornecedora acabou por dispensar alguns funcionários para as festas de ano novo por conta da baixa demanda de produção. A Apple recusou-se a comentar sobre o assunto, enquanto que a Foxconn desmentiu a informação de que a oferta recebida de US$ 12,6 milhões da prefeitura de Zhengzhou não foi destinada ao seguro-desemprego e a manutenção de alguns funcionários da fabricante. No entanto, um anúncio na página oficial da prefeitura da cidade afirma que o subsídio de US$ 12,6 milhões é destinado para a manutenção de profissionais na fábrica e seguro-desemprego para os demitidos.
As estimativas de analistas e os rumores da indústria de tecnologia revelam que a demanda do iPhone irá cair neste ano de 2016. Empresas de investimentos como a FBR & Co., a RBC Capital Markets, a J.P. Morgan e a Morgan Stanley reduziram as estimativas de vendas para o atual trimestre, com alguns especialistas em Wall Street projetando um índice negativo de crescimento para o ano.
Outras fontes afirmam que a quantidade de unidades dos novos iPhone 6s e 6s Plus estão acumulando nas prateleiras de várias lojas do varejo, o que obrigou a Apple a reduzir os pedidos de produção dos dispositivos. De acordo com as informações, algumas fabricantes chinesas estão lidando com um déficit de pedidos da Apple há algum tempo.
Os resultados das vendas do iPhone nos últimos meses serão revelados durante o anúncio do relatório do primeiro trimestre fiscal de 2016, que será feito no dia 26 de janeiro.
Fonte: The Wall Street Journal