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Foxconn deve contratar 50 mil pessoas e espanta rumores de crise

Por| 23 de Janeiro de 2019 às 12h49

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Foxconn deve contratar 50 mil pessoas e espanta rumores de crise
Foxconn deve contratar 50 mil pessoas e espanta rumores de crise
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A Foxconn já começou a se preparar para a alta demanda na fabricação de smartphones a partir do segundo trimestre de 2019 e revelou a expectativa de contratação de 50 mil pessoas até o final de março. A notícia veio em relatório emitido aos investidores da empresa e tenta afastar os rumores de que a suposta crise no mercado mobile estaria afetando duramente a companhia.

O documento localizado e noticiado pela Reuters contradiz relatos publicados na imprensa ao longo de toda a semana passada de que 50 mil pessoas teriam sido demitidas das unidades da Foxconn na China desde outubro do ano passado. Seria um reflexo claro da desaceleração na venda de iPhones, que também motivou uma redução nos pedidos de aparelhos para os parceiros de fornecimento. Mas, pelo jeito, isso não afetou o funcionamento normal da fabricante.

Em comunicado que comenta a declaração aos investidores, a Foxconn disse que o movimento de demissões e contratações é normal ao longo do ano devido às flutuações na demanda em antecipação aos lançamentos. A empresa não negou que tais ajustes também são feitos de acordo com as necessidades dos clientes, mas voltou a confirmar que 50 mil pessoas serão contratadas até março.

Não é como se tudo estivesse incrivelmente bem, entretanto. Por mais que o comunicado oficial indique que nada demais está acontecendo, a Foxcoon registrou uma queda de 8% nas vendas no último trimestre de 2018, justamente por conta da redução no interesse pelos novos iPhones. A Apple seria a responsável por mais da metade do faturamento anual da companhia, e qualquer alteração em Cupertino também gera reflexos na China.

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A própria demissão das 50 mil pessoas, apesar de ser um procedimento normal e corriqueiro, também teria começado antes do previsto, ainda em outubro do ano passado. De acordo com as fontes ouvidas, seria um reflexo claro do corte de pelo menos 10% no fornecimento de iPhones solicitado pela Apple, de forma a corresponder à queda na demanda mundial pela geração atual de aparelhos.

Além disso, fontes internas indicam que, mesmo com as contratações, outras medidas de redução de despesas estão sendo tomadas. As 50 mil pessoas recrutadas nessa nova onda teriam cargas horárias menores e menos horas extras, além de bônus reduzidos por bom desempenho na produção.

Sobre isso, entretanto, a Foxconn não se pronunciou. A Apple também não comenta assuntos desse tipo, mas deve exibir os reflexos da suposta falta de interesse dos usuários pelo iPhone em seus relatórios trimestrais. A crise no mercado mobile não é exclusividade dela, mas, como responsável por um dos dispositivos mais visados e também mais caros, é claro que ela acaba sendo o centro das atenções.

Fonte: Reuters