Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Especial: smartphones diferentes e bizarros (parte 3): os super luxuosos

Por| 30 de Agosto de 2016 às 23h56

Link copiado!

Especial: smartphones diferentes e bizarros (parte 3): os super luxuosos
Especial: smartphones diferentes e bizarros (parte 3): os super luxuosos

O que significa um smartphone caro, em números? R$ 1.000? R$ 1.500? R$ 5.000? Na verdade, depende muito do que ele tem a oferecer, já que é praticamente impossível dizer se um certo modelo é caro ou não tomando somente o preço como parâmetro. Olhando o mercado atualmente, R$ 2.000 é um valor alto para um modelo Android com chip defasado, tela sub-720p e câmera incompetente, mas é “barato” para um iPhone de última geração com uma memória interna de tamanho decente. Mas há um certo limite também, claro, já que a relação custo-benefício deixa de fazer sentido depois de um certo patamar de preços.

É aqui que entra o “praticamente impossível” do parágrafo anterior, já que alguns modelos chegam a custar tão caro que a expressão “custo-benefício” deixa de fazer sentido. Mesmo porque, esse não é o objetivo desses modelos, já que eles não foram projetados para as pessoas “normais” da mesma forma que uma Ferrari não está mirando naqueles que sabem quanto um “carro normal” custa. Aliás, é um caso um pouco mais grave, já que uma Ferrari traz um conjunto consideravelmente superior, e ainda que tenha uma péssima relação custo-benefício, faz sentido para seus clientes. Os smartphones que veremos na próxima linha, bem... não.

Os super-luxuosos

Por mais que algumas empresas tentem posicionar seus modelos como “premium”, na maioria dos casos é apenas uma desculpa para jogar o preço lá em cima. São avançados, de fato, mas tentam se posicionar de forma a não ter que justificar seu preço. Ou seja, são excelentes, além de comumente trazerem um design de alto nível, mas não um design “em-parceria-com-a-Bentley-com-detalhes-de-couro-e-titânio”. Esse é o caso do Vertu Signature Touch, projetado especialmente para quem tem um Bentley.

Continua após a publicidade

A identidade visual do aparelho é inspirada nos carros da empresa, algo que a Vertu é especializada em fazer, já que seus aparelhos estão longe de ser “smartphones normais”. É interessante o estágio atual em que estamos, não? Comprar um smartphone que combina com o seu carro, investindo a bagatela de € 8.000 (R$ 28.880 na taxa atual sem impostos) para isso. E o que ele tem de especial? Em primeiro lugar, segundo a própria Vertu, é que ele é, bom, um Vertu. É o mesmo caso da bolsa Birkin, que é, em última análise, uma Birkin. Outros bolsas falham exatamente aí, já que não são uma Birkin.

Fora o design completamente diferenciado em relação em aos smartphones mundanos, ele trazia especificações bem interessantes para o ano em que foi anunciado (2014): SoC Snapdragon 800, 2 GB de memória RAM, 64 GB de memória interna e câmera de 13 megapixels. Ou seja, um bom top de linha para a época, mas muito longe de justificar essa diferença de preços em relação aos tops de linha normais. Como geralmente acontece no mercado de luxo, essa não é uma preocupação. Esse é o segundo ponto que o diferencia: o tratamento com o cliente de luxo.

Continua após a publicidade

A Sony tá tentou emplacar um modelo luxuoso, claro, caso do Black Diamond acima. O preço? US$ 300.000.

Se você acha o AppleCare um tratamento e tanto com os usuários (quer dizer, na maioria dos casos), vai ficar realmente surpreendido com a Vertu. Eles oferecem um serviço chamado “Concierge” que faz de tudo. Trata-se literalmente de um assistente pessoal contratado pelo cliente Virtu para resolver os possíveis problemas. Quais problemas? Todos, funcionando 24 horas por dia, isso em qualquer lugar do mundo. A Vertu vende a ideia do Concierge como algo que “o dinheiro não pode comprar”, ainda que seja um serviço tecnicamente muito bem pago.

O Signature Touch não é o único modelo da empresa, que já vendeu diversas edições exclusivas com o passar dos anos. É o caso do Tag Heuer MERIDIIST (notaram um padrão aqui?), vendido ainda em 2009, que trazia uma construção banhada a ouro 24K e um preço sugerido de US$ 6.000, um dos primeiros aparelhos da empresa a chamar a atenção do mercado (e de seus potenciais clientes, naturalmente). Desde então, a Vertu tem um relativo sucesso em seu segmento, já que seu público-alvo é bem reduzido, e inspirou uma segunda categoria de smartphones supercaros.

Continua após a publicidade

iPhones luxuosos é o que não falta. Aliás, o iPhone 4 acima, criado pela Stuart Hughes, levanta uma questão interessante de como a Apple "pensou" na cor Rose Gold para os iPhones.

Esse segmento conta com um bom número de empresas, mas a proposta de todas elas é bem semelhante. Em vez de criar um aparelho do zero, como a Vertu faz, elas simplesmente pega um aparelho já existente (o iPhone, na maioria dos casos) e o enchem de luxo. Sabe aquelas notícias que aparecem de tempos e tempos sobre um iPhone que custa (literalmente) milhões de dólares? Exatamente.

Continua após a publicidade

Talvez o mais famoso tenha sido o iPhone 5 de ouro 24K e detalhes em diamante. Não estamos dizendo “folheado a ouro”, mas uma construção em ouro mesmo. Além de, claro, 600 pedras preciosas, 53 delas utilizadas para exibir o logo da Apple. O próprio botão Home é um diamante preto de 26K, fazendo desse modelo criado pela Stuart Hughes um dos mais caros do mundo. O preço? US$ 15,3 milhões (cerca de R$ 50 milhões. Sem impostos, claro). Os modelos da Vertu parecem baratos perto dele, não?

Quem achou ele muito caro pode dar uma olhada nos modelos da Gresso, como o iPhone 6s de titânio e detalhes em outro 24K (será que ele sofre com o “bendgate”?). Partindo de US$ 3.000, é possível escolher entre as versões de 64 GB e 128 GB (viu, Apple? Aprenda!), sendo que o estoque é limitado a 999 unidades. Inclusive, elas são numeradas no detalhe em ouro na parte de trás do modelo. A parte mais interessante é que mesmo trazendo o “6s” no nome, ele é, na verdade, um iPhone 6. Não entendemos essa parte, mas, nada de 3D Touch, Apple A9 ou câmera 4K.

"Luxuosos acessíveis" e edições especiais

Continua após a publicidade

A quantidade de modelos realmente luxuosos é maior do que parece, permitindo todo tipo de exagero, mas existe, de fato, um segmento "premium", com valores mais acessíveis. Os modelos "luxuosos mais acessíveis" (meio incoerente, mas enfim) aparecem de tempos em tempos, trazendo detalhes "gourmet" que, em teoria, justificariam seu preço mais alto. Nesse caso, é a diferença entre comer um hambúrguer comum, de qualidade, e comer outro em um food truck.

O LG Prada não chegava a ser tão mais caro, mas certamente não passava uma imagem de tão luxuoso assim.

Foi o caso, por exemplo, do LG Prada 3. O que ele tinha de especial? Nada. Absolutamente nada, trazendo especificações que não chamavam a atenção nem quando chegou ao mercado. Mas ele trazia "Prada" no nome, uma interface exclusiva e um design diferenciado. Inclusive, a linha LG Prada até chegou a ser vendido no Brasil, mas não fez o sucesso esperado e foi rápida e silenciosamente descontinuada.

Continua após a publicidade

Se foi intenção da Samsung ou não, acabou virando item de colecionador.

O que está se tornando comum agora são edições especiais, ou temáticas. O mais recente foi o Galaxy S7 Edge Edição Olímpica Rio 2016, que nada mais é do que o S7 Edge normal com o tema das Olimpíadas. Atletas o receberam de graça, e quem quiser comprar à parte paga R$ 4.490, valor que não chega a ser absurdamente maior do que a versão normal.

Continua após a publicidade

Em 2015, tivemos o Galaxy S6 Edge versão Iron Man, e em teoria ele deveria seguir a mesma proposta. Mas, como sua disponibilidade foi bem reduzida, ele chega a custar nada menos do que R$ 282.000 em certos lugares (como um modelo vendido na China). Tá aí uma forma barata (interessante) de fabricantes lucrarem mais sem gastar tanto, já que há um público maior. Quer dizer, pelo menos quando o preço ainda fica dentro da realidade.