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Confira os destaques do MWC 2016 – e se eles virão para o Brasil (parte 1)

Por| 29 de Fevereiro de 2016 às 15h35

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Confira os destaques do MWC 2016 – e se eles virão para o Brasil (parte 1)
Confira os destaques do MWC 2016 – e se eles virão para o Brasil (parte 1)

Com o fim do Mobile World Congress 2016, já conhecemos os principais produtos apresentados no evento. Portanto, chegou a hora de mostrar os principais lançamentos da feira. É uma tarefa mais difícil do que parece, já que é uma feira gigante, com centenas de estandes mostrando desde smartphones de última geração até novas versões de certos apps.

Para montarmos a nossa lista, focamos nos produtos que mais chamaram a atenção de uma forma geral, o que não quer dizer, necessariamente, que eles virão para o Brasil, caso do LG G5 e o Samsung Galaxy S7/ S7 Edge, modelos que cobrimos com detalhes em um artigo separado.

Pois bem, vamos ao que interessa.

Xiaomi Mi 5

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Ainda com uma presença pequena no mercado brasileiro, contando somente com o Redmi 2 e Redmi 2 Pro, a Xiaomi ganhou os holofortes com o Mi 5 por dois motivos. Em primeiro lugar, seguindo a linha da empresa de oferecer produtos de alta qualidade a preços acessíveis, por trazer o chip Snapdragon 820 – modelo mais potente da Qualcomm – por um valor extremamente acessível a partir de US$ 305 na versão de 32 GB de armazenamento interno. Basicamente, é um smartphone capaz de competir com o LG G5 e o Galaxy S7 (versão Qualcomm) em performance custando menos da metade do preço cobrado por eles, geralmente em torno de US$ 650.

Toda uma aura de Premium, não?

Não satisfeita com isso, a Xiaomi ainda anunciou que o Mi 5 estará disponível em uma versão com 128 GB e 4 GB de memória RAM, de quebra trazendo uma estrutura de cerâmica. Atualmente são poucos os fabricantes que se arriscam a vender modelos com tanto armazenamento interno e, quando o fazem, cobram uma pequena fortuna. Basta considerar que o iPhone 6s desbloqueado com 128 GB custa nada menos do que US$ 850 nos Estados Unidos, isso sem considerar os impostos, de forma que é interessante ver a Xiaomi tornar isso mais acessível para o mercado mundial.

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Considerando a qualidade de tela do Redmi 2, um dos modelos mais básicos da Xiaomi, já dá para deduzir a qualidade do Mi 5.

Em segundo lugar, a câmera traseira promete e muito, trazendo uma nova tecnologia de estabilização de imagem em 4 eixos (4-axis OIS) no seu sensor de 16 megapixels. Tudo o que é geralmente esperado de smartphones bem mais caros está presente no Mi 5: do vídeo em 4K e slow motion e flash em dois tons até o software otimizado para quem quer ter controle manual das fotos e sensor de f2.0. Essa evolução mostra como o mercado funciona de uma forma geral. Primeiro inova-se no segmento top de linha e em seguida torna-se a tecnologia acessível para um público maior, e a Xiaomi tem um papel imprescindível nesse processo.

Virá para o Brasil?

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Tudo indica que não. A Xiaomi anunciou que as vendas começam em março no mercado chinês, posteriormente sendo vendido no mercado indiano. Depois, Estados Unidos e Europa, mas ainda sem planos para chegar no Brasil.

Alcatel Idol 4

Sucessor do Alcatel Idol 3 que já testamos aqui no Canaltech, quando criticamos o fato de que ele não tinha especificações para justificar seu alto preço de lançamento, o Idol 4 recebeu em belo de um upgrade nas duas versões. Trabalhando com a mesma estratégia da Apple, com uma versão de 4,7 polegadas e outra de 5,5 polegadas, cada uma com uma resolução. Porém, cada uma das versões traz um chip diferente, e, independentemente da versão, não podem ser considerados "tops" de linha, já que são chips intermediários (Snapdragon 617 e Snapdragon 652, respectivamente).

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A linha Idol da Alcatel sempre teve um apelo maior, mas o posicionamento geralmente prejudica a linha.

Isso não é algo ruim, já que faz com que a Alcatel alcance um público muito maior se acertar no preço. Considerando a experiência que tivemos com o Idol 3, que de fato é um excelente aparelho (meio superfaturado, mas um excelente aparelho), estamos otimistas em relação ao sucesso do Idol 4. Mais do que as especificações, a Alcatel costuma oferecer um pacote completo, com excelente sistema de áudio, telas IPS de altíssima qualidade, câmeras competitivas para o segmento e construção acima da média.

Virá para o Brasil?

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As chances são boas, já que o Brasil sempre foi um mercado importante para a Alcatel, ainda que a empresa não invista tanto em marketing quanto os concorrentes. Pode demorar, já que trazer um produto para cá não é uma das tarefas mais fáceis para a maioria das empresas.

CAT S60

Basicamente, esqueça as características do S60 por um momento, já que esse não é o ponto mais interessante do aparelho. Seu principal trunfo é a sua câmera, que traz um sensor térmico, o que o faz ser interessante para públicos específicos. Como funciona? Lembram do filme “Predador”, onde ele encontrava pessoas detectando suas temperaturas corporais? É essencialmente isso, só que com um smartphone. Legal, não? Além disso, ele é praticamente indestrutível, ou seja: nada de correr atrás de um case de proteção, já que não há a menor necessidade de um.

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Junte isso com sua resistência a água, que o torna capaz de gravar vídeos submerso, e sua bateria de 3800 mAh faz do S60 é um smartphone ideal para tarefas críticas. Ou para super heróis. Ele não chega a ter o poder de fogo de um top de linha, mas este não é o seu foco, como suas outras características denunciam, trazendo um chip “ok” (Snapdragon 617) com 3 GB de memória RAM e Android 6.0 Marshmallow por um preço não tão absurdo de 649 Euros.

Virá para o Brasil?

Sem sermos muito taxativos, dizendo que ele nunca virá para o Brasil, acreditamos que ele possa ser encontrado sem muitas dificuldades por empresas via importadores, mas dificilmente haverá suporte por aqui.

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Huawei Matebook

Parece que a Microsoft realmente está impondo tendências, já que concorrentes para o Surface estão pipocando aqui e ali com cada vez mais frequência. É o caso do Matebook da Huawei, concorrente do Surface Pro – e não do Surface Book, que ainda não tem concorrentes diretos. De qualquer forma, é para lá de interessante, começando pela tela de 12 polegadas com resolução Quad-HD e capacidade de reproduzir até 85% do padrão sRGB de cores, além de utilizar 84% de sua superfície para a tela, conta com um dos maiores aproveitamentos em tablets e notebooks atuais.

Surface, é você?

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Sim, ele vem com uma Stylus, o que faz dele uma boa alternativa para designers.

O mais interessante é que a Huawei promete até 29 horas de reprodução de música, e folgadas 10 horas de uso em tarefas “normais”, mesmo trazendo um processador relativamente potente (sexta geração do Core M da Intel), 4 ou 8 GB de memória RAM e armazenamento que varia de 128 GB até 512 GB, dependendo da versão. Seu preço ainda não foi confirmado, mas provavelmente será mais barato do que o Surface 4 Pro, considerando o parão de preços praticados pela Huawei.

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Virá para o Brasil?

Dificilmente, já que a Huawei, assim como a Xiaomi, costuma trazer somente seus aparelhos mais básicos para o Brasil. Esse segmento de produtos, aliás, que transita entre tablet e notebook, ainda não deu as caras por aqui, já que os devices são relativamente caros mesmo em mercados abertos, o que dificulta a escala para outros países.

Fonte das fotos: Android Authority e Trusted Reviews