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Análise: LG G4 Stylus 4G (H630)

Por| 13 de Novembro de 2015 às 12h05

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BRUNO HYPOLITO / CANALTECH
BRUNO HYPOLITO / CANALTECH

É uma estratégia bastante comum no mercado de smartphones: uma empresa anuncia um modelo avançado (no caso, o G4) e em seguida produz variações mais simples dele, geralmente com um ou outro diferencial. Este é o caso do G4 Stylus, que, como o nome já diz, vem com uma caneta ao estilo Galaxy Note e chegou ao mercado em duas versões: 4G e HDTV, o que é, para nós, um dos seus principais problemas. Nas próximas linhas vamos entender os motivos, em especial no quesito “Extras”, ponto que detalhamos na conclusão.

Construção

Visto de longe, o G4 Stylus realmente parece um clone do G4, top de linha mais atual da LG, e até mesmo os materiais utilizados na construção são semelhantes. O que muda, basicamente, é o tamanho, já que a versão Stylus vem com uma tela maior (5,7 polegadas contra 5,5 polegadas do LG G4), o que impacta diretamente tanto nas dimensões do modelo como no peso (163 gramas contra 155 gramas do G4, o que faz dele mais leve do que o Zenfone 2, apesar de maior), ainda que o aproveitamento de tela seja ligeiramente superior (73,3% contra 72,5% do G4).

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Curiosamente, ele é mais fino do que o G4 (9,6 milímetros contra 9,8 milímetros na região mais grossa), mas é mais comprido (15,4 centímetros vs 14,9 centímetros) e largo (7,9 centímetros vs 7,6 centímetros). Considerando que ambos usam a mesma bateria, a decisão da LG de fazê-lo um pouco maior provavelmente se deve mais a reservar um espaço extra para a caneta Stylus do que algo aleatório, mas é claramente um aparelho que pode ser mais considerado um phablet do que propriamente um smartphone.

Tela

Um dos quesitos que mais sofre com a derivação é a qualidade da tela. Em primeiro lugar temos um ligeiro aumento de 0,2 polegadas combinado com uma resolução 4 vezes menor em relação ao LG G4, o que significa que o G4 Stylus tem uma densidade de pixels proporcionalmente baixa para a categoria: 258 PPPQ contra os 538 PPPQ do G4 original. Em outras palavras: não é preciso se esforçar muito para enxergar os pixels individualmente, algo que se tornou cada vez mais raro em aparelhos que custam mais de R$ 1.000.

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Bem que um aparelho desse tamanho merecia pelo menos o Full HD (1920 x 1080 pixels), ainda mais por não contar com o Quantum IPS, que a LG reservou somente para o G4. Não é uma tela ruim, já que continua sendo um LCD IPS com cores mais ou menos bem definidas e ângulos de visão dentro do esperado, mas o G4 Stylus claramente não pode competir com nenhum outro modelo com preço similar no quesito tela. Para completar, há o Gorilla Glass 3 como proteção contra riscos e arranhões.

Configuração

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Já dissemos algumas vezes aqui no Canaltech que o Snapdragon 410 da Qualcomm é um dos chips que fez mais sucesso, isso considerando todos os fabricantes, e é ele que equipa o G4 Stylus. São os mesmos 4 núcleos Cortex-A53 rodando a 1,2 GHz e GPU Adreno 306, com o diferencial (negativo) de trazer somente 1 GB de memória RAM, outro ponto que se tornou bastante raro entre os intermediários. O Moto G 2015 e o Zenfone 5 já trazem 2 GB e mesmo o Idol 3 da Alcatel e o Galaxy J5 da Samsung trazem pelo menos 1,5 GB.

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A experiência de uso é bastante conhecida pelo público, já que é um chip comumente utilizado em modelos com tela 720p. Como a interface gráfica da LG rodando por cima do Android 5.0 Lollipop é extremamente leve, a responsividade do G4 Stylus é semelhante à do Moto G 2014, já que o Moto G 2015 é ligeiramente overclockado e traz 2 GB de memória RAM. Ainda assim, está abaixo do que observamos no Zenfone 5 da ASUS, mesmo com quase um ano de diferença entre os dois modelos.

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A versão que recebemos para testes conta com 16 GB de memória interna, que acreditamos ser comum nas duas versões do G4 Stylus (H630 e H540), além do suporte para cartões microSD. Há uma versão internacional com 8 GB de memória interna, mas, felizmente, parece que ela não veio para o Brasil.

Câmera

A câmera traseira tem 13 megapixels, flash, foco laser, HDR e uma excelente qualidade para fotos em diversas condições de luz. É um pouco superior ao Moto G 2015 não pela qualidade do sensor em si, mas pelo foco laser, onde os dois empatam em qualidade de vídeo, restritos a 1080p. Fotos noturnas ficam um pouco artificiais em alguns momentos, mas é mais uma exceção do que regra.

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Já a câmera frontal de 5 megapixels se comportou muito bem na maioria das situações, ainda que faltem mais opções de controle no software. A qualidade é a mesma do Moto G 2015 e bem que a LG poderia oferecer um update para oferecer algumas opções a mais de suavização de pele, entre outros pontos, mas é uma câmera que dificilmente decepcionará o usuário. Os vídeos em 1080p também não deixam o usuário na mão em videoconferências.

Extras e bateria

Do conjunto de segmentações que a LG fez no G4 Stylus para posicioná-lo longe do G4, os extras são a parte mais agressiva. Como dissemos, há duas versões do G4 Stylus: a H630 com 4G (a que recebemos para testes) e chip quad-core; e a H540, que vem com HDTV e 3G, além de um chip de oito núcleos com clock maior:

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  • Suporte para dois chips, um 4G LTE e outro 2G (apenas para ligações), padrão micro-SIM;
  • Bluetooth 4.1 com A2DP;
  • GPS com A-GPS e GLONASS;
  • Wi-Fi de banda dupla nos padrões A, B, G e N com suporte a roteador e Wi-Fi Direct;
  • NFC;

O sistema de áudio do G4 Stylus é o mesmo do G4, com uma caixa de som traseira amplificada com até 1 W de potência, um dos melhores do mercado. A qualidade se mantém ao plugarmos fones de ouvido, com graves, médios e agudos bem definidos mesmo com o fone de ouvido incluso na embalagem.

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A bateria tem capacidade de 3.000 mAh (2.900 mAh típico) e conseguiu tranquilamente sobreviver a um dia inteiro de uso sem problemas. Afinal, a configuração é bastante econômica e a resolução de tela é proporcionalmente baixa, de forma que não há muito o que gastar de energia aqui.

Conclusão

Pois bem, as duas versões do G4 Stylus foram anunciadas com o preço sugerido de R$ 1.499, valor que caiu bastante em poucos meses, o que não chega a ser uma surpresa. Em primeiro lugar, é um valor alto pelos recursos oferecidos, já que há relações custo-benefício bem melhores por aí, já que a LG “capou” demais a versão Stylus tentando fazer o LG G4 parecer melhor do que realmente é.

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Em segundo lugar, não deveriam existir duas versões, já que elas obrigam o usuário a escolher qual recurso deve abrir mão, em especial o 4G, que é uma obrigação para aparelhos que custem mais de R$ 1.000. Se estivéssemos falando de uma versão 4G com suporte a HDTV a situação seria completamente diferente. E outra: a versão com 3G é mais potente? Por quê? Com um preço desses o usuário não mereceria pelo menos 2 GB de memória RAM?

Esse é o problema do G4 Stylus. Tem a caneta eletrônica, ponto que é interessante para quem não está disposto a gastar tanto em um Galaxy Note, mas a LG deveria ter unido o que há de melhor em um com os extras de outro. Da forma que ele foi lançado, parecem duas metades de um mesmo aparelho.

Vantagens

  • Caneta Stylus;
  • Autonomia de bateria;
  • Sistema de som;
  • Câmeras dentro do esperado.

Desvantagens

  • Não deveriam existir duas versões;
  • Tela de baixa resolução;
  • Preço alto;
  • 1 GB de memória RAM.