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Análise: LG G4, o melhor da LG até então

Por| 22 de Junho de 2015 às 18h26

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Análise: LG G4, o melhor da LG até então
Análise: LG G4, o melhor da LG até então

Hora de conhecer o que a LG tem de melhor no mercado de smartphones. Depois de algum tempo brincando com o G4, é difícil não gostar dele, já que, como veremos, é um aparelho com pouquíssimas falhas. Até agora, pelo menos, ele é, até a presente data, o único concorrente direto do Galaxy S6 e S6 Edge, já que não tivemos um novo Xperia Z por aqui.

Será que ele tem o que é necessário para competir com a Samsung em pé de igualdade?

Construção

O formato “barra ” foi, por um bom tempo, o design padrão de grande parte dos smartphones de pouco tempo atrás. Ele funcionava muito bem em modelos menores, mas passou a não corresponder mais às expectativas do usuário quando as telas começaram a ficar maiores, já que os smartphones começaram a ficar desajeitados, parecendo versões menores de tablets.

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Pois bem, a LG escolheu uma forma interessante de resolver isso. Ao posicionar os botões de controle na parte de trás, desde o LG G2, ela conseguiu fazer com que as bordas ficassem mais finas, o que, combinado com uma traseira curva, permitiu que modelos maiores, como G3 e o G4, encaixassem na mão com mais naturalidade, isso sem ter que comprometer a capacidade de bateria como muitos fabricantes fazem.

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No LG G4, que em construção pode ser considerado uma versão “Pro” ou “Advanced” do G3, esses detalhes ficaram ainda mais salientes, combinados com uma traseira levemente texturizada para dar mais firmeza ao segurar (na versão de plástico, já que há versões de couro). Não temos do que reclamar aqui, já que a LG mostra que sabe trabalhar com smartphones maiores.

Assim como o G3, este não é um modelo pequeno, e nem por isso chega a ser pesado, já que os seus 155 gramas fazem com que ele pareça mais leve do que realmente é, ainda que seja um pouco mais pesado do que o G3 (149 gramas). As bordas ficaram um pouco mais finas (6,3 mm), chegando até 9,8 mm no centro do aparelho, dando uma boa ideia da curvatura da parte traseira.

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Um ponto que temos que criticar, porém, é que a LG abandonou o detalhe de cerâmica na parte da frente. Ainda que seja um detalhe estético subjetivo, ele dava um toque de “classe” ao G3 e está ausente no G4, que oferece uma construção mais sóbria.

Tela

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A tela manteve o mesmo tamanho de 5,5 polegadas e mesma resolução Quad-HD de 2560x1440, o que significa que a densidade de pixels de 538 pontos por polegada quadrada. Escrevendo assim, parece que estamos falando da mesma tela, correto? A LG mudou do LCD True-HD IPS+ (um nome e tanto) para o Quantum IPS, e essa mudança já dá uma boa ideia de que estamos falando de uma tela completamente diferente.

O que aconteceu, em termos práticos, é que a LG resolveu o problema do LG G3, que trazia cores meio “lavadas”, sem o brilho digno de um top de linha. O Quantum IPS mostra que a tecnologia LCD ainda tem vida longa, trazendo cores devidamente saturadas (não excessivamente saturadas, como acontece com as telas Super AMOLED ou OLED) para entregar imagens muito mais realistas.

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Temos um contraste superior, não havendo mais o problema de aberração cromática do G3, níveis de preto mais profundos, dentro dos limites do que o LCD pode oferecer, já que não é possível desligar os pixels individualmente, como acontece com o Super AMOLED, e cores dignas de uma televisão de alta qualidade. Dizemos isso pois um excesso de saturação de cores não significa um nível de fidelidade de cores melhor, sendo o que muitos usuários buscam, no final das contas.

Falamos das qualidades. Então... hora das críticas! Há dois pontos que nos incomodaram bastante, sendo que o brilho máximo é inferior ao dos topos de linha correntes. Em ambientes muito iluminados, em especial em dias ensolarados, o brilho não é capaz de compensar a iluminação ambiente, mesmo quando o colocamos ao máximo manualmente.

Em segundo lugar, não entendemos a decisão da LG de usar o Gorilla Glass 3 ao invés do 4. A tela do G4 é levemente côncava, de forma que qualquer tipo de proteção extra seria benéfico, já que isso faz mais sentido no LG G3 (que também tem Gorilla Glass 3, mas tela plana) do que no G4.

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Configuração

A Qualcomm praticamente dominou os topos de linha de 2014, sendo quase onipresente em todos os modelos, com algumas poucas exceções, como o Ascend P7 e uma versão do Galaxy Note 4. Bom, 2015 começou mal para a linha Snapdragon da empresa, em especial pelos problemas de superaquecimento do Snapdragon 810, o que fez com que a Samsung utilizasse somente processadores próprios no Galaxy S6 e S6 Edge.

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Isso fez com que a LG optasse pelo Snapdragon 808 no G4, modelo menos poderoso que, em teoria, não sofre de superaquecimento como o Snapdragon 810. São 6 núcleos em vez de 8: 4 de economia de energia baseados no Cortex-A53 rodando a 1,44 GHz e outros 2 de alto desempenho baseados no Cortex-A57 rodando a 1,82 GHz, mas trazendo os mesmos 3 GB de memória RAM LPDDR3 presentes no Snapgradon 810, Exynos 7420 e até mesmo o Snapdragon 805.

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O que isso significa? Na prática, que o G4 está longe de ser considerado um smartphone lento, mas não é capaz de competir em performance com o Galaxy S6 em termos absolutos. Dizemos isso em especial por conta da GPU, a Adreno 418, que apanha da Adreno 420 presente no Moto Maxx e passa longe da Mali-T760 octa-core do Galaxy S6. Ainda assim, é difícil encontrar um app que não rode bem aqui, com exceção de alguns jogos mais pesados, que sofrem downsampling (Real Racing 3, por exemplo).

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Um ponto de que gostamos aqui foi que a LG deu uma bela de uma polida na LG UX, agora na versão 4.0, resultando em um sistema que nos pareceu mais leve do que até mesmo o Android puro. Por falar em Android, a LG mostrou um compromisso com o usuário que voltou a se tornar raro, já que o G4 vem de fábrica com a versão 5.1 Lollipop, o que nos faz acreditar que ele será um dos primeiros a ser atualizado para o Android M, quando estiver disponível.

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Outro ponto é que a LG não caiu no conto do ˜cartão microSD oferece uma experiência ruim. Bom mesmo é ser fino˜, como o Galaxy S6. Há suporte para até 128 GB de expansão, além de trazer 32 GB de memória interna. O padrão aqui é o eMMC 5.0 e não o UFS 2.0 do S6, mas, ainda que em benchmarks isso seja perceptível, em termos reais não notamos falta de desempenho no dia a dia.

Para fechar este item, vale mencionar o suporte a dois apps simultâneos, tirando proveito das 5,5 polegadas de tela. A princípio, ficamos preocupados com uma possível falta de potência do Snapdragon 808 em lidar com dois apps mais pesados, exibir um vídeo no YouTube e renderizar um mapa no Google Maps simultaneamente, mas não sentimos engasgos durante o uso.

Câmera

Se alguém nos perguntasse qual é quesito que mais gostamos do G4, com certeza responderíamos: "Câmera!" — sem a menor margem de dúvidas. Começando pela traseira, agora são 16 megapixels capazes de tirar fotos excelente em qualquer condição, mesmo de noite, quando até mesmo os smartphones mais avançados costumam apanhar. Nossa única crítica aqui é que, no modo automático, o software de pós-processamento bem que poderia ser melhor, já que ele tenta “adivinhar” o que não conseguiu captar algumas vezes, e falha miseravelmente.

Ainda que raro, incomoda, mas não a ponto de abafar a quantidade de recursos presente aqui. O que mais gostamos é que o sensor de estabilização óptica de imagem agora conta com 3 eixos, contra 2 do LG G3. Ou seja: fotos tremidas aqui são praticamente impossíveis, tanto por isso quanto pelo foco laser, que foca antes mesmo de você decidir se quer tirar uma foto ou não.

A menção honrosa aqui vai para o software de câmera, mais avançado até do que o presente no Galaxy S6, o que por si só já é uma qualidade e tanto. É possível ter vários controles manuais, tanto de exposição até de temperatura de cor (primeira vez que vemos isso em um smartphone), consertando uma das nossas principais críticas ao LG G3, além de ferramentas de selfie excelentes para a câmera frontal.

No caso, temos uma câmera de 8 megapixels com qualidade semelhante à do Ascend P7 da Huawei, com resultados um pouco melhores devido ao software. Por exemplo, há o “Nível de beleza”, que suaviza defeitos de pele, e luz de fundo ao habilitarmos o flash, que usa parte da tela para iluminar o rosto em ambientes escuros. Temos que reconhecer: a LG mandou muito bem aqui.

E claro, temos os típicos formatos de vídeo de um topo de linha, do 4K (2160p x30fps) até o slow-motion (720p x120fps), com uma melhora perceptível de qualidade em relação ao LG G3 devido ao sensor melhorado. A câmera frontal grava vídeos de no máximo 1080p x30fps, sendo mais do que o suficiente para quem pretende realizar video conferencias.

Extras e som

O G4 é um top de linha recente, então a LG instalou tudo o que há de mais moderno em relação aos extras:

  • 4G LTE com chip micro SIM, compatível com todos as frequências nacionais;
  • Microfone para cancelamento de ruído;
  • Wi-Fi dual-band nos padrões A, B, G, N e AC com Wifi Direct e roteador;
  • Bluetooth 4.1 LE com A2DP, e suporte a Apt-X;
  • GPS com A-GPS e GLONASS, sem BeiDou;
  • NFC;
  • DLNA;
  • Rádio FM com RDS;
  • USB Host e SlimPort 4K (capacidade de transmitir sinal 4K em aparelhos compatíveis com MHL);

Temos também suporte a carregamento rápido via update de software (QucikCharge 2), sendo um recurso da Qualcomm para os chipsets Snapdragon mais recentes, além de compatibilidade com carregadores sem fio (não inclusos na embalagem) no padrão Qi. Dos extras realmente extras, ou extras ao quadrado, esperaríamos uma proteção contra água e poeira e suporte de fábrica a carregamento sem fios, mas isso não faz esse conjunto ser menos completo.

Assim como o LG G3, o G4 tem uma poderosa caixa de som traseira, capaz de fornecer uma qualidade e volume máximo no mínimo surpreendente para um smartphone. Aliás, por falar em som, vale outra menção honrosa aos fones inclusos na embalagem, que não farão você correr atrás de um fone de ouvido extra, como acontece com muitos smartphones.

Bateria

Até agora vimos poucos fabricantes preocupados em oferecer uma autonomia de bateria próxima de 2 dias, sendo que o Moto Maxx, da Motorola, e o Xperia Z3, da Sony, estão entre os poucos que chegaram ao Brasil. Qualquer melhoria nesse sentido, seja via software ou instalando uma bateria maior, sempre deixa os usuários contentes, já que já passamos da época do “smartphone que dura um dia fora da tomada” (em alguns casos, nem isso).

A LG manteve no G4 exatamente a mesma bateria do LG G3, que, por sua vez, tem a mesma capacidade do LG G2. São 3000 mAh há duas gerações, e ainda que o modelo brasileiro, por motivos de homologação, possa aparentar trazer menos capacidade, trata-se da mesma bateria. E a autonomia? Exatamente a mesma das mesmas gerações: um dia de uso moderado.

É uma combinação de componentes que consomem menos energia e otimizações de software, mas, bom, isso não muda o fato de que o usuário continua não ganhando em autonomia ao fazer o upgrade. Não entendemos o motivo, já que há espaço para uma bateria maior, e já que não é um aparelho exatamente fino. Por que não usar uma bateria maior, aproveitando a curvatura da parte traseira?

Conclusão

O LG G4 foi anunciado com o preço oficial de R$ 2.999 aqui no Brasil, R$ 300 a menos do que o Galaxy S6, mas R$ 700 mais caro do que o LG G3 quando lançado. Vale a pena? Considerando somente os recursos, podemos dizer que é uma das melhores opções que o usuário pode encontrar no momento, mas estaríamos mentindo se disséssemos que ele tem uma boa relação custo-benefício.

Esse não chega a ser um problema do G4, mas dos topos de linha em geral, nicho em que os fabricantes conseguem uma margem de lucro maior. Obviamente ele não tem o custo-benefício presente no Zenfone 5 e Moto G, mas e se o compararmos com outros topos de linha? Bom, para nós ele mostra ser um aparelho melhor do que o Galaxy S6 se considerarmos a câmera, autonomia de bateria, suporte a cartão microSD e custo-benefício em geral.

Porém, perde em poder de processamento e detalhes de construção. O segundo é bem subjetivo, mas o primeiro pode se tornar um problema para quem pretende comprar um aparelho caro para ficar com ele vários anos, já que a diferença de performance de ambos é perceptível. Há rumores de que a LG começará a usar chips próprios em médio prazo, o que seria excelente, já que a LG ficou meio que refém da Qualcomm no G4, enquanto a Samsung aproveitou o know-how que tinha de processadores para deixar a linha Snapdragon de lado.

E é isso: um dos principais problemas do G4 nada tem a ver com a LG. Não podemos deixar de mencionar a nossa frustração ao ver exatamente a mesma capacidade de bateria pela terceira geração seguida, já que 3000 mAh é pouco, se pararmos para pensar que estamos falando de um modelo topo de linha de 5,5 polegadas. Mas, pelo menos, o G4 consegue ficar um dia inteiro fora da tomada sem precisar de um modo de emergência.

Vantagens

  • Tela de altíssima qualidade;
  • 32 GB de memória interna com suporte para cartão microSD (cada vez mais raro entre os tops de linha, infelizmente);
  • Uma das melhores câmeras do mercado atualmente, tanto frontal quanto traseira;
  • Android mais recente com uma interface própria leve e otimizada;
  • Conjunto completo de extras;
  • Opção de tampa traseira em couro.

Desvantagens

  • Chipset abaixo do esperado;
  • Exatamente a mesma bateria do G2 e G3;
  • Preço alto.