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Optimus G Pro: o phablet da LG inspirado no Nexus 4

Por| 05 de Novembro de 2013 às 16h35

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BRUNO HYPOLITO / CANALTECH
BRUNO HYPOLITO / CANALTECH

A LG não começou tão bem no mercado de smartphones como a Samsung, ganhando visibilidade de forma lenta, porém constante. Hoje é uma das principais empresas quando se pensa em Android, isso tanto no Brasil quanto no mundo. A estratégia é basicamente a mesma da Samsung, com modelos extremamente simples como o Optimus L3 II, voltados para o usuário básico, e chegando até o Optimus G Pro que vamos conhecer em detalhes, com um modelo em cada faixa de preço que o usuário esteja disposto a pagar.

Até o lançamento do Optimus G2, o G Pro era basicamente o melhor que a LG tinha a oferecer. Uma responsabilidade e tanto, hein? Além do mais potente até então, o G Pro concorre diretamente com a série Galaxy Note em tamanho (pois não possui uma S-Pen ou semelhante), já que 5,5 polegadas não é algo que possa ser chamado de pequeno. Considerando a data de lançamento oficial, podemos dizer que ele é um concorrente direto do Galaxy Note II, sendo lançado um pouco depois – então vamos usar ele como base.

Design

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Tudo bem que falar que um aparelho é bonito ou não é algo bastante pessoal, mas é difícil não gostar do G Pro. Com bordas em metal, antecipando o estilo que foi utilizado no Galaxy S4, o resultado não é só agradável como também fornece uma resistência maior a possíveis quedas e pancadas. A traseira possui o mesmo desenho do Nexus 4, que também é fabricado pela LG, com quadrados que variam individualmente com a incidência de luz e não fica tão marcado com a oleosidade das mãos.

Ele é um pouco pesado – quer dizer, pelos padrões atuais – com seus 172 gramas, mas isso é esperado de um modelo com tela de 5,5 polegadas. A resolução Full HD (1920x1080) ficou muito bem ajustada a esse tamanho de tela, com uma agradável densidade de pixels de 401 pontos por polegada. Mesmo que a tela não seja de LED, e sim de LCD, as cores são mais fiéis do que as de uma tela Super AMOLED, não estando saturadas demais e com uma resposta melhor sob a luz do sol.

O aproveitamento de tela também é outro ponto que nos agradou. Por ser maior do que consideramos normal para um smartphone, diminuir as bordas é essencial, e o resultado é 76 milímetros de espessura por 15 centímetros de altura. Ele não chega a ser grosso, com 9,4 milímetros de espessura, fornecendo uma pegada firme e agradável, embora invariavelmente você precise manipulá-lo com ambas as mãos, considerando o seu tamanho (a não ser que você seja o Hulk, claro).

Especificações

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Praticamente qualquer smartphone top de linha traz a última geração de processadores da Qualcomm, e com o G Pro não é diferente. Com um Snapdragon Krait 600 e seus quatro núcleos rodando a 1,7 GHz, 2 GB de memória RAM e GPU Adreno 320, é difícil encontar um app ou game que não rode nessa configuração. É basicamente a mesma configuração do HTC One, com o mesmo clock e mesma resolução de tela, de forma que o usuário pode esperar a mesma velocidade na maioria das situações.

Temos uma confissão a fazer. Falar do processador dos smartphones top de linha está ficando meio repetitivo. Em geral é um Snapdragon 800 ou mesmo o Snapdragon 600 da Qualcomm ou Tegra 4 da Nvidia, e todos eles possuem potência de sobra para rodar o Android, games hardcore de última geração (o Dead Trigger rodou sem problemas, por exemplo) em resoluções altíssimas como o Full HD e são capazes de lidar virtualmente com qualquer tarefa que o usuário vá realizar. O Optimus G Pro não é diferente, com sua potência de sobra digna de um modelo com o Snapdragon 600.

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O Android 4.1 Jelly Bean era mais ou menos atual quando o G Pro foi lançado, coberto por um bom conjunto de softwares da LG (em especial o QuickMemo, bastante útil em algumas situações), conhecido como Optimus UI. A interface possui até um toque de elegância, ainda longe do esplendor do Android puro, mas pelo menos não sendo tão ridiculamente pesada como a TouchWiz da Samsung. O multitarefa não fica tão prejudicado com a Optimus UI, e algumas animações são até bem vindas, explorando todo o potencial da GPU Adreno 320.

Câmera

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No quesito câmera, não temos muitos críticas. A traseira de 13 megapixels possui uma excelente qualidade e boa recepção de luz. Ainda está longe de ter a qualidade de um Lumia 1020 ou mesmo de um Lumia 925, mas ainda assim é mais do que suficiente para tirar fotos de excelente qualidade. Os vídeos em Full HD (alias, como é bom vê-los na tela do G Pro na mesma resolução em que foram produzidos!) estão longe de deixar o usuário na mão, contando com uma boa estabilização óptica de imagem, e embora esta seja um pouco melhor do que a câmera do S4, apresenta algumas granulações em vídeos noturnos.

A câmera frontal de 2,1 megapixels também mandou bem em fotos e vídeos, sendo capaz de gravar vídeos em Full HD, sendo ótima no Skype. Como praticamente qualquer modelo top de linha, o G Pro conta com 16 GB de memória interna, o que faz com que um cartão microSD externo (há suporte para até 64 GB) seja uma necesidade caso você decida utilizá-lo frequentemente para gravar vídeos ou tirar fotos, ou mesmo armazenar algumas músicas.

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Bateria e fones de ouvido

A vantagem de se ter um phablet é a certeza de que bateria será um problema a menos. Como em geral acontece, eles possuem baterias bastante generosas, e os 3040 mAh do G Pro são maiores do que os de muitos tablets de 7 polegadas. Em nossos testes, ele sobreviveu por até 2 dias de uso leve, diminuindo para 1 dia e meio de uso pesado, incluindo jogos hardcore, Google Maps com 3G e vários aplicativos de produtividade, sendo um bom resultado para os padrões atuais.

Normalmente não falamos de fones de ouvido aqui no Canaltech, mas o que vem com a embalagem do G Pro merece um destaque especial. A qualidade é próxima à de um fone intra auricular Beats Audio nos graves, com resultados até satisfatórios nos médios e agudos. Para quem é mais ligado em áudio, o fone de ouvido que vem com o smartphone, mesmo top de linha, serve apenas como um backup para o fone principal, mas neste caso o "backup" não é tão ruim assim.

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Extras

Item rápido para informar que o G Pro tem todos os extras de um top de linha deveria ter, como 4G, NFC (que, com a graça dos deuses da tecnologia, um dia vai se tornar algo útil), GPS com A-GPS e GLONASS, MHL e assim por diante. A boa surpresa é que ele vem com rádio FM (com RDS), uma boa notícia para os brasileiros, funcionando somente com os fones de ouvidos conectados.

Conclusão

O LG Optimus G Pro pode ser encontrado em uma média de preços de R$ 1.800, sendo um valor até razoável por suas especificações. Raros são os phablets com boas especificações por menos de R$ 2.000, já que muitos fabricantes gostam de superfaturar seus modelos com telas maiores do que 5 polegadas; então para quem procura um smartphone maior com boas configurações, tela de qualidade e de um fabricante conhecido, o G Pro se sobressai como uma das poucas opções disponíveis.

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Não vamos mentir: um smartphone com uma tela de 5,5 polegadas não é para para qualquer um. Em algumas situações, telas maiores são uma mão na roda, eliminando a necessidade de um tablet em muitas situções... Porém, o modelo se torna um desafio e até um problema quando consideramos a sua portabilidade, já que guardá-lo no bolso causa um certo desconforto ao andar. Antes de optar pode um phablet, é melhor ir em uma loja e experimentá-lo antes de enfrentar esse desafio.

Vantagens

  • Configuração poderosa mesmo meses após o seu lançamento oficial;
  • Tela de ótima qualidade e com uma excelente precisão de cores;
  • Boa autonomia de bateria;
  • Fones de ouvido bem acima da média, mesmo entre os lançamentos atuais de smartphones top de linha.

Desvantagens

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  • Um pouco pesado, considerando a média de peso dos modelos atuais;
  • Chegou um pouco atrasado no Brasil, o que diminui um pouco o interesse por ele;
  • A Optimus UI melhorou com o tempo, com animações bonitas e limpas. Porém, a interface em geral precisa de um polimento mais refinado.