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Hands-on do Moto E: a Motorola assumindo o controle do segmento de entrada

Por| 13 de Maio de 2014 às 17h39

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Pedro Cipoli
Pedro Cipoli
Moto E Dual TV

Logo ao final do evento oficial de lançamento do Motorola Moto E a empresa liberou um exemplar para nós brincarmos um pouco com ele. O evento também contou com o lançamento da versão 4G LTE do Moto G, que agora também suporta cartões micro SD, fazendo dele um dos modelos mais completos disponíveis no mercado na faixa dos R$ 800. Dessa forma, o Moto X ficou com o segmento intermediário-avançado. Para a Motorola marcar presença total só falta um modelo top de linha – rumores dizem que ele será o Moto X1, já que o segmento de entrada ficou para o Moto E.

Em meio a uma série de "cutucadas" na Samsung, o Moto E foi comparado aos modelos mais básicos da sul-coreana, que atualmente conta com dezenas de aparelhos no segmento de entrada. A verdade é que praticamente todos eles são idênticos, e quando não, são modelos "requentados". Analisando somente as especificações, o Moto E realmente se posiciona muito bem, trazendo um processador Snapdragon 200 dual-core de 1,2 GHz e 1 GB de memória RAM, e como dissemos em nossa nota de lançamento, essa é uma configuração até mesmo mais sofisticada do que a do Galaxy S2, que quando foi lançado era o modelo mais rápido do mundo.

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Uma das cutucadas foi em relação à TouchWiz, interface proprietária da Samsung na linha Galaxy que pesa consideravelmente sobre a configuração dos modelos, enquando o Moto E traz uma cara limpa "Nexus-like". Passamos um tempo brincando com o aparelho e podemos dizer que ele realmente não traz nenhum atraso ou lentidão, fazendo um bom uso dos recursos existentes. A tela é LCD IPS e tem a resolução de 540x960 em 4,3 polegadas, o que resulta em uma agradável densidade de pixels de 256 pontos por polegada. Ainda que não agrade usuários mais avançados, temos que lembrar que estamos falando de um modelo de cerca de 500 reais que traz uma densidade de pixels pouca coisa menor que a do iPad Air (264 ppp).

Os níveis de preto são excelentes, com uma qualidade de cores até muito boa para um modelo básico, contando inclusive com Gorilla Glass 3 e proteção oleofóbica. A construção é basicamente a mesma do Moto G (que por sua vez é semelhante à do Moto X), com a parte traseira arredondada para melhorar a pegada. Por ter uma tela menor do que os modelos atuais, conseguimos mexer nele com apenas uma das mãos, algo que é ajudado pelo corpo com dimensões reduzidas e um bom aproveitamento de tela.

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O Android de fábrica é o 4.4.2 Kit Kat, uma excelente notícia, o que levou a Motorola a dar outra cutucada na Samsung, já que todos os seus modelos, mesmo o mais básico apresentado hoje, vem com a última versão do Android - – a Samsung declarou publicamente que não irá atualizar o Galaxy S3 "pois o aparelho não tem especificações que suportem o Kit Kat". Aliás, a Motorola garantiu que o Moto E receberá pelo menos uma atualização para a próxima versão do Android (e não deixem de cobrar!), o que garante o uso do Moto E por aproximadamente 2 anos com a última versão do sistema operacional.

Um ponto que nos chamou atenção foi que o Moto E traz uma película protetora, daquelas que são coladas no aparelho para não estragar durante o transporte, escrito "Motorola: a Google Company". Isso nos leva a crer que o projeto do Moto E já era tocado pela empresa quando esta ainda pertencia à gigante de buscas, já que atualmente ela pertence à Lenovo, que provavelmente tocará o projeto do Moto X+1. Como ele foi desenvolvido para mercados emergentes, traz recursos que com certeza irão agradar o público brasileiro, como suporte a dois chips simultâneos, rádio FM e televisão digital (somente na versão mais cara, a que vem com as tampas coloridas).

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Também brincamos um pouco com a câmera de 5 megapixels e percebemos que ela é exatamente a mesma do Moto G. Pelo menos é isso que nos pareceu, já que tanto a qualidade das imagens como o suporte de recursos (HDR, modo sequência) é o mesmo. O GPS encontrou a nossa localização com altíssima velocidade, e esse é o primeiro aparelho que testamos que suporta, além dos tradicionais A-GPS e GLONASS, o BeiDou (somente uma letra para virar uma piada, eu sei), serviço de localização chinês. Interessante, não?

É difícil não gostar do Moto E, já que é o primeiro modelo básico que vemos que não tem defeitos toscos ou um desempenho de rádio relógio. Com alguma sorte outros fabricantes seguirão a mesma linha e começarão a desenvolver modelos baratos e capazes. Talvez "decente" seja uma expressão mais correta. Nos próximos dias publicaremos o review completo do Moto E com cada detalhe, e estamos bastante animados em relação aos resultados. Fique ligado!