Comparativo: Samsung Galaxy S4 vs iPhone 5
Por Luciana Zaramela | 17 de Março de 2013 às 13h40
Será que o Galaxy S4 pode vir a ser uma grande ameaça ao então líder de mercado iPhone 5, da Apple? E os demais smartphones, que estão no topo da linha de marcas concorrentes, como ficam nessa história? A corrida continua, e que vença o melhor, mais original e mais criativo.
Esta semana, a Samsung anunciou o lançamento de um smartphone "perigoso", do ponto de vista corporativo. Embora o Galaxy S4 mais se pareça um irmão crescido do Galaxy S III, ele traz novidades que não estão presentes no smartphone da Apple. Além de ser mais fino e leve do que seu irmão mais velho, possui uma tela de 5 polegadas, maior que a do iPhone 5, com display Super AMOLED de 441 ppi. Outra característica é o suporte à rede LTE mundial, independente de frequência de operação. O iPhone 5 ainda precisa se adaptar a algumas regiões, tratando-se de conexão 4G. E por falar em região, o dispositivo sul-coreano poderá vir com duas versões diferentes de processadores: o esperado Exynos 5 Octa, de 1.6 GHz, ou o quad-core Snapdragon, de 1.9 GHz. Ambos conferem maior velocidade ao aparelho, em comparação ao antecessor.
Samsung Galaxy S4 (Reprodução: Mashable)
A câmera é um caso à parte: são 13 megapixels, contra 8 do iPhone. Isso sem contar a capacidade de tirar mais de 100 fotos em apenas 4 segundos. Para uns, uma vantagem. Para outros, nem tanto, já que usar 13 megapixels em uma fotografia é considerado um exagero.
Leia também: Galaxy S4 e iPhone 5: mais evolução que revolução. Afinal, o que o mercado quer?
Tratando-se de hardware, os novos produtos tendem a seguir a cadeia evolutiva. Processadores mais rápidos, maior armazenamento, mais memória RAM, displays convidativos, câmeras e microfones de última geração… até quando ocorrerá essa disputa? Haverá um limite? Comparativamente, a linha Galaxy sempre esteve um passo à frente dos iPhones em questão de hardware.
A tabela abaixo ilustra melhor o cenário atual de smartphones ao comparar os dois principais concorrentes:
Comparação entre os smartphones topo de linha da Samsung e da Apple
A estratégia da empresa sul-coreana é, agora, competir no páreo das inovações em software, com novos recursos patenteados para provocar a Apple. Um tradutor instantâneo com suporte ao idioma português brasileiro (S Voice Drive), a possibilidade de usar as duas câmeras, frontal e traseira, ao mesmo tempo (Dual View), um recurso detector de movimentos, que faz pausar o vídeo quando o usuário desviar o olhar da tela e o disparo "nervoso" de fotos em estilo time-lapse (Drama Shot) são características agregadoras de valor que não estão presentes no concorrente.
O que estará planejando a Maçã? Será que as cutucadas da Samsung farão surtir algum efeito na gestão de projetos ou na gerência de produtos da Apple? Teria a empresa alguma boa carta na manga para lançar em meados deste ano e causar uma reviravolta no mercado de smartphones? Diante dos fatos e das conjecturas atuais de mercado, é pouco provável que a Apple consiga surpreender o público e a concorrência com um smartphone cheio de recursos inesperados, inéditos.
iPhone 5 (Reprodução: InterCity)
A guerra de patentes entre a sul-coreana e a norte-americana parece ter despertado na primeira uma gana insaciável em busca de novas tecnologias, disponíveis agora no S4. Mas, salvo o tradutor instantâneo, as demais funcionalidades de software não são tão preocupantes assim. Em termos de usabilidade, elas não chegam a representar uma ameaça.
Ainda assim, podemos esperar uma resposta em forma de smartphone dentro dos próximos meses. A Apple vem perdendo o posto de empresa 'cool', principalmente após a morte de Steve Jobs, o líder vanguardista e visionário da empresa. Mas a equipe inventiva continua trabalhando, e ver a principal rival ganhando os holofotes do mundo deve servir de injeção de ânimo para que a Maçã crie algo funcionalmente diferente, com maior valor agregado.
O que esperar do iPhone 5s? Uma versão melhorada do iPhone 5, com recursos elegantes, design sofisticado, mais leve e mais fina? Ou um aparelho inesperado, com elementos-surpresa, recursos holográficos e tecnologia de campo refinada? Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.