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'Flash' termina segunda temporada de maneira audaciosa

Por| 25 de Maio de 2016 às 20h35

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'Flash' termina segunda temporada de maneira audaciosa
'Flash' termina segunda temporada de maneira audaciosa

Flash fez bastante sucesso com sua primeira temporada ao conseguir criar uma narrativa bastante precisa com a linguagem televisiva sem perder o aspecto das histórias em quadrinhos. Alguns episódios eram um reflexo evidente do que se encontra nas publicações da DC Comics. Ter acertado tanto no primeiro ano traria ainda mais dificuldade para que os produtores repetissem os pontos positivos sem criar uma trama que ficasse muito confusa ao público novo.

Continuando imediatamente de onde parou a primeira temporada, o segundo ano conseguiu seguir repleto de viagens no tempo e outras realidades, principalmente ao incluir a Terra-2 efetivamente na trama. Greg Berlanti, Andrew Kreisberg e Geoff Johns conseguiram manter a qualidade da série, mesmo que 23 episódios sejam muito mais do que o necessário para o arco principal. Entretanto, esta quantia permite ideias absurdas, como o personagem Tubarão-Rei fazendo pequenas aparições.

Aproveitar a Terra-2 para explorar perspectivas diferentes dos personagens com seus doppelgangers deu novas possibilidades à trama, principalmente aos atores do elenco que já tinham um ciclo praticamente fechado no ano um da série, como o Dr. Harrison Wells (Tom Cavanagh). Essa premissa aproveita que o manto do Flash já foi usado por várias pessoas diferentes nos quadrinhos, assim incluindo Jay Garrick (Teddy Sears) à história.

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SPOILER ALERT: Daqui em diante há spoilers dos últimos episódios da segunda temporada de The Flash.

Apesar da produção repetir o conceito de mentor que trai o herói, Zoom (Teddy Sears) difere bastante do Flash Reverso (Tom Cavanagh) da primeira temporada. Enquanto o velocista amarelo tinha um grande objetivo em mente desde que seus planos saíram de controle, o vilão do ano dois torna-se mais sinistro a cada episódio, principalmente quando ressalta a Barry Allen (Grant Gustin) que eles são iguais, o que traz atitudes muito mais impactantes, como o assassinato de Henry Allen (John Wesley Shipp) no penúltimo episódio.

Os três episódios finais da temporada possuem um elo muito mais conciso do arco da temporada. O vigésimo primeiro apresenta o conceito da Speed Force com inteligência e simplicidade em uma viagem conceitual, que lembra bastante Neo e Oráculo conversando em Matrix Reloaded, para não tornar um elemento tão importante em algo incompreensível. Mas é realmente nos dois últimos que o tom épico é atingido.

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O confronto de Zoom e Flash é inevitável, mesmo que existam formas científicas para tentar impedir o vilão. Entretanto, é preciso que exista um peso ainda maior para o clímax, o que causa a morte de Henry Allen. Este momento é até mais importante do que a vitória do herói ao usar um truque do vilão, afinal as consequências são evidentes.

A morte de Henry Allen é o limite para Barry, que não consegue suportar a ideia de que teve seus pais mortos por dois vilões. Ele se torna mais impulsivo, vingativo e solitário, mesmo que seu romance com Iris (Candy Patton) tenha saído do ponto zero. O desequilíbrio leva o herói a um momento marcante da primeira temporada: quando Flash volta ao tempo e pede para outro Flash não impedir que sua mãe seja assassinada pelo Flash Reverso. Só que dessa vez ele é o velocista que viajou no tempo para salvar Nora Allen (Michelle Harrison) e o faz, assim criando uma nova linha do tempo totalmente diferente do que já foi visto nos dois primeiros anos da série.

Esta ideia de mudar drasticamente a linha do tempo deve ser o plot principal do ano 3 da série. Toda a vida de Barry Allen será diferente, afinal sem o assassinato de sua mãe não há a prisão de seu pai e muito menos sua vida ao lado de Joe West (Jesse L. Martin), mudando totalmente a dinâmica que conhecemos do personagem. Isto também deve afetar Caitlin Snow (Daniele Panabaker) e Cisco (Carlos Valdes). Assim como houve com Zoom, a Speed Force pode punir Barry por causa da criação dessa nova linha do tempo. Os produtores precisarão criar uma trama envolvente que não soe uma repetição do que já foi criado, manter a qualidade e não tornar a história (mais) confusa a quem quiser acompanhar os episódios a partir da terceira temporada.