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Politicamente correto: Amazon taxa episódios de “Tom e Jerry” como racistas

Por| 03 de Outubro de 2014 às 10h20

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Politicamente correto: Amazon taxa episódios de “Tom e Jerry” como racistas
Politicamente correto: Amazon taxa episódios de “Tom e Jerry” como racistas
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Uma classificação bastante curiosa apareceu nas listagens internacionais do desenho animado “Tom e Jerry”, disponível no serviço Amazon Prime Instant Video. Desde o início desta semana, a plataforma incluiu um aviso sobre conteúdo racista em uma coletânea de capítulos do show, criado há mais de 70 anos pela dupla William Hanna e Joseph Barbera.

De acordo com a classificação indicativa, alguns curtas disponíveis no serviço podem apresentar “ofensas étnicas e raciais que eram lugar-comum na sociedade americana”. Além disso, um comunicado afirma que tais piadas são moralmente erradas e em nenhum momento representam a opinião da distribuidora Warner Bros. ou qualquer um de seus associados, incluindo o próprio serviço da Amazon.

Apesar da indicação, porém, as empresas afirmaram não ter a menor intenção de censurar os capítulos ou retirá-los do ar. Fazer isso, como afirmaram para reportagem do Huffington Post, seria uma manobra “revisionista”, que poderia soar como uma tentativa de fazer parecer que tais questões nunca existiram. Pelo contrário, a ideia é apresentar o material exatamente como ele foi produzido originalmente, incluindo a maneira como ele refletia a sociedade da época.

A mesma questão foi assunto em agosto de 2013, quando coletâneas de episódios de “Tom e Jerry” chegaram às lojas dos Estados Unidos com avisos semelhantes. Na época do relançamento, a Warner comentou que tais capítulos não eram mais exibidos na televisão americana justamente por seu conteúdo racista, que foi considerado impróprio para as audiências atuais.

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Um dos episódios “proibidos”, como ficaram conhecidos, é Casanova Cat, no qual Tom tenta conquistar o amor de uma bela gatinha, herdeira de uma fortuna de milhões, entregando Jerry como presente. Em alguns momentos do curta, o rato aparece com o rosto pintado de preto e dança como Al Johnson, que fazia espetáculos de jazz com maquiagem semelhante como forma de caricaturar os negros.