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6 séries da Netflix que valem a maratona neste fim de ano

Por| 26 de Dezembro de 2017 às 09h15

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6 séries da Netflix que valem a maratona neste fim de ano
6 séries da Netflix que valem a maratona neste fim de ano
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Época de preguiça por excelência, o fim de ano é praticamente um convite às maratonas na Netflix. O tempo a mais de folga pode ser uma ótima oportunidade para colocar as séries em dia ou para conhecer novas tramas e personagens.

E como resistir à tentação de se jogar no sofá e devorar horas e horas de episódios, um seguido do outro?

Se você é daqueles que ficam um tempão tentando escolher o que assistir, o Canaltech vai facilitar sua vida. Escolhemos ótimos títulos para maratonar.

Com um detalhe. Destacamos pérolas que são menos comentadas e não tão hypadas como megassucessos como Stranger Things, Black Mirror e O Vingador — que, claro, merecem maratonas, mas você já sabe disso.

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Na seleção, escolhemos títulos com pelo menos duas temporadas, de estilos bem diferentes, para agradar a qualquer tipo de perfil. A lista faz um passeio do humor ácido até o drama histórico, passando por animação e ação.

Sem mais delongas, vamos às séries?

The Crown

Drama histórico, a série original da Netflix talvez seja o principal medalhão desta lista. Quem ainda não assistiu à história da rainha da Inglaterra, Elizabeth II, pode aproveitar o feriadão entre Natal e Ano-Novo para emendar as duas temporadas disponíveis. A verdade é que os episódios da segunda temporada, recém-lançados pelo serviço de streaming, conseguem melhorar o que já era excepcional.

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A série acompanha a então princesa, que assume o reinado após a morte do pai, George VI. Ao longo dos episódios, acompanhamos o amadurecimento de Elizabeth, em sua face pública como rainha, e a vida privada como mulher, marcada por conflitos por todos os lados.

O contexto histórico de The Crown é um deleite à parte: figuras como Winston Churchill e JFK ajudam a entender acordos e decisões importantes na história contemporânea do Ocidente pós Segunda Guerra Mundial.

Trunfo das duas primeiras temporadas, a interpretação de Claire Foy dada à rainha impressiona pelo equilíbrio. Como testemunhas do que acontece dentro dos palácios, observamos a profunda tristeza e solidão vivida pela personagem, que não admite a própria condição de infelicidade matrimonial. Assim, enquanto a rainha se agarra, de qualquer forma, às aparências, nós acompanhamos a tristeza real refletida nos olhos de Claire.

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Master of None

O humorista norte-americano Aziz Ansari segue a escola Jerry Seinfeld de humor. Sabe o lance da “melhor série sobre nada” de Seinfeld? Então, é exatamente essa a pegada de Master of None, cujo título também vai nessa direção. Mesmo não sendo “mestre de coisa nenhuma”, acompanhamos a vida de um cara inteligente, sagaz, divertido.

A série atualiza os temas para a Nova York deste século, altamente conectada, e discute relacionamentos, trabalho e família em episódios que contam histórias do cotidiano.

Aziz vive Dev Shah, um ator que procura trabalhos, faz comerciais, séries e shows – nada muito grande, num primeiro momento. O suficiente, talvez, para manter um estilo de vida um pouco mais requintado do que seria razoável para alguém nessa posição.

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Por seu brilhantismo e um certo equilíbrio entre a comédia e o drama (como a nossa vida mesmo é), Master of None é um convite à maratona.

Sem spoilers, o primeiro episódio da segunda temporada, rodado em Modena, na Itália, é uma obra-prima fortemente influenciada pelo neo-realismo italiano. As personagens são cativantes e o fio condutor, familiar para adultos que tentam administrar a própria vida numa grande cidade.

Boa série de entretenimento, igualmente notável para quem espera por um pouco mais de conteúdo e sensibilidade.

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BoJack Horseman

Um tom acima do que consideramos nonsense, a série de animação original da Netflix traz um protagonista absurdamente fora dos padrões. Primeiro, porque tem uma cabeça de cavalo. Depois, pela condição atual de ex-astro de uma série de sucesso, em plena decadência na carreira.

Mordaz com a vida vazia das celebridades e as cercanias de Hollywood, a série acompanha os fracassos de BoJack: alcoólatra, viciado em drogas, arrogante, ególatra e, por isso mesmo, politicamente incorreto.

A série conta com quatro temporadas, com episódios curtos, de 25 minutos, Na trama, BoJack contrata uma ghost-writer para escrever sua “autobiografia”, na tentativa de voltar ao estrelato de antes.

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Ao longo das temporadas, nos deparamos com temas espinhosos, abordados de uma forma peculiar, sempre engraçada, como feminismo e machismo, aborto, dependência química, solidão e relacionamentos.

O que não vemos em BoJack Horseman também conta muito: as vozes de grandes atores se escondem por trás de cada personagem. O elenco é formado por Will Arnett (Arrested Development), Aaron Paul (Breaking Bad), Amy Sedaris (Unbreakable Kimmy Schmidt), Alison Brie (Community). Quer mais? Há participações de peso, como a de Paul McCartney, no quarto episódio da segunda temporada.

Suits

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Para quem quer estender a maratona até janeiro, melhor uma série mais longeva, que já está em sua sétima temporada, todas elas disponíveis na Netflix. Os diálogos rápidos, cheios de referência ao esporte, música, cinema e cultura pop, talvez sejam o melhor que Suits tem a oferecer. Mas não é só isso que faz dela interessante. Os embates jurídicos, as intrigas, as relações entre as pessoas do escritório, tudo isso esquenta o clima dos episódios, que não abrem mão de um toque de sensualidade.

Por baixo de caríssimos ternos Tom Ford, muito bem alinhados, os advogados em questão são Harvey Specter, no auge da carreira e temido no meio jurídico, e Mike Ross, um gênio que nem formado em Direito é (e uma fraude do escritório neste sentido vai ajudar a complicar as coisas), cuja memória espantosa faz dele um instrumento poderoso para vencer os casos.

Some-se a isso mulheres extraordinárias e temos uma fórmula que faz Suits fugir do clichê das séries do gênero “tribunal”. Uma delas é a assistente jurídica Rachel Zane, vivida pela atriz Meghan Markle, que abandonou a série neste ano em função do noivado com o príncipe Harry.

A outra é a secretária Donna Paulsen, interpretada por Sarah Rafferty, a única que entende o jeito de Harvey e enxerga humanidade por trás da arrogância e autoconfiança do advogado e mantém com ele uma tensão sexual que faz a série ainda melhor.

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Elementary

Nesta revisitação ao personagem Sherlock Holmes, ele ainda é um inglês, mas agora vive em Nova York. Mantém do original o alto poder de observação, mas, diferentemente daquele, traz um histórico de vício em heroína.

Watson, agora, é uma mulher, que o ajudou a permanecer longe das drogas e que acabou sendo treinada por ele para ser sua parceira, com quem investiga os casos mais complicados enfrentados pela polícia de NY.

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Holmes trabalha com um velho amigo da polícia, atuando como consultor. Elementary carrega o bom humor inglês, com as tiradas de Sherlock, que conhece o submundo e consegue ajudas extras por meio de trocas de favores com figuras suspeitas, como uma rede de hackers. A gags de humor ficam por conta dos micos que o detetive tem de pagar para conseguir essas ajudas.

Além do humor, a atuação dos protagonistas Jonny Lee Miller (Trainspotting), como Holmes, e Lucy Liu (As Panteras), como Joan Watson, fazem da série algo a mais do que somente a investigação policial e a genialidade do detetive. Originalmente produzida pela rede CBS, a série tem cinco temporadas e todas elas estão disponíveis na Netflix.

Please Like Me

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A entrada no mundo adulto representou uma guinada na vida de Josh, interpretado com maestria pelo humorista australiano Josh Thomas, criador, roteirista e diretor da série, que trouxe fatos da sua vida para o enredo.

Ao levar um toco da namorada, ele se assume gay — e, embora o sexo ganhe relevância nos episódios ao longo das quatro temporadas, nem de longe a sexualidade de Josh é o único tema da série.

Meio perdido com as responsabilidades, com as relações e sem saber direito o que quer da vida, Josh mora com seu melhor amigo, Tom (interpretado por Thomas Ward, cocriador e também roteirista da série), e com o poodle John. Ora com leveza e humor, ora com sensibilidade, Please Like Me acompanha os transtornos psiquiátricos da mãe de Josh, Rose, que enfrenta uma depressão e passa por seguidas tentativas de suicídio e internações.

A série, que estreou em 2013 e foi encerrada neste ano, explora o estilo de vida australiano, numa pegada bem diferente para quem está acostumado com produções norte-americanas. Josh vive numa casa com um quintal encantador, no qual cria galinhas e tem uma horta, além de uma jacuzzi, peça central para as festas e encontros que promove por ali.

Além disso, ele adora cozinhar – praticamente todos os episódios começam na cozinha e têm os nomes inspirados nas receitas que prepara ou experimenta. O ritmo fica completo com uma trilha sonora que já começa muito bem com I’ll Be Fine, de Clairy Browne, além de hits dos anos 90.