Vítima do atentado à boate em Orlando fazia snap quando tiroteio começou

Instantes antes das balas começarem a ser diparadas, Amanda Alvear, de 25 anos, gravava imagens bastante comuns pelas histórias do Snapchat: um movimento de câmera panorâmico para mostrar a balada, a roda de amigos e o momento de diversão, uma das coisas boas que a instantaneidade dos smartphones e redes sociais nos proporciona.

Foram necessários alguns segundos até que Amanda percebesse do que se tratavam os barulhos repetidos ao fundo. Nos últimos segundos do vídeo, o semblante dela mostra confusão e medo e é possível ouvi-la dizer "shooting" (tiros). Na segunda-feira (13) pela manhã, veio a confimação de que Amanda Alvear estava entre as 49 vítimas fatais do ataque à boate Pulse em Orlando. O atirador Omar Mateen foi morto durante troca de tiros contra a polícia americana.

Os snaps feitos por Amanda foram publicados pelo amigo da jovem Mykol Marte, que acompanhou a história da amiga pelo celular. "Um dia você está aqui, em um snap, e no outro se foi", lamentou Mykol em seu perfil do Facebook. Confira o vídeo (o conteúdo pode ser considerado desconfortável):

Morte a caminho

"Mamãe eu te amo. Ele está a caminho. Vou morrer". Foram as últimas mensagens que Mina Justin recebeu de seu filho Eddie Justin via WhatsApp na mesma noite. Ele tentou se esconder no banheiro para mandar as mensagens e chamar por ajuda. Foram longas horas de espera para Mina, que após as mensagens não recebeu mais nenhuma informação até a confirmação da morte do filho no relatório policial na manhã de segunda.

Ainda que seja uma facilitadora de coisas boas, nem sempre a tecnologia é capaz de salvar. O que ela pode certamente fazer é espaços de discussão e aprendizado para promover a tolerância e diversidade de culturas e de sexualidade. É preciso rever urgentemente os discursos de ódio propagados pela sociedade e semear uma sociedade mais pacífica.

Vídeo feito do lado de fora da Pulse durante troca de tiros:

Fonte: BuzzFeed