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Vazamento de dados corporativos: como fazer a gestão de dispositivos móveis

Por| 28 de Outubro de 2019 às 09h20

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Vazamento de dados corporativos: como fazer a gestão de dispositivos móveis
Vazamento de dados corporativos: como fazer a gestão de dispositivos móveis

*Por Vinicius Boemeke

Os recentes casos de vazamento de dados ocorridos com figuras da política brasileira reacenderam o foco na vulnerabilidade dos dispositivos móveis. A veiculação de diálogos privados tem potencial de causar graves problemas não somente a autoridades públicas, como também às empresas, já que, dentro de uma companhia, conversas entre colaboradores contêm dados sensíveis e informações estratégicas, que dariam acesso a vantagens competitivas a concorrentes, caso ocorresse um vazamento de informações.

A gestão de dispositivos móveis (MDM, na sigla em inglês) não é um tema tão recente, mas ainda há uma imaturidade das empresas pequenas e médias de quaisquer segmentos quanto à proteção dos aparelhos. Não é raro encontrar companhias consolidadas, com mais de 100 colaboradores, dando livre acesso a todos os aplicativos e acesso a todos os portais da web, sem limitações de conteúdo dos sites.

Uma tecnologia de gestão de MDM dá ao gestor o controle total sobre dispositivos móveis -  incluindo aplicativos, tela inicial, navegação na internet e ligações - e possibilita a ele liberar e bloquear aplicações com apenas alguns cliques. A tela inicial pode ser controlada e personalizada conforme a necessidade de cada empresa, que tem também controle sobre os sites que podem ser acessados ou não. 

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Desta maneira, o colaborador poderá compartilhar apenas o que for previamente permitido e, assim que ele o fizer, o sistema notificará o gestor direto do setor. Outra funcionalidade que pode ser importante, e que está disponível neste tipo de solução, é o controle do horário de funcionamento do dispositivo. Se o horário de expediente do seu colaborador é das 8h às 17h, por exemplo, a empresa pode permitir que o funcionário utilize o smartphone ou tablet corporativo somente neste intervalo de tempo.

Ter este controle, e impedir o acesso a sites maliciosos, é também fundamental para que a empresa se proteja contra invasões feitas por hackers. Aplicativos aparentemente inofensivos podem carregar trojans capazes de causar um estrago considerável ao ambiente de TI e aos dados da empresa, uma vez que podem vazar os dados do aparelho e, em situações mais graves, até mesmo acessar aqueles que estão no servidor.

Restringir o acesso a estas potenciais ameaças impede, ainda, o envio de dados para aplicativos, problema, a princípio, menos prejudicial, mas cuja atuação tem sido estudada por especialistas, já que pede ao usuário que compartilhe informações as quais não sabemos ainda ao certo como serão utilizadas. É o caso dos joguinhos das redes sociais (como as fazendinhas) ou mesmo os aplicativos que se baseiam nas fotos dos usuários para simular o envelhecimento ou transformar a imagem em pinturas renascentistas. Bloquear o acesso a este tipo de aplicação não apenas protege as informações, mas também garante que o colaborador seja mais produtivo durante os horários de expediente.

Outro ponto de extrema importância que este tipo de tecnologia oferece para o ambiente corporativo no quesito segurança é a isenção da responsabilidade por eventuais utilizações indevidas da web. Imagine, por exemplo, o caso hipotético de um colaborador que acessa, por meio do dispositivo, portais que repercutem pedofilia, vendem drogas ou armas ilegais, ou outras práticas proibidas por lei.

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Qualquer uma destas atitudes pode causar uma enorme dor de cabeça para a empresa, que pode ter seu nome envolvido em uma eventual atitude criminosa até que prove que foi uma situação isolada do colaborador. Este tipo de ocorrência pode ser facilmente evitada com o maior controle sobre os dispositivos, o que as tecnologias de MDM proporcionam com muita eficiência.


*Vinicius Boemeke é diretor e cofundador da Pulsus, solução que gerencia dispositivos móveis