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Processadores da Intel ainda sofrem com falhas de segurança, dizem pesquisadores

Por| 13 de Novembro de 2019 às 13h55

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The New York Times/ Jasper Juinen
The New York Times/ Jasper Juinen
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O histórico recente da Intel com seus processadores tem dado dor de cabeça. Desde setembro de 2018, quando pesquisadores holandeses da Vrije Universiteit Amsterdam relataram uma série de problemas, a empresa vem tendo dificuldades para sanar isso. O pior: mesmo com constantes atualizações, as falhas persistem.

De acordo com o The New York Times, a atualização lançada no começo deste ano de 2019 só serviu para corrigir algumas das falhas de segurança. Outra rodada de melhorias também foi feita, mas, segundo os mesmos pesquisadores, os processadores seguem vulneráveis.

Esses profissionais mantiveram esses problemas longe do público por oito meses, dando à Intel tempo para desenvolver as correções necessárias. A empresa até pediu que eles alterassem um artigo que planejavam apresentar depois que ficou claro que a fabricante precisava de mais tempo e não queria que as falhas se tornassem públicas, mas, como é possível ver, não adiantou. "Tivemos que redigir o artigo para acobertá-los, para que o mundo não visse como as coisas são vulneráveis", disse Kaveh Razavi, professor de ciência da computação na Vrije Universiteit Amsterdam, em entrevista ao The New York Times.

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Antes das últimas correções da Intel, divulgadas na terça-feira (12), a empresa foi notificada de que haviam mais falhas não corrigidas e pediu aos pesquisadores que ficassem em silêncio mais uma vez, mas eles se recusaram. Agora, os relatórios de segurança revelaram que a Intel não testou adequadamente o código-fonte de prova de conceito fornecido em setembro de 2018 e que a empresa não está corrigindo a raiz do problema.

No centro desses problemas estão as vulnerabilidades "Meltdown" e "Spectre", que foram originalmente descobertas nos processadores em janeiro de 2018. Quando elas foram divulgadas pela primeira vez, os pesquisadores alertaram que variantes e outras consequências desses bugs apareceriam nos próximos anos. Dito e feito.

Agora, além das vulnerabilidades em si, a empresa parece ter perdido a credibilidade devido a essa postura junto aos pesquisadores. "Ainda há toneladas de vulnerabilidades, temos certeza", diz Herbert Bos, professor da Vrije Universiteit Amsterdam, também em entrevista ao The New York Times. "E eles não pretendem fazer engenharia de segurança adequada mesmo que sua reputação esteja em risco", completa.

Fonte: The Verge, The New York Times