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O que mostram as imagens usadas pelos russos para manipular as eleições nos EUA?

Por| 06 de Novembro de 2017 às 09h15

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Após senadores se enfurecerem com os CEOs da Google, Twitter e Facebook por eles não terem comparecido ao depoimento frente ao Congresso dos EUA, marcado para a última quarta-feira, dia 1º de novembro, foram publicadas as imagens veiculadas por contas falsas nas três plataformas virtuais que, supostamente, viriam de agentes russos ligados à Internet Research Agency. O objetivo era influenciar os eleitores na eleição que escolheu Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. Veja os exemplos que foram trazidos ao público durante o depoimento:

Na imagem acima, podemos ver uma montagem feita com o ator e comediante Aziz Ansari, que, apesar de ter nascido em Columbia, tem pais de origem islâmica. Ansari aparece segurando um cartaz que ensina como votar sem pegar filas, diretamente do conforto da sua casa: basta tuitar, entre as 8:00 e 18:00 do dia 8 de novembro de 2016, o nome da chapa ClintonKaine junto com a hashtag #PresidentialElection. Não é necessário dizer que essa não é uma forma válida de votar. O senador Richard Blumenthal disse que a publicação nitidamente tinha intuito de levar desinformação e ludibriar os eleitores estadunidenses. Os representantes jurídicos do Twitter enviados ao Congresso não souberam afirmar quantos cidadãos tentaram votar através da plataforma.

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Já na imagem acima podemos ler um texto que explica que a candidata Hillary Clinton tem um índice de reprovação de 69% junto aos veteranos de guerra estadunidenses. O texto elenca razões para tal, e adianta: se a democrata vencer, o exército baterá em retirada em relação ao controle presidencial de Clinton e o caos vai ser instaurado.

Esta imagem foi retirada do Facebook e mostra um evento patrocinado que ocorreria na Pensilvânia, marcado para o dia 02 de outubro de 2016. No texto, trabalhadores da área de mineração de carvão, produção de ferro e outras atividades siderúrgicas são convidados a demonstrar apoio ao candidato republicano, que criará mais empregos para a região.

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Essa imagem não traz um exemplo de propaganda, mas é uma excelente demonstração de como o alcance das publicações atingiu a população estadunidense. O próprio Donald Trump, ainda candidato na ocasião, retuitou a publicação do usuário @10_gop, suposta conta falsa associada às publicações feitas pela agência russa. O senador Pat Leahy afirmou que essa mesma conta fake também foi retuitada por Kellyanne Conway, ex-gerente de campanha do partido republicano.

Similar à imagem veiculada com o rosto de Aziz Ansari, este conteúdo também foi postado por contas falsas no Twitter e encoraja os eleitores a não enfrentarem a fila de votação, expressando sua escolha mandando o texto "Hillary" como SMS para o número 59925. A supressão de votos, termo legal para a tentativa de fazer os eleitores de trouxa dessa forma, é crime federal nos EUA.

Fonte: Recode