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Não caia nessa: novo golpe promete “Abono Emergencial de Natal” de R$ 800

Por| 29 de Outubro de 2020 às 21h40

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Leonardo Sá/Agência Senado
Leonardo Sá/Agência Senado

Alerta vermelho para um novo golpe que está sendo disseminado via WhatsApp e que tem potencial de lesar milhares de brasileiros — criminosos estão se passando por instituições bancárias para disseminar um falso “Abono Emergencial de Natal” no valor de R$ 800, que teoricamente seria de direito de qualquer cidadão pensionista e beneficiários do Bolsa Família e do Auxílio Emergencial. As informações são da Kaspersky.

Na mensagem que circula entre os usuários do aplicativo, o internauta é orientado a visitar um endereço para fazer seu cadastro, sendo alertado que o prazo máximo para tal seria nesta quinta-feira (29). Ao abrir o link, o cidadão se depara com uma tela que tenta simular o visual de aplicativos e sites oficiais do Governo Federal do Brasil e que promete entregar R$ 800 para a vítima, com aprovação imediata.

O internauta, porém, precisa responder a um questionário que lhe requisita uma série de informações pessoais, incluindo nome completo e CPF. Por fim, para que o próprio golpe se torne viral de forma autônoma, a página pede para que o próprio usuário compartilhe-a com seus amigos no WhatsApp para “provar que você não é um robô”. É desta forma que a corrente se forma e o ciclo se reinicia.

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“Ao realizar a suposta confirmação, o usuário estará contratando um serviço pago de telefonia móvel sem saber. A cobrança será feita em sua próxima fatura, e muitos acabam pagando sem nem mesmo perceber. Isso acontece porque os fraudadores estão criando cadastros em plataformas de serviços de valor agregado de operadores e, assim, utilizando a estrutura de cobrança dessas empresas para obter ganhos financeiros”, explica Fabio Assolini, analista de segurança sênior da Kaspersky Brasil.

Assolini ressalta ainda que ceder o CPF para golpistas em tempos de cadastramento de chaves Pix é algo altamente perigoso, uma vez que os criminosos podem usar tal dado para fraudar em nome da vítima. “É possível que esse mesmo artifício seja replicado para roubo de dados pessoais ou financeiros, o que é uma preocupação ainda maior agora em que está sendo feito o cadastro para o sistema Pix”, comenta.

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Segundo outro levantamento da própria Kaspersky, 60% dos brasileiros não sabem reconhecer uma notícia falsa e essa característica é fortemente usada pelos estelionatários para elaborar novos golpes. No caso, basta um pouco mais de atenção por parte da vítima para que ela reconheça os sinais clássicos de uma armadilha: erros ortográficos, inconsistências visuais e um senso de urgência que lhe incentiva a agir sem pensar.

“Os cibercriminosos adaptam seus golpes diariamente e mandam mensagens bastante convincentes. Eles se aproveitam principalmente da ansiedade de usuários que não verificam se aquilo é verdadeiro e acabam agindo por impulso. Como é um ataque relativamente ‘barato’ para o golpista e ele pode ser disseminado para milhões simultaneamente, mesmo que uma parcela muito pequena caia, ainda sim se torna lucrativo”, finaliza Assolini.

Fonte: Kaspersky