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Mozilla expande testes de sua VPN para o Firefox

Por| 04 de Dezembro de 2019 às 12h13

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Divulgação/ Mozilla
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A Mozilla começou a semana com uma grande expansão de seu projeto de VPN para o Firefox. Após meses de testes internos ou com convidados selecionados, a organização agora abriu as portas para os usuários dos Estados Unidos, que podem se registrar para utilizar o sistema de anonimato no navegador por 12 horas, somente na versão desktop do software.

Chamado de Firefox Private Network (FPN), o sistema não deixa registros no computador nem na rede e tem como uso principal os Wi-Fis públicos ou usuários de países com vigilância ostensiva sobre a internet. A VPN funciona por meio de uma extensão para o próprio browser, em sua versão Windows 10, mas o site oficial já demonstra a intenção de lançamento para Android, iOS, Mac, Linux e até Chromebook, todos sem previsão de lançamento.

De acordo com as informações oficiais, o acesso anônimo vai funcionar por meio de um sistema de passes, entregando uma proteção conveniente de acordo com as necessidades do usuário. A cada mês, 12 períodos de uma hora são liberados para os usuários, com cada ativação da extensão ativando um deles e garantindo navegação anônima imediata.

A ideia, então, parece voltada para turistas ou viajantes, bem como para os momentos de trabalho remoto em redes abertas ao público. É, também, uma forma de a Mozilla não sobrecarregar sua rede com cadastros ou usuários ociosos, além de controlar a utilização da infraestrutura de forma a garantir seu funcionamento e velocidade. Para usuários de outros países que não os Estados Unidos, há uma lista de espera, onde e-mails podem ser cadastrados para envio de avisos uma vez que a tecnologia estiver disponível a mais regiões.

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Quem preferir um tipo de proteção mais permanente ou profunda pode optar por um sistema completo de privacidade, também anunciado nesta semana pela organização. Como parte de sua estratégia maior focada no anonimato, uma VPN mais ampla foi anunciada, por meio de um serviço que oculta todos os dados trafegados a partir de um computador, e não apenas aqueles que saem do navegador, garantindo a navegação plenamente oculta também em serviços e aplicativos do Windows 10.

O serviço ainda não tem data para ser lançado, mas representa a primeira vez que a Mozilla cobra por uma criação própria. Por US$ 4,99 por mês, aproximadamente R$ 22, os usuários podem utilizar o sistema de privacidade em até cinco dispositivos e ocultarem sua conexão a partir de mais de 30 países. A ideia, também, é apenas começar no Windows 10, com versões da VPN para iOS e Android também já anunciadas.

Por enquanto, porém, a proteção completa da FPN tem apenas uma lista de espera no ar, onde os usuários de todo o mundo poderão registrar seus e-mails para receberem novidades e serem os primeiros a testarem o sistema. Com a iniciativa, a Mozilla chuta para as alturas, já que a promessa é não apenas entregar navegação anônima, como também permitir a utilização de sistemas de streaming de conteúdo ou jogos online sem lentidão, a partir de servidores dedicados.

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Essa estratégia pode explicar o preço cobrado, que, inclusive, está abaixo da média de serviços dessa categoria. É de se esperar que, no lançamento do serviço completo, os usuários dos Estados Unidos também sejam os primeiros a serem contemplados, com o Brasil ainda não aparecendo em nenhum comentário da Mozilla sobre novas expansões.

Mais novidades

Além dos anúncios focados em anonimato, a Mozilla também começou dezembro revelando seu novo navegador mobile. Batizado ainda de Firefox Preview, o software é baseado em uma engine própria, a GeckoView, e já deve vir embarcado com todas as ferramentas de segurança e privacidade pela qual a organização deseja ser conhecida, assim como outros recursos exclusivos.

Disponível nessa nova versão, ainda em fase de testes, mas também para todos os usuários do Firefox no desktop está um novo modo picture-in-picture, que permite assistir a vídeos em um canto da tela enquanto se navega por sites no restante dela. Além disso, nas versões Betas do browser, estão entrando em vigor novas proteções contra o rastreamento e a coleta de dados por sites e um widget que pode ser colocado na tela principal do Android para facilitar o acesso a pesquisas e abas mais acessadas.

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Fonte: Mozilla FPN