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Milhões de usuários do Facebook têm dados vazados na internet

Por| 12 de Março de 2020 às 12h43

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Milhões de usuários do Facebook têm dados vazados na internet
Milhões de usuários do Facebook têm dados vazados na internet
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Os dados pessoais de dezenas de milhões de usuários do Facebook vazaram na internet no final do ano passado, expondo informações como nomes, endereços de e-mail, números de telefone e outros detalhes pessoais publicados em perfis na rede social. As informações apareceram em um servidor exposto da rede e também circularam em fóruns usados por hackers, tendo ressurgido pelo menos uma vez desde sua disponibilização inicial e posterior remoção.

O número de usuários atingidos é aproximado pois o vazamento é constituído de diferentes entradas, em alguns casos trazendo várias referências a uma mesma vítima. No total, são 309 milhões de entradas nos bancos de dados vazados, com 267,1 milhões no primeiro e pouco mais de 40 milhões no segundo.

O volume foi descoberto pelo pesquisador em segurança Bob Diachenko, em parceria com o site Comparitech, e estava disponível em um cluster Elasticsearch. De acordo com o especialista, aparentemente as informações não são oriundas de uma brecha direta nos sistemas do Facebook, e sim de um método chamado scraping.

Operações desse tipo envolvem softwares automatizados que abusam das APIs da rede social para coletar o máximo de informações disponíveis de seus usuários. Entretanto, isso também faria com que os dados coletados fossem antigos, uma vez que o Facebook impediu o uso desse método em 2018.

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De acordo com Diachenko, hackers baseados no Vietnã seriam os responsáveis pelo ato, com duas versões diferentes do banco de dados aparecendo na internet em um intervalo de quatro meses — a primeira surgiu em dezembro de 2019, enquanto a segunda, contendo ainda mais informações, apareceu neste início de março.

A ideia de Diachenko é que os servidores estão sendo vendidos por hackers para a realização de ataques de phishing ou prática de outros golpes, já que o volume trazia uma página de login e uma nota de boas-vindas. O relatório descarta a possibilidade de um comprometimento da própria infraestrutura do Facebook, já que, para que o processo de scraping funcionasse, as informações disponíveis nos perfis precisavam ser públicas.

Isso também faz com que essa nem mesmo seja a primeira vez que um volume desse tipo aparece na internet. Em setembro de 2019, um banco de dados com mais de 419 milhões de registros como números de telefone, nomes e IDs também foi localizado. Nesse caso, também se tratavam de dados com pouco mais de um ano de idade e fruto de uma época em que o scraping ainda era possível por meio da API da rede social.

A Comparitech informa que o maior risco aos usuários atingidos é o uso de suas informações pessoais em golpes de phishing ou engenharia social. Por isso, os usuários devem ficar atentos a mensagens que cheguem por e-mail, SMS ou mensageiros instantâneos solicitando mais informações pessoais ou com links que levem ao download de soluções.

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Além disso, é bom acessar as configurações de segurança do Facebook e limitar o acesso de terceiros às informações dos perfis, usando as opções para definir quem, se alguém, terá acesso a determinados dados. Além disso, vale a pena ativar a opção que impede que mecanismos de busca cataloguem as páginas publicamente.

Em contato com o Canaltech, o Facebook disse estar investigando o caso, mas não deu mais declarações sobre o assunto.

Fonte: Comparitech