Metrô de Los Angeles será o primeiro dos EUA a implantar scanners corporais

A segurança do sistema ferroviário de Los Angeles deve ficar mais rígida com os planos de implantar scanners corporais na rede da cidade, que atualmente conta com 93 estações de metrô. Com isso, o sistema se tornará o primeiro dos Estados Unidos a usar esse tipo de medida de segurança.

A implantação da tecnologia deverá ocorrer ainda este ano. E, ao contrário do que se imagina, o sistema não será uma máquina fixa na infraestrutura das estações, não. Segundo a Autoridade de Transporte Metropolitano de Los Angeles, serão utilizados scanners portáteis, que serão transportados de estação em estação quando necessário.

Esse método se mostra bastante eficaz quando, por exemplo, estiverem acontecendo grandes eventos esportivos na cidade, o que atrai muitas pessoas de vários lugares, ou ainda durante protestos que reúnem uma grande parcela da população. Com os scanners portáteis, portanto, as autoridades poderão focar as atenções na verificação desses pontos mais movimentados.

Apesar de serem portáteis, as máquinas desenvolvidas pela empresa britânica de segurança Thruvision são capazes de verificar todo o corpo de uma pessoa, analisando se ela está carregando armas ou bombas consigo. E, diferente das máquinas de rastreio em aeroportos, os scanners corporais que serão usados em Los Angeles podem identificar até 2000 pessoas em movimento, o que elimina a necessidade de elas entrarem em uma fila.

Além disso os scanners portáteis podem identificar objetos suspeitos a uma distância de 9 metros, dando às autoridades tempo suficiente para observarem e se posicionarem antes de abordar a pessoa de interesse.

Em entrevista ao LA Times, o segurança Alex Wiggins disse que o sistema deverá ajudar a evitar ataques em massa e a 4ª Emenda dos Estados Unidos será usada na aplicação dos scanners, o que significa que todos estarão mais do que cientes que estão sendo monitorados pelas máquinas.

A tecnologia da Thruvision é baseada em pesquisas realizadas pelo Laboratório Rutherford Appleton, do Reino Unido, e pela Agência Espacial Europeia. A identificação dos objetos é feita através de raios eletromagnéticos naturais emitidos por eles.

Fonte: Digital Trends