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Marinha dos EUA testa superarma

Por| 04 de Junho de 2016 às 19h45

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Marinha dos EUA testa superarma
Marinha dos EUA testa superarma

A Marinha norte-americana testou uma nova superarma não-explosiva capaz de disparar um projétil em uma velocidade tão grande que foi comparada a um "meteorito de batalha" capaz de perfurar navios e tanques.

Utilizando trilhos eletromagnéticos e 25 megawatts para disparar a superarma, o suficiente para abastecer quase 19 mil casas, a Railgun é vista como uma aposta que deixaria os Estados Unidos à frente do arsenal de países como Rússia e China. Diferentemente de armas de fogo, em que a bala perde aceleração depois da ignição, o projétil disparado pela Railgun ganha velocidade na medida em que se distancia, atingindo 7242 Km/h ou quase 2 kilômetros por segundo, a uma distância de 200 kilômetros - as armas atuais, que têm alcance de cerca de 40 kilômetros.

Desde o início da pesquisa, há uma década, o governo norte-americano investiu meio bilhão de dólares e está disposto a injetar mais 800 milhões para melhorar as capacidades de defesa da arma e adaptá-la para armas já existentes.

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Após a Segunda Guerra, foi percebido que um grande problema das armas explosiva está na falta de precisão delas, o que levou ao lento processo de retirada, ou diminuição, de armas. "Em partes, nos distanciamos das grandes armas por causa da química e física do alcance delas. A Railgun pode criar o efeito massivo desejado sem a química", explica o executivo-chefe da desenvolvedora da Railgun Jerry DeMuro.

A próxima versão da superarma será capaz de disparar 10 projéteis por minuto em um mecanismo capaz de mil "rounds". Além da velocidade e potência, ela leva vantagem também na capacidade. Um navio da Marinha americana é capaz de carregar 96 mísseis e, com a nova tecnologia seria capaz de armazenar cerca de mil unidades.

O Pentágono demonstrou interesse em utilizar, dentro de uma década, a Railgun como tecnologia anti-míssil menos dispendiosa do que o atual sistema de defesa aéreo. "Eu não consigo imaginar um futuro em que replicaríamos a Guerra Fria, mas posso prever como a Railgun teria seu valor contra aeronaves, mísseis, tanque e qualquer outra coisa", afirma o Secretário de Defesa Robert Work.

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No entanto, muitas barreiras técnicas precisam ser superadas antes que a tecnologia esteja pronta, o que inclui a regulamentação e questões geopolíticas. A China e a Rússia veem a Railgun como desequilíbrio no poder global por negar o arsenal dos países. Oficiais do Pentágono informaram que hackers chineses tentaram infiltrar no sistema do governo americano a fim de descobrir segredos da arma.

A Defesa americana não se mostrou aberta a uma discussão mais aprofundada das supostas tentativas chinesa de roubo de informações, o que dá uma leve impressão de termos, sim, voltado à Guerra Fria e a Arma do Fim do Mundo do Dr. Fantástico. Proteger informações pode até fazer sentido, mas parece um pouco uma desculpa para continuar inventando superarmas que desestabilizam as relações de poder globais, como se já não bastassem as bombas nucleares.

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Com informações do WSJ