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Linux e Android têm mais falhas críticas que o Windows, aponta estudo

Por| 10 de Março de 2020 às 11h13

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Linux e Android têm mais falhas críticas que o Windows, aponta estudo
Linux e Android têm mais falhas críticas que o Windows, aponta estudo

Uma pesquisa do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologias, órgão do governo dos Estados Unidos, colocou o Linux e o Android no topo da lista de sistemas operacionais com maior número de falhas críticas. O estudo se refere ao total de brechas e vulnerabilidades encontradas nas plataformas em si e não aos malwares disponíveis, o que explica a aparição de diferentes versões do Windows em colocações bem abaixo na tabela.

De acordo com a pesquisa, compilada a partir de dados do Banco de Dados Nacional de Vulnerabilidades (NVD, na sigla em inglês) de 1999 a 2019, a distro Debian apresentou 3.067 vulnerabilidades a serem corrigidas por seus desenvolvedores nos últimos 10 anos. O Android ficou em segundo lugar, com 2.563, no que os especialistas consideraram um problema bem mais grave devido à popularidade da plataforma e o perfil de seus usuários.

O Linux volta a aparecer na terceira colocação, com 2.357 falhas encontradas em seu kernel. Por fim, o ranking dos cinco sistemas operacionais com maior número de falhas é completado pelo macOS, com 2.212, e outra distribuição do Linux, o Ubuntu, com 2.007. O sistema operacional da Microsoft aparece bem mais abaixo. O Windows 7 vem primeiro, com 1.283 vulnerabilidades, enquanto o Windows 10 vem ainda depois, com 1.111.

O estudo leva em conta vulnerabilidades presentes nos códigos da própria plataforma e não entra em detalhes sobre quantas dessas falhas ainda estão presentes ou quais já foram resolvidas.

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Apesar do resultado surpreender boa parte dos usuários, há de se levar em conta, claro, o perfil histórico e colocar isso em perspectiva — o Debian, por exemplo, vem sendo desenvolvido desde 1993, enquanto a mais recente versão da plataforma de Redmond saiu em 2015. Os números absolutos, então, podem ser enganosos.

Ainda assim, para os especialistas do Instituto, é uma demonstração de que a segurança dos produtos não é assim tão quebrada, pelo menos em seu formato padrão. Navegadores como Firefox e Chrome, peças de software bem menos complexas, apresentaram mais falhas que o Windows, com 1.873 e 1.858 problemas reportados, respectivamente, durante o período do levantamento.

O estudo também levantou a quantidade de falhas de segurança detectadas ao longo de todo o ano passado. 25,3% delas foram vulnerabilidades de execução de código, com softwares permitindo que malwares rodassem em cima de suas brechas, enquanto 17,7% foram do tipo cross-site scripting, quando ataques são inseridos em aplicações web.

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Em terceiro lugar estão as sobrecargas de buffer (13,9%), enquanto o DDoS completa a lista com 10,2%. No primeiro caso, estamos falando de uma vulnerabilidade que permite o acesso a outras partes de uma infraestrutura ao ultrapassar limites de memória de uma aplicação, enquanto o segundo é voltado para a retirada de serviços do ar a partir de um gigantesco volume de acessos simultâneos.

Medalha contrária

Quando se leva em conta o ranking de vulnerabilidades por fabricante de software, porém, a Microsoft aparece no topo do ranking. Além do Windows, ela também é a responsável por navegadores como o Edge e o Internet Explorer, bem como a suíte de aplicações Office e diferentes softwares de comunicação voltados para o mercado empresarial. São elementos críticos que elevam o posicionamento de seus produtos quando o tema são os riscos de segurança — como normalmente se diz, aqui, a popularidade fez a diferença.

A surpresa foi ver o Office na terceira colocação, com um nível 9,1 em risco de segurança, na escala que vai de 0 a 10. Apenas dois outros notórios perigos ficaram na frente: o Adobe Flash Player, com nota 9,4, e o Adobe Acrobat, com 9,2.

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Fonte: NVD