Homem é acusado de aplicar golpe de US$ 120 milhões na Google e Facebook
Por Felipe Demartini | 25 de Março de 2019 às 16h16
O lituano Evaldas Rimasauskas, de 50 anos de idade, foi indiciado por fraude após ser apontado como o operador de um golpe que resultou em prejuízos de mais de US$ 120 milhões para a Google e o Facebook. Ele se fez passar por um representante da Quanta Computer, cobrando as companhias por negócios e serviços prestados por ela, mas com os quais ele não possuía relação direta.
Diante de um tribunal americano, e mediante um acordo não divulgado, ele se declarou culpado da acusação de fraude. De acordo com as autoridades, Rimasauskas registrou uma empresa sob o nome de Quanta Computer na Letónia e, a partir dela, entrava em contato com departamentos de negócios e tecnologia das duas gigantes oferecendo serviços e pedindo por depósitos de pagamentos milionários, que efetivamente chegaram a ser feitos.
Um total de US$ 23 milhões foram transferidos pela Google até 2013, quando ela descobriu estar sendo vítima de um golpe, enquanto o Facebook foi lesado em US$ 98 milhões. Os montantes foram transferidos para contas bancárias na própria Letónia e também no Chipre, ambas sob o controle de Rimasauskas.
O esquema funcionou pelo menos até 2015, quando foi feito o último pagamento pelo Facebook. Já o indiciado foi preso e extraditado aos EUA em 2017, de onde, até agora, responde às acusações por fraude. Pelo menos a Google, em comunicado, disse ter recuperado o dinheiro transferido a ele, enquanto o Facebook não se pronunciou sobre o assunto.
Rimasauskas não é o único envolvido no esquema, somente aquele que as autoridades decidiram nomear. De acordo com a polícia, ele é o responsável pela criação do esquema e também pela manipulação dos fundos obtidos, sendo, então, o cabeça de todo o golpe. Entretanto, mais pessoas atuavam ao lado dele na comunicação com as empresas, criação de e-mails fraudulentos e outras atividades criminosas.
O acordo feito por Rimasauskas, que levou à admissão de culpa, não foi divulgado, mas, de acordo com o procurador Geoffrey S. Berman, ele está diante de um tempo significativo dentro de uma prisão nos Estados Unidos, com sentenciamento marcado para julho. Falando sobre o caso, ele comemorou o sucesso da investigação e mandou um alerta a outros criminosos, afirmando que eles não podem se esconder do “longo braço da justiça americana”.
Fonte: CNET