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Hackers estão invadindo conferências do Zoom para exibir pornografia

Por| 31 de Março de 2020 às 12h12

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Hackers estão invadindo conferências do Zoom para exibir pornografia
Hackers estão invadindo conferências do Zoom para exibir pornografia

Em mais um alerta relacionado ao Zoom, aplicativo de videoconferência que se tornou febre nesta pandemia do coronavírus, o FBI está pedindo para que escolas, empresas e outras instituições evitem a realização de reuniões abertas e divulgadas publicamente. As autoridades têm recebido relatos de que conversas dessa categoria estão sendo “bombardeadas” com imagens impróprias, que envolvem pornografia, violência e outros temas, apenas por motivos de zoeira.

De acordo com a divisão de Boston da agência, os relatos sobre esse tipo de ato estão sendo registrados com cada vez mais frequência e teriam como principal intuito a gravação de imagens para postagem em redes sociais. As “trollagens” também seriam voltadas à interrupção das atividades dos órgãos atingidos, apesar de não se tratarem da exploração de falhas de segurança ou causarem danos a eles.

Em um dos casos citados pelo FBI, por exemplo, uma professora de ensino médio do Massachusetts viu dois indivíduos desconhecidos invadindo uma aula para xingar todo mundo e revelar publicamente seu endereço. Em outros dois casos, também no estado americano, participantes não-identificados entraram em salas de aula virtuais exibindo imagens pornográficas ou alegorias nazistas no lugar de suas respectivas webcams.

O problema está se tornando tão popular que o FBI até cunhou um termo para ele, o “Zoom-bombing”. A prática levaria, muitas vezes, à publicação de vídeos em redes sociais, como o que aconteceu em uma conversa entre gerentes da rede de fast food Chipotle, que se viram nessa situação quando uma conversa entre eles envolveu a exibição de cenas de sexo explícito por um “invasor”.

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A recomendação do FBI é que as vítimas dessa prática registrem denúncias em um centro digital da agência, enquanto ameaças de violência ou a revelação de informações pessoais devem ter tratamento diferente. Neste caso, trata-se de crimes tipificados, com as vítimas devendo contatar a polícia, em caso de perigo real, ou usar uma ferramenta online de registro de ocorrências.

Além disso, o FBI pediu que os responsáveis por organizações evitem a divulgação de reuniões públicas ou que, pelo menos, não exijam nenhum tipo de credencial para serem acessadas. De acordo com a agência, o ideal é enviar links diretamente para os participantes e controlar quem acessa a sala, além de usar configurações de segurança que, por exemplo, limitam o compartilhamento de imagens da tela apenas para o anfitrião, por exemplo.

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Apesar de não se tratarem da exploração de falhas de segurança, o FBI também recomenda que todos os usuários tenham a versão mais recente do Zoom em seus celulares ou computadores, já que isso também garante proteção contra eventuais vulnerabilidades. Com o crescimento na popularidade dos aplicativos, aumentou também o número de golpes contra usuários ou que tentam se aproveitar o estado de reclusão e home office das pessoas. Então, todo cuidado é pouco.

Fonte: Bleeping Computer