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Governo dos EUA investe US$ 700 mil no combate ao terrorismo em jogos online

Por| Editado por Claudio Yuge | 20 de Setembro de 2022 às 16h20

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Reprodução/Emmanuel (Unsplash)
Reprodução/Emmanuel (Unsplash)

O governo dos Estados Unidos está investindo US$ 700 mil (aproximadamente R$ 3,6 milhões em conversão direta) em um projeto de pesquisas relacionada ao uso de jogos online por terroristas, como meio de radicalizar jovens para se juntarem às causas. O grupo de estudos, em parceria com organizações da sociedade civil e desenvolvedoras de jogos, é voltado para o desenvolvimento de métodos contra essa prática e busca formas de proteger os jovens desse tipo de abordagem.

A ideia, de acordo com a descrição oficial, é criar melhores práticas e padrões para concentrar os esforços de combate às atividades terroristas. Isso acontecerá tanto por meio de ações diretas quanto através de workshops, com o objetivo final de monitorar, detectar e impedir que os games sejam usados como uma ferramenta para recrutamento de terroristas e radicalização de crianças e adolescentes.

Essa é uma noção antiga do governo americano, mas que não havia recebido nenhum tipo de financiamento oficial até agora. Trata-se, também, da primeira vez que o governo, as grandes empresas do segmento de jogos eletrônicos e outras organizações se unem em prol de um projeto conjunto, já que até agora, as ações contra esse tipo de prática foram dispersas e estiveram, basicamente, a cargo das moderações de cada título.

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Quais são os primeiros jogos a receber atenção no combate ao terrorismo em jogos online?

Roblox, Call of Duty (da Activion Blizzard) e Destiny, desenvolvido pela Bungie serão os primeiros títulos a receberem atenção dos pesquisadores devido ao seu foco não apenas nos games, mas também em plataformas sociais. O projeto, inclusive, já estava em andamento antes mesmo do anúncio do financiamento governamental, com os pesquisadores já trabalhando junto aos produtores do primeiro título em busca de pareceres iniciais.

O projeto terá duração de dois anos e será liderado pelo Instituto de Estudos Internacionais da universidade Middlebury College, que possui um centro especializado em pesquisas sobre extremismo e contraterrorismo. Também fazem parte ONGs como a Take This, focada na saúde mental dos jogadores, e a Logically, empresa de tecnologia voltada para sistemas de moderação de conteúdo online. A ESA (Associação de Entretenimento e Software, na sigla em inglês), que representa o setor nos EUA, também está iniciando o contato com a iniciativa.

Outro ponto importante do projeto é entender até que ponto as táticas já usadas por redes sociais e big techs, como Google e Facebook, também podem ser aplicadas no setor de jogos. A ideia é que o segmento está 10 anos atrasado em relação a essas companhias no que toca o combate ao terrorismo, com não apenas a ausência de financiamento, mas também de interesse das empresas, sendo o principal elemento que precisa mudar de agora em diante.

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Um exemplo disso é a falta de divulgação de relatórios de transparência, como acontece nas grandes corporações de tecnologia. Conteúdos moderados e retirados do ar não vêm à público da forma devida, enquanto há um sentimento geral de que os usuários estão ao léu quando o assunto é o apoio das empresas; mais um motivo pelo qual a iniciativa, agora, deseja criar padrões e melhores práticas para que isso mude.

Fonte: Ars Technica