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Google vai pagar US$ 100 mi por violação de privacidade em reconhecimento facial

Por| Editado por Claudio Yuge | 07 de Junho de 2022 às 19h20

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Caio Carvalho/Canaltech
Caio Carvalho/Canaltech
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O Google entrou em acordo para pagar US$ 100 milhões (R$ 486 milhões, na conversão atual) para habitantes do estado de Illinois, nos EUA, por conta de uma ação judicial referente a uma função de reconhecimento facial presente no Google Fotos, utilizado para identificar a foto de usuários em fotos e vídeos guardados no serviço — prática que viola a regulamentação de privacidade de informações biométricas da região.

Vigorando desde 2008, a regulamentação de Illinois impede empresas de coletarem e armazenarem qualquer tipo de informações biométricas de seus usuários, sejam elas amostras de voz, impressões digitais ou geometria do rosto, sem informar eles por qual fim está realizando essa ação ou por quanto tempo pretende ter posse desses dados.

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A reclamação dos usuários de Illinos quanto ao Google Fotos, então, cita como principal ponto o fato que o aplicativo coleta dados da estrutura facial de pessoas para a função de identificação de rosto, sem avisar nem especificar sobre políticas de retenção de dados adotadas para os utilizadores.

Dada a situação, o Google concordou em pagar US$ 100 milhões (R$ 486 milhões) para resolver a ação, além de ter se comprometido a avisar seus usuários sobre a coleta de dados para o reconhecimento fácil em imagens e vídeos. Todas as pessoas que residiram em Illinos entre 1º de maio de 2015 e 25 de abril de 2022 têm direito a serem ressarcidos pela big tech, com os valores variando entre US$ 200 (R$ 972,8) e US$ 400 (R$ 1,9 mil), dependendo de quantos indivíduos procurarem a Justiça sobre a indenização.

Illonis já processou outras big techs além do Google por problemas de privacidade

Essa não é a primeira vez que uma big tech lida com ações realizadas em Illinois relacionadas a privacidade. Em 2021, o Facebook teve que pagar US$ 650 milhões (R$ 3,1 bilhões) para habitantes do estado por conta da (descontinuada) ferramenta de sugestões de marcação na rede social, que analisava fotos de usuários da plataforma para sugerir a presença deles em imagens de outros usuários.

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O Snapchat também enfrenta situação semelhante no estado, com o processo afirmando que a plataforma coleta amostras de voz e informações de geometria facial de seus usuários através de seus variados filtros — essa ação, porém, ainda está correndo na Justiça, sem decisão até o momento.

Fonte: The Verge