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Usuários do Tinder são alvos de novo golpe virtual

Por| 29 de Julho de 2016 às 17h35

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Usuários do Tinder são alvos de novo golpe virtual
Usuários do Tinder são alvos de novo golpe virtual
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Um novo golpe está atingindo os usuários do Tinder que desejam ter a conta verificada no popular serviço de encontros. De acordo com dados recentes da Symantec, os golpistas estão usando a verificação de conta como isca para inscrever as pessoas em falsos sites “seguros” de relacionamento. No ato da inscrição, os portais coletam os dados pessoais e financeiros das vítimas e as levam a se inscrever em sites de vídeos adultos e web cam ao vivo, totalizando US$120,00 por mês.

O que é a verificação de conta?

A verificação de contas é um recurso muito desejado em mídias sociais. Figuras públicas e outras celebridades no Facebook e Instagram exibem um selo azul (um check) em seu nome para que as pessoas saibam que são contas legítimas e não pessoas se passando por elas. Já o Twitter finalmente liberou sua verificação de contas para todos os usuários, tornando seu símbolo de verificação atingível para todos. O processo que antes era feito manualmente e a critério da empresa, hoje é automático com o intuito de satisfazer um grande número de usuários que se sentiam menosprezados quando seus pedidos eram ignorados.

Para piorar a situação do Tinder, o próprio site de relacionamento possui um sistema de verificação de contas. No entanto, não é algo aberto a todos, apenas celebridades e figuras notáveis são verificadas justamente porque outras pessoas poderiam se passar por elas no sistema. Enquanto o Twitter e o Facebook utilizam o sistema de verificação de contas para asseguras que as pessoas provem que elas são elas de verdade, o Tinder usa o procedimento para diminuir as preocupações dos usuários quanto a segurança de se relacionar com pessoas desconhecidas no aplicativo. E quando uma garota (bot) pergunta a um parceiro ou parceira se ela tem a conta verificada, existe uma grande chance de do golpe dar certo.

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Como funciona o golpe?

Um bot (espécie de robozinho que envia mensagens automaticamente com alguma inteligência artificial) fica navegando pelos perfis no Tinder até dá o match o com alguém. Quando o contato acontece, o robô começa a enviar mensagens flertando e convidando a vítima para um encontro, o que já é suficiente para o alvo se interessar pelo papo Depois de uma série de mensagens trocadas, vem o golpe certeiro: o bot pergunta se o usuário possui a conta verificada no Tinder. Como quem não quer nada, o robô explica que é um recurso gratuito oferecido pelo aplicativo para confirmar que a pessoas com quem você está falando não é um serial killer da vida.

(Foto: bot iniciando conversa com usuário)

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Após convencer a vítima, bot envia um link que direciona o usuário para um site de verificação falso, que promete proteger os envolvidos no encontro. Indo mais além, alguns desses sites fornecem uma espécie de código de verificação para o usuário enviar ao pretendente como uma confirmação de que teve sua identidade verificada. Claro, nada disso é real.

(Foto: bot enviando código de confirmação e solicitando o código do usuário)

A Symantec disse que já listou 13 sites diferentes que oferecem esse mesmo esquema. Todos eles usam o Tinder em seu domínio assim como o logotipo na página para dar algum tipo de credibilidade. Alguns deles inclusive dizem que se você confirmar a conta receberá o contato imediato de uma mulher tirando suas roupas íntimas. Só isso já seria motivo de suspeita, mas como o golpe está funcionando, muita gente acredita nessa oferta.

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A empresa de segurança continua o relato dizendo que ao se inscrever para verificação e fornecer todos os seus dados pessoais e financeiros, o site falso alerta que o usuário também está concordando em assinar por um período de teste um serviço de vídeos eróticos e câmeras ao vivo. Se o assinante não cancelar esses serviços, será taxado em US$ 118,76 por mês. Os golpistas ganham uma comissão por cada assinatura efetivada, que na verdade é a principal razão do golpe.

Ainda não se sabe ao certo o número de pessoas que já caíram nessa falcatrua, mas pela popularidade dos sites em questão, estima-se que esse número esteja crescendo. Essa não é a primeira vez que o Tinder é utilizado para esses fins. Em 2013 casos parecido já foram relatados, em que criminosos encaminhavam os usuários para sites de web-cam ao vivo, download de jogos piratas e faziam contato até mesmo por sms. Claramente o Tinder precisa urgentemente de uma solução para esse problema não volte a assustar seus usuários.

Fonte: TechCrunch