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Golpe pelo WhatsApp usa nomes de técnicos para roubar jogadores de futebol

Por| 17 de Agosto de 2018 às 11h47

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Golpe pelo WhatsApp usa nomes de técnicos para roubar jogadores de futebol
Golpe pelo WhatsApp usa nomes de técnicos para roubar jogadores de futebol

O sonho de jogar futebol em uma equipe reconhecida está sendo usado como arma por criminosos em um novo golpe pelo WhatsApp. Focados em jovens atletas profissionais, ainda sem clube, os golpistas se passam por técnicos de equipes das séries A2 e A3 de São Paulo, oferecendo vagas nos times e pedindo dinheiro para a realização da transferência, em troca de salários, benefícios e, claro, a chance de fazer parte do elenco.

O crime vem acontecendo desde o ano passado e utiliza os nomes de técnicos de clubes como o Inter de Limeira, São Caetano, Noroeste e Rio Claro. Em todos os casos, os criminosos alegam que o time está em condições financeiras complicadas, mas que podem garantir a mudança e a contratação do jogador desde que ele pague as taxas de transferência que são cobradas pela Confederação Brasileira de Futebol.

Valores entre R$ 800 e R$ 2 mil são pedidos pelos golpistas, com indicação de depósito em uma conta bancária da Caixa. Os números têm DDD da Bahia e têm perfis com nomes e fotos dos técnicos fora dos gramados como forma de dar aparência de legitimidade à negociação, e, como tal, têm como principal alvo atletas das regiões Norte e Nordeste do país.

De acordo com reportagem do UOL Tecnologia, há ainda um caráter de engenharia social envolvido, uma vez que os bandidos sabem as posições dos atletas, eventuais times em que eles atuaram anteriormente e o desejo de seguir adiante na carreira. Nomes de celebridades e menções a reuniões e encontros com dirigentes são citados eventualmente, assim como uma exigência de rapidez no pagamento para que a contratação possa ser finalizada.

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Segundo João Vallim, técnico da Inter de Limeira e um dos que tiveram sua identidade utilizada nos golpes, existem vítimas. A reportagem, porém, não conseguiu apurar quantas são até o momento e nem os valores pagos, mas a eficácia do golpe teria sido comprovada. Tanto que vem sendo realizado de forma contínua há pelo menos três meses, usando o nome de diferentes clubes.

Vallim também alerta que essa, de maneira alguma, é a forma pela qual negociações desse tipo são conduzidas. De acordo com ele, técnicos não costumam entrar em contato direto com os jogadores, principalmente para discutir contratos, algo que é de responsabilidade de outros membros de um time. Além disso, o pagamento da taxa só é feito depois que o jogador já faz parte do elenco e está treinando com os outros jogadores, com contratação formalizada.

Além disso, é claro, valem as regras de sempre. Ao receber mensagens suspeitas ou oferecendo vantagens pelo WhatsApp, desconfie sempre. Jamais faça depósitos em contas indicadas pelo mensageiro e busque outras formas de contato com a empresa ou serviço mencionados caso acredite que a solicitação possa ser real.

Fonte: UOL Tecnologia